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Estamos a comunicar?

de Helena Gallis

em 24 Jan 2011

   Estamos na era da comunicação segundo se afirma com frequência. Paralelamente, a consciência de si próprio, nos seres humanos, é um fenómeno que tem vindo a crescer, pelo que se esperaria que os humanos comunicassem melhor. A comunicação, contudo, apresenta-se em maior diversidade de assuntos e quantidade, mas raramente com melhor qualidade, pelo que se afigura equivocada quanto à direcção a seguir, pela ausência e confusão do que é a verdadeira Consciência.

A personalidade é o centro da comunicação humana e, sendo um dos processos de possível abertura dos canais de comunicação, tem-se vindo a tornar, pelo contrário, no seu fechamento. Pelo egoísmo, a centração na satisfação das necessidades e prazeres pessoais, vai-se densificando a personalidade, perdendo gradualmente o objectivo principal de vista: a comunicação com a sua Origem.

Entre os vários elementos de intervenção no desenvolvimento do ser humano, a educação, o trabalho, a saúde, são áreas consideradas prioritárias no sentido da aplicação de uma boa comunicação, com vista ao equilíbrio e à felicidade.
Para além do crescente conceito, e da prática, da separação individualista pela força maior posta no culto de um eu menor, assiste-se à falta de reconhecimento de mestres, nos educadores – quer sejam pais, amigos, professores, legisladores, políticos - como um sintoma da descrença séria, muitas vezes também pela falta de exemplo destes, Não é por se ser adulto, que a sua comunicação surte maior efeito, ou tem mais poder; assiste-se com verdadeiro lamento ao facto de, e em qualquer idade, se tomar o poder pela violência, pelo ludíbrio, pela ignorância e desprezo das regras de ordem pacífica e prática do Bem, onde a vigilância que impera serve para fins agressivos e destruidores. O natural reconhecimento dos mais velhos, dos mais sábios, perdeu-se na bruma, frequentemente pela falta de sabedoria e exemplo destes.

Ter mais conhecimento, experiência ou ter realizado mais obras, nem sempre significa ser melhor, ou exemplar, uma vez que, nestes casos, estas práticas nem sempre se apresentam tão virtuosas ou melhores; assim a vaidade, a ostentação do poder ou do prestígio, a força sem regulação ou moderação, a especificidade dos conhecimentos, parcelar e incompleta, oposta ao conhecimento holístico, o lucro pessoal demasiado centrado em cada um e consequente desequilíbrio social, a crítica ausente de reflexão interior, a falta de Amor nos gestos, nas palavras, não servem de referência aos vindouros. A percepção “d’o que deve ser” pelos mais novos é aguçada demais, para conseguirem esquecer o cenário construído pelos que os antecedem; acima de tudo há muito ruído, muito movimento, muita separação e emoções extremistas. Onde está o exemplo da paz que dita ao outro: “Acalma-te! Sossega-te!” Onde o exemplo do silêncio que dita: ”Cala-te e escuta!” Onde o exemplo da auto-reflexão que dita: “Pensa bem; conhece-te melhor!” Onde o exemplo da compaixão que dita: ”Tens de te saber pôr no lugar dos outros, não sejas tão egoísta!” Onde o exemplo do desapego que dita” O dinheiro não é tudo”ou “Estás sempre a querer mais e mais, nada te chega!”

Na área da educação, é vulgo as famílias e as directrizes governamentais, consentirem e desculparem o abaixamento do nível de conhecimento e de competências, em vez de se preocuparem com elevar o rigor e a precisão; saber academicamente em quantidade não será, decerto, meta melhor, caso as consequências sejam o desequilíbrio pessoal e global; ampliar a atenção, a descriminação, a endurance, a paciência, o autocontrole, a responsabilidade de decisão, a visão alargada, a tolerância e o Amor, a ampliação da Consciência, não está muito na moda, mas será decerto o melhor caminho para a verdadeira aprendizagem, a aprendizagem de qualidade.

A imagem do trabalho, como uma via inesgotável de oportunidade de crescimento pessoal, social e espiritual, como sentido ampliador de Serviço e de intercomunicação e co-criação, observando intervalos de descanso do corpo e da alma, para se pacificar, reforçar, ampliar, está longe de ser compreendida; em seu lugar, existe o conceito da oposição empregador/ empregado, criando por seu vez toda uma série de dispêndio de energia em incompreensões, rancores, e desconfianças mútuas, onde as expectativas individuais se espelham em recriminações, culpas e desculpas recíprocas num continuum não favorecedor de produção saudável.
   (... continua)  
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