Disse o bem-aventurado Vasiṣṭha:
«O egoísmo é a raiz das formas de sofrimento mais disseminada nos bosques deste mundo, cujas árvores produzem as envenenadas flores dos desejos. Por consequência, ó Rāma, esforça-te diligentemente para fazeres desaparecer do teu coração o sentido do egoísmo e busca a felicidade, comprovando, a cada momento, o nada que é o teu pequeno eu 1. O erro do egoísmo é comparável a uma nuvem escura: esconde nas suas trevas o brilhante disco da lua da verdade, e oculta da nossa vista, os seus luminosos raios. A errónea impressão de realidade do mundo não pode apagar-se, sem o conhecimento que provém dos Śāstras e dos lábios vivos de um Instrutor 2
O que predica a irrealidade do mundo e a realidade de Brahman não é levado a sério pelo ignorante, que o olha como a um louco. O Sábio e o ignorante não conseguem pôr-se de acordo sobre este assunto, tal como não conseguem entender-se o bêbedo com a pessoa sóbria.
O homem inteligente, que crê que o Espírito supremo e sempre sereno de Brahman penetra o universo, não pode ser desviado da sua sólida convicção.
O Yoga Vāsiṣṭha conhecido também como Mahārāmāyaṇa (O Grande Rāmāyaṇa) constitui um apêndice do Rāmāyaṇa, o grande poema épico hindu, atribuído ao sábio Vālmīki, e é composto por 32.000 versos (ślokas). Utilizando a forma de um diálogo entre Rāma e o Ṛṣi Vasiṣṭha, o livro expõe a doutrina do Advaita Vedānta em toda a sua pureza, e os seus ensinamentos contêm o que de mais profundo existe na sabedoria hindu. O Yoga Vasiṣṭha era o livro preferido dos yogīs e ermitãos que viviam retirados no Himālaya, mas também era uma obra considerada fundamental para os reis e homens de estado da Índia.Os sábios antigos eram da opinião de que, quem estuda com atenção esta obra, e vive os seus ensinamentos, se eleva acima das limitações da matéria e, experimentando uma beatitude imutável no seu ser, leva os seus semelhantes a participar da sua própria exaltação espiritual, através da bondade e da verdadeira filantropia. Nestes extractos seleccionados que passaremos a apresentar por capítulos encontram-se ensinamentos do Yoga tradicionais como são ensinados e postos em prática pelas mais altas autoridades espirituais da Índia. Trata-se de uma jóia de espiritualidade e sabedoria que apresenta as noções fundamentais do Vedānta numa forma mais exequível do que os tratados de estilo mais filosófico, sem perder, contudo, o que tem de elevado e de profundo.
Nestes extractos seleccionados que apresentamos por capítulos encontram-se ensinamentos do Yoga tradicionais como são ensinados e postos em prática pelas mais altas autoridades espirituais da Índia. Trata-se de uma jóia de espiritualidade e sabedoria que apresenta as noções fundamentais do Vedānta numa forma mais exequível do que os tratados de estilo mais filosófico, sem perder, contudo, o que tem de elevado e de profundo. Os sábios antigos eram da opinião de que, quem estuda com atenção esta obra, e vive os seus ensinamentos, se eleva acima das limitações da matéria e, experimentando uma beatitude imutável no seu ser, leva os seus semelhantes a participar da sua própria exaltação espiritual, através da bondade e da verdadeira filantropia.
Nestes extractos seleccionados que estamos a apresentar por capítulos encontram-se ensinamentos do Yoga tradicionais como são ensinados e postos em prática pelas mais altas autoridades espirituais da Índia. Trata-se de uma jóia de espiritualidade e sabedoria que apresenta as noções fundamentais do Vedānta numa forma mais exequível do que os tratados de estilo mais filosófico, sem perder, contudo, o que tem de elevado e de profundo. Os sábios antigos eram da opinião de que, quem estuda com atenção esta obra, e vive os seus ensinamentos, se eleva acima das limitações da matéria e, experimentando uma beatitude imutável no seu ser, leva os seus semelhantes a participar da sua própria exaltação espiritual, através da bondade e da verdadeira filantropia.
O Yoga Vāsiṣṭha conhecido também como Mahārāmāyaṇa (O Grande Rāmāyaṇa) constitui um apêndice do Rāmāyaṇa, o grande poema épico hindu, atribuído ao sábio Vālmīki, e é composto por 32.000 versos (slokas). Utilizando a forma de um diálogo entre Rāma e o Ṛṣi Vasiṣṭha, o livro expõe a doutrina do Advaita Vedānta em toda a sua pureza, e os seus ensinamentos contêm o que de mais profundo existe na sabedoria hindu. O Yoga Vasiṣṭha era o livro preferido dos yogīs e ermitãos que viviam retirados no Himālaya, mas também era uma obra considerada fundamental para os reis e homens de estado da Índia. Não é fácil aceder à obra original pelo facto e só se poder fazer através de colecções particulares. Muitas são as traduções em várias línguas europeias que se dedicaram a fazer, cada uma usando os versos mais significativos, de acordo com o seu tradutor, mas nenhuma se aproximando do volume de versos da obra original. Traduções com preocupações de importância ficam aquém dos 2.000 slokas.