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Infinita inteligência
de Maria Ferreira da Silva
em 04 Nov 2021
A inteligência, quando apreciada pelo ser humano é tida, globalmente, como um conceito restrito, limitado. É um facto, que a capacidade de inteligência é um patamar que pertence a todos, sendo então, definidamente comum. Mas a inteligência é mutável, adaptativa, flexível e infinita. Obter mais inteligência é um ganho que os seres humanos beneficiam na evolução, que vai sendo adquirida gradualmente, principalmente, já na etapa em que se alia à espiritualidade. Não são só os desafios, a resiliência ou o sofrimento, que nos fazem aumentar as capacidades de competência, inteligente, mas é ainda mais impulsionada e de forma pacifica se, na procura da espiritualidade que engloba a busca da Transcendência, pela fé e devoção.
São estes impulsos de investigação espiritual, que desencadeiam mais ligações cognitivas produzindo substâncias fundamentais, tais as proteínas, iniciando movimentos em áreas ainda “adormecidas”. A clareza mental depois desta promoção cerebral, mediante impulsos de vontade, realiza ou integra mais inteligência. É por isso, que a meditação é tão importante para estruturar a mente, capacitá-la e educá-la a abarcar mais inteligência-consciência, por aceder as esferas superiores.
Há assim um ciclo; elevar a mente pela meditação a planos superiores ou vibrações mais subtis e, por seu lado, esses planos ao serem “tocados” abrem-nos a “porta” e deles flui energia que nos pode inundar de amor e compreensões. Quando este trabalho é bem conseguido, sabemo-lo pelas energias e vibrações que recebemos. Fica iniciada a comunicação dos reinos superiores de forma consciente, e nesta ligação são despoletados movimentos cognitivos que produzem as substâncias que desencadeiam mais compreensão e inteligência.
Não estou a referir-me a comunicações astrais (canalizações e outros métodos espíritas), para recebimentos de mensagens, longe disso, mas de impulsionar a mente a planos elevados ou superiores através do seu trabalho interno de aperfeiçoamento individual e único em cada ser humano. A evolução humana e espiritual faz-se “galgando” planos subtis para integração no divino e não em entidades que dão mensagens ou perturbam a psique humana.
A capacidade de inteligência não se limita ao sabermos viver no nosso ambiente ou meio de adaptação humano. A inteligência adaptativa impulsiona-se a ela mesma, e quanto mais quisermos passar a barreira da acomodação, pelo esforço, que implica, a aprendizagem pela compreensão, raciocínio analítico e criativo, mais inteligência desenvolveremos. A inteligência é adaptativa, aumenta, cresce e fortalece-se mediante o que fizermos da nossa mente; a mente geralmente entra em estado de preguiça pela falta de estímulos de vida. A meditação desperta a mente para novos horizontes impulsionando à investigação, ao estudo, aos porquês da existência e ao desconhecido – é uma janela aberta para a vida inteligente e mais espiritual.
A nossa inteligência adaptativa, integrada como um todo tem várias fases de manifestação, a qual a primeira é a sua prática ou a concentração no que estamos a fazer, pois geralmente qualquer acção é feita inconscientemente. A segunda é a criativa, ou o despontar de ideias próprias, analíticas, tais como actos inovadores, seja pela pintura, escrita ou outras formas de arte. E, como fruto desta inteligência mais desperta, sobressai, então, a sabedoria, onde o SABER é parte integrante.
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