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Relativo ao livro “A Felicidade do Caminho”.

de Maria Ferreira da Silva

em 18 Nov 2022

   Uma autobiografia, sendo uma história narrada partir da perspectiva pessoal torna-se obviamente, um acto egocêntrico. Mas não pude fugir desta norma, por considerar que tinha algo incomum para partilhar, podendo inspirar ou influenciar outros na coragem e determinação dos desafios que por vezes temos de enfrentar, afrontando a própria sociedade como um dever. Por isso, acabei por considerar importante o meu testemunho para quem traz alguma competência, ou mesmo missão e tem receio das suas intuições.

Relativo ao livro “A Felicidade do Caminho”.
De salientar, o serviço prestado aos outros como sociedade, quer no âmbito universal onde tantos colaboraram, e que desta forma também na biografia lhes presto homenagem. Na verdade, o mais importante foi o percurso espiritual e esse relevo como bastião da minha vida e sob essa égide me doei ao mundo e aos outros num Serviço que já vinha traçado como Destino, no qual levei a cabo, empenhada no meu melhor.

Deste modo foi com muita responsabilidade e atenção que decidi concluir a narrativa culminando no estabelecimento do Mosteiro Budista Theravada e dar oportunidade de celebrar, publicamente com todos, estas memórias no Serviço de causas mais elevadas.

Não sou perfeita, nem pretendo intitular-me iluminada, reconheço apenas as minhas capacidades no esforço para cumprir o estipulado pelo meu Ser, pelos Mestres e por Deus. E, portanto, não faço comparações de evolução espiritual com os outros. As únicas comparações são comigo mesma, o meu progresso ao longo dos anos da minha vida pela transmutação interior e que dai resultavam compreensões mais profundas sobre mim mesma, tornando-me mais segura, mais destemida e sobretudo maior integração na Unidade ou Deus, sendo cada vez mais feliz e responsável, pronta para enfrentar os obstáculos que a vida me ia aprontando.

Daí o título “A Felicidade do Caminho”, pois esse escalar para Deus era a grande bênção e todos os sacrifícios eram superados. A verdadeira felicidade é essa união divina, pois a outra, a que resulta de posses e dos desejos mais primários é efémera e acaba num grande vazio. A felicidade interior ao contrário, nunca acaba e aumenta pelo poder desse encontro com o divino numa Ascensão que nunca terá fim; é a felicidade incondicional e eterna, que preenche, realiza o Ser na sua plenitude humana e espiritual, dignificando.

O meu percurso de vida espiritual não se fez sem o contributo das filosofias e religiões que fui conhecendo e aprendendo, que me permitiram ter uma base para o reconhecimento de certos aspectos em termos de realização espiritual, para a identificação dos meus próprios movimentos internos.

Naturalmente que o Cristianismo foi a primeira identificação em criança e adolescente, e só mais tarde venho então a conhecer o Hinduísmo e o Budismo. Este conhecimento mudou a minha forma de encarar a vida ao dar-me respostas que nunca tinha obtido na doutrina Católica. Foi uma grande viragem. Senti-me de certa forma ligada às filosofias orientais, reconhecendo-as como caminho. Quero valorizar também o contributo da Teosofia através da qual os Mestres foram divulgados.
Com o Hinduísmo tenho uma natural identificação, como se o conhecesse desde sempre. Acreditar no Karma e na Reencarnação foi natural. Contudo, as filosofias e religiões da Índia englobam muitos outros aspectos sumamente importantes para a investigação mais espiritual, com sistemas teóricos e práticos, como por exemplo, a meditação, que sem dúvida foi o meu suporte de caminho.
Com o Budismo foram de facto os Mestres que me fizeram conhecer mais profundamente, quando me sugeriram ir para o Mosteiro Amaravati, em Inglaterra, pois ignorava que existiam várias linhas ou tradições, sendo o Theravada desconhecido praticamente em Portugal. O Budismo ajudou-me a compreender os aspectos relevantes do sofrimento engendrado a maior parte das vezes pelo ser humano, que ora inventa problemas ou os expande.

O restante fundamento do meu caminho, de facto foi, trabalho interior, investigação, renúncia, destemor e crer no Mestres e em Deus.

Com o desenrolar da estrutura interior, principalmente com a prática da meditação desenvolvem-se certos poderes ou maior clareza mental e percepções mais apuradas, quer pessoal, quer acerca dos outros. Até a visão, os nossos próprios olhos ficam mais penetrantes e podem ver o que ainda os outros não veem, ao reagir às vibrações mais leves e elevadas.
   (... continua)  
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