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Vesak

de Bhikkhu Dhammiko

em 20 Mai 2013

   No entanto, em termos precisos, o Nakshatra Vaiśākha do Calendário antigo continua a situar-se hoje em dia na secção que vai de 4 de Novembro (13º de Escorpião) a 17 de Novembro (26º de Escorpião), o que nos fará deduzir que, para ocorrer Lua Cheia entre essa área, o Sol terá que estar na área oposta a 180 graus no Zodíaco, ou seja entre 4 de Maio (13º de Touro) e 17 de Maio (26º de Touro), sensivelmente.

Como regra geral e pelo que dita a Lenda e o Mito, comemora-se o Vesak normalmente na Lua Cheia do mês de Maio (quando o Sol está em Touro), podendo por vezes suceder a escolha da Lua Cheia de Junho conforme a Convenção Budista Internacional, devido à necessidade das aferições a realizar entre o ciclo Lunar e Solar ao longo dos anos.
No entanto, é difícil, hoje, asseverar-se com certeza, qual foi a data e Estação precisa em que na realidade Siddhārtha Gautama nasceu, estando no entanto convencionado quase em todas as tradições budistas, seja por tradição ou por carácter mais esotérico, que esse evento ocorreu na Lua Cheia de Touro. De qualquer forma as certezas são maiores no que respeita à relação Lua Cheia-Abóbada Celeste (Vaiśākha) no momento do nascimento, do que da relação Lua Cheia-Estação do Ano (Equinócio Vernal). Este ano ocorre a 20 de Maio às 2h12 (a data escolhida este ano pela convenção budista é 18 de Maio).

Passando agora para a Simbologia mais profunda deste evento, Vaiśākha é a única Mansão/Signo das 27 com duas Divindades Regentes, Indra, o Deus da Transformação; e Agni, o Deus do Fogo. Combinados, Eles reflectem a energia, a força e o potencial poderoso da Transmutação Alquímica e Espiritual. Júpiter é o seu Planeta regente, o qual inspira Entusiasmo, Fé, Optimismo e Esperança. A Lua Cheia nesta Mansão é assim um poderoso momento que conforme a energia envolvida neste aspecto Lua-Sol, em interacção com a zona celeste de Vaiśākha (Al-Genubi ou Alpha Libra), invoca a Solene descida e inspiração das Energias mais elevadas e sagradas na dimensão superior da nossa vida, em que um maior recolhimento na profundidade do nosso ser interior, se predispõem ao convite da meditação contemplativa e ao silêncio, em honra aos nobres ideais, abrindo-nos assim aos príncipios do ensinamento que não só o Buddha, mas também o Cristo, manifestaram e trouxeram ao plano da nossa existência.

Esta data inspira e invoca assim o regresso e o renovamento da energia Budhi Crística em mais um ano das nossas vidas, simbolizando esta data auspiciosa não só o regresso do Buddha à Terra, nossa Mãe Sagrada, mas também o despertar do potencial búdico no interior dos nossos Corações, Iluminação esta que Siddhārtha Gautama realizou aos 35 anos de idade e que por sua vez podemos corresponder simbolicamente com a Ressurreição Crística da Páscoa Cristã. Deveremos assim prestar mais atenção não à morte em si, mas ao regresso à Vida, como um acordar e despertar do Espírito na carne e não da carne por si só. Eis a verdadeira Ressureição que tanto se identifica com a Iluminação Divina do Buddha, consumada ainda no corpo antes da morte física. Tal como Luang Por Chah disse «...”morre antes de morreres”…, para que quando o corpo morrer, já tenhas então passado para o reino imortal da Verdadeira Vida».
Este é sem dúvida um momento propício à invocação da fraternidade e união dos nossos Corações num ideal comum para além de Raças ou Religiões, em que os princípios que o Buddha cultivou como exemplo e ensinamento, se unem ao exemplo e ensinamento do Seu Irmão, o Mestre Jesus Cristo. Amor, Compaixão, Gentileza e Paz são a essência da ética do verdadeiro caminho. O objectivo da Divina Realização para lá do Nirvāna (Paranirvāna), é a mais alta meta a almejar neste mundo de matéria, a qual sem a base primária da prática da meditação e do ensinamento (Dhamma), se torna uma utopia.
   (... continua)  
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