Homepage
Spiritus Site
Início A Fundação Contactos Mapa do Site
Introdução
Sistemas Religiosos e Filosóficos
Agenda
Notícias
Loja
Directório
Pesquisa
Marco Histórico §
Guia de Sânscrito
NEW: English Texts
Religião e Filosofia
Saúde
Literatura Espiritual
Meditação
Arte
Vários temas
Mosteiro Budista
pág. 2 de 4
A Essência do Vedanta4

de Tandavaraya Swami

em 23 Ago 2017

  (...anterior) Deste modo, para conciliá-las sê livre de dúvidas.

15 – Discípulo: Digno Mestre de infalível sabedoria, tenho entendido o teu ensinamento atá agora. Por favor, deixa-me que te faça outra pergunta: livre de movimento, inquebrantável, perfeito e transformado no «Aquele», o Ser não se corresponde com o estado da mente chamado samādhi yoga (§) (a União na Paz). Como é que a mente que sempre está em movimento como uma asa e levanta vários mundos ao mesmo tempo, pode estar calma para permanecer fixa no Ser, como uma chama protegida das correntes de ar? Diz-me, por favor.

16 – Mestre: A mente activa está composta por três gunas. Quando um deles está mais elevado, os outros permanecem encobertos. Com sattvaguna, as qualidades divinas se manifestam; com rajaguna, as tendências que pertencem ao mundo, o corpo e os shāstras se manifestam; com tamoguna, a natureza malévola se manifesta.

17 – Sattva é a verdadeira natureza da mente, enquanto as outras duas qualidades são meros acrescentos que podem ser descartados. Se uma pessoa se mantém constantemente na divindade, rajas e tamas submergem de tal de modo que a tensão interna e as envolturas externas desaparecem. Quando isto ocorre, a tua mente manifesta-se com perfeição, se torna imóvel e subtil como o éter. E, então, se torna naturalmente una com Brahman, que já é assim e permanece na paz indiferenciada (nirvikalpa samādhi).

18 – Quando se coloca um espelho limpo enfrente a outro igual, as superfícies que se reflectem serão um todo indistinguível. Do mesmo modo, quando a mente é lucida torna-se una com o infinito sat-chit-ānanda Brahman, e permanece perfeita; como pode haver aí multiplicidade ou movimento na mente? Diz-me.

19 Discípulo: Como podem os sábios tornarem-se unos com Brahman, libertos em vida, que esgotam seu prārabdha sem que sua mente se tenha perdido em Brahman? Só experimentado se obtém seus resultados? Uma experiência como esta requereria a implicação da mente. Não pode haver nenhum tipo de experiência na ausência da mente. Se a mente persiste, como se pode dizer que está liberto? Estou confuso com este aspecto. Por favor, destrói esta minha dúvida, porque não posso ser libertado até que todas as minhas dúvidas fiquem resolvidas.

20 – Mestre: A aniquilação da mente é de dois tipos: a saber, a do esquema mental ou a da mente mesmo. O primeiro aplica-se aos sábios libertos em vida; o segundo, a dos sábios que já abandonaram o corpo. A eliminação de rajas e tamas, deixando somente sattva é a dissolução do esquema da mente: Aí é o sem pecado! Quando sattva se desvanece junto com o corpo subtil, diz-se que a mente perece também.

21 – Sattva é puro e molda a verdadeira natureza da mente; quando rajas e tamas (que moldam o esquema) ficam destruídas (pela prática adequada) perde-se a identidade do término da ”mente”. Por isso, neste estado, os sábios recebem o que lhes chega sem terem solicitado; não pensam no passado nem no futuro; não exultam de alegria ou se lamentam de dor; superam a identidade com a actividade e se convertem na não-violência; presenciam como testemunhas as modificações da mente e dos três estados dos que ficaram libertados a seu tempo quando passam por prārabdha. Não há contradição nisto. Não precisas ter nenhuma dúvida a respeito.

22 – Ao ouvir que todo o período dedicado à actividade é também um estado de paz, podes objectar o seguinte: «A acção não demonstra mudanças nos estados da mente? E com ditas mudanças não se desvanece a paz mental?
O estado do sábio é como uma menina que nunca tenha desejado estremecer de amor por seu amado incluso quando está trabalhando nas tarefas de casa.

23 – Discípulo: Desde modo o sábio liberto em vida, que transcendeu os incidentes do corpo, que perdeu o sentido da actividade e toda a individualidade, se tornou uno com Brahman, pode considerar-se que o que experimenta prārabdha, deva ser também o criador? Mestre, tu que eliminas todo o sofrimento, por favor esclarece este ponto!
  (... continua) 
topo
questões ao autor sugerir imprimir pesquisa
 
 
Flor de Lótus
Copyright © 2004-2024, Fundação Maitreya ® Todos os direitos reservados.
Consulte os Termos de Utilização do Spiritus Site ®