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Superação

de Maria

em 20 Fev 2008

  

Acabar com as limitações e alcançar estados superiores de vivência humana e espiritual, eis razões profundas para meditar. A Meditação clarifica a mente e mais facilmente podemos dar com os nossos próprios obstáculos.
Aprende-se com esta tomada de consciência a bastar-se a si mesmo, não se culpando os outros das suas próprias frustrações e desgraças e percebendo-se que o sofrimento é causado pela própria mente, tornando-a até doentia. Todas as doenças provêm da mente, causadas nesta vida ou nas anteriores (karma). *
A Meditação fortalece e estrutura o cérebro, pois através da aquietação mental e do silêncio, o cérebro tem a oportunidade de estabelecer o seu ritmo e assegurar uma mente saudável. A mente da maioria das pessoas é caótica, sempre a pensar, mergulhada na confusão. Numa mente calma sobressai a lucidez e a nobreza do pensar, pelo que resulta maior equilíbrio, contribuindo para o consequente alargamento de Consciência. Assim, a superação é uma prova de fortaleza interna, de crescimento, de qualificação mental, psíquica e espiritual.

A evolução ou alargamento de consciência pode processar-se também por relâmpagos, súbitos momentos de clareza mental, que engloba compreensões momentâneas, tão evidentes e penetrantes que ficam na Consciência como um dado adquirido, o que constitui uma realização pessoal.
Esta senda de realização que consiste no despojamento, desapego e renúncia, desenvolve valores ou virtudes, que superam os obstáculos e as aparências. O desapego é condição necessária na vida espiritual, quer dos objectos externos ou ilusão mundana, quer de nós próprios, iludidos nos conceitos, orgulhos, ambições e auto-convencimento.
Despojamento ou desapego de desejos, significa libertar-se da opressão dos desejos, contudo, requer um longo caminho onde os desejos desaparecem pela sublimação, deixando-se assim de se ser escravo deles. A renúncia consiste em libertarmo-nos de todo o supérfluo.
Todas as filosofias da Índia incluindo o Budismo nos falam desta superação, através da tomada de Consciência. Nos Yoga-Sūtras é pela concentração através do saṃyama que se destrói as aflições; no Vedānta Advaita é tornar-se consciente de Brahman, Deus; no Jainismo é pela renúncia consciente ao desejos e, no Budismo é pela plena atenção que se acaba com o sofrimento, no aqui e agora.

Concluindo, a Meditação é o meio seguro e transparente para a realização espiritual. Seguro, porque depende apenas de cada um, ser honesto consigo próprio numa atitude de vida correcta. Está sempre “à mão” para ser usada quando necessária; não depende de tempo nem de espaço, apenas requer firmeza no objectivo, que é a União Divina. Transparente porque é isenta de ritualismos, de doutrinas dogmáticas, de condicionalismos mentais e espaciais e, aberta a horizontes longínquos que ultrapassam os laços e os problemas conflituantes da vivência terrena. Conduz à liberdade da auto-realização, onde a Realização conduz à Libertação.
Passo a citar breves trechos sobre Meditação inseridos noutras obras de minha autoria:

«Meditação: a sua prática produz um potente tónico que revitaliza todas as células, pois fornece um manancial de vibrações provindas do seu próprio Ser Supremo, Espírito e, irradiando benéficas energias, elevam e fortalecem a mente, e despertam o conhecimento do Divino. A Meditação constitui uma forma de fixar o seu próprio fluxo energético, permitindo realizar a justa relação entre a mente e Deus».

«Deus pode manifestar-se nos seres de diversas formas e conforme os seus estados de consciência. Assim, são recebidos tanto a Irradiação de Amor, como a Sua Inteligência, por graus cuja intensidade varia de acordo com a preparação espiritual. Essa Irradiação pode vir como um bálsamo de luz para o coração, expandindo-o, mas depende do receptor, pois quanto mais pureza e fé existirem, maior capacidade haverá para abarcar o fluxo de energia Divina que, penetrando na camada interior mais profunda do ser, provoca aquele estado que é chamado de samādhi».
   (... continua)  
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