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Paramārthasāra

de Baljita Nath Pandit

em 02 Nov 2017

  (...anterior) Tal criação é como um tipo de transmutação que é diferente de transformação. Nem Deus nem o Seu divino poder têm subjacente qualquer alteração ou transformação, enquanto aparece sob a forma de todos esses tattvas criados, que brilham na Sua luz psíquica como imagens dos Seus próprios poderes divinos.

5.
Entre estas quatro esferas está todo o fenómeno com todos os seus maravilhosos e diversificados tipos de corpos, sentidos, órgãos e série de palavras. O ser finito individual é assim a experiência de prazer e dor. Na realidade ele não é senão o Próprio Senhor Śiva, tendo tomado tal forma de delimitação.
É a natureza básica de Śiva a aparecer alegremente como o ser finito a girar nos ciclos de existência transmigratória. Paśu é o ser finito que é amarrado como um animal com as cordas do Karma e os elementos limitadores chamados kañcukas.

6.
Tal como cristal puro e colorido reflectindo toma a aparência de diferentes tipos de tonalidades, também o Senhor toma a forma de deuses, seres humanos, animais e plantas no modo de reflexo).
Deus, aparecendo como diferentes tipos de seres, não leva a nenhuma mudança. A criação básica feita por Deus não envolve de forma alguma a Si ou o Seu poder divino em pariṇāma ou transformação. Ele projecta os Seus poderes divinos exteriormente e tais reflexos dos Seus poderes aparecem como todos os fenómenos e sua criação, etc. Fazendo isto, ele não requer qualquer substância externa para lançar as suas imagens no divino prakāśa, a luminosidade psíquica da Sua pura consciência. A causa básica de todas estas manifestações fenoménicas é apenas a Sua pura natureza de felicidade, pela virtude a qual acontece reflectida na criação de todos os fenómenos. A Criação não é assim devida a entidades externas como Māyā ou avidyā ou a entidade interna como vāsana como proposto pelos vedantinos e budistas respectivamente. É devido apenas à natureza divinamente alegre do Absoluto.

7.
Tal como a orla da Lua parece mover-se quando reflectida nas águas em movimento e como parece estática nas águas paradas, também este grande mestre Ātman, aparece numa variedade multifacetada em diferentes categorias de corpos, sentidos, órgãos e mundos.
Aqui a diferença entre a Lua e o Ātman é que a primeira requer uma entidade além de si para captar a sua imagem, mas o último, reflecte os Seus próprios poderes na Sua própria luz psíquica e aparece Ele próprio, nas Suas imagens. Ātman é assim divinamente independente e aparece em diversas formas através dos Seus próprios poderes divinos de Divindade. Não é por acaso, mas a verdadeira essência da natureza do Ātman aparece na forma de felicidade.

8.
Assim como o Rāhu faz brilhar e aparecer na orla da Lua, ainda que seja de forma invisível, o mesmo acontece com este Ātman que brilha apenas no espelho o aspecto psíquico, enquanto ao testemunhar com objectiva reflexão, o pensamento está presente em todos os lugares.
Rāhu é a sombra da terra. Move-se sempre no céu, mas torna-se visível apenas quando se torna focado na orla da Lua. Ātman, sendo infinito na natureza, é omnipresente, mas aparece como ”Eu” apenas nos órgãos físicos dos seres vivos quando têm experiências mentais mundanas. Assim forma concepções como “eu” tenho sido tal e tal objecto e, fazendo isto, aparece como ”Eu”. Não aparece como tal, em qualquer substância inanimada.

9.
Assim como a nossa face aparece nitidamente num espelho limpo, também este Ātman brilha como pura consciência, numa mente purificada pela concepção da divina graça do Senhor Śiva.
A concessão de Deus da Sua graça é conhecida como Śaktipāta. É o factor primário que direcciona um ser para o estudo das divinas escrituras, inspira-lhe um grande desejo de conhecer a verdade, faz crescer a devoção pelo Senhor no seu coração, cria contacto entre ele e o preceptor correcto e torna-o activo na prática do Śiva-Yoga.
  (... continua) 
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