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A Simbologia Cósmica e Esotérica do Natal

de Lubélia Travassos

em 12 Dez 2018

  

Desta forma, assim que o Iniciado começa a lidar com o Fogo Sagrado, ao eliminar por completo da sua natureza íntima os agregados psíquicos, a fim de realizar a Grande Obra, passa sem dúvida pela Iniciação “Venusta”, da descida do Cristo para o coração do homem, acontecimento cósmico e humano de grande transcendência. Jesus de Nazaré, também conhecido por Jesus Ben Pandira, recebeu como homem a Iniciação “Venusta”, e encarnou o Cristo, se bem que não tenha sido o único a receber essa Iniciação. Cristo deverá ser entendido tal como é, não como uma pessoa ou como um indivíduo, visto estar para além da Personificação, do Eu e da individualidade. No autêntico esoterismo Cristo é o Logos, o Logos Solar representado pelo Sol. Isto leva-nos a compreender melhor porque os Incas adoravam o Sol, os Nahuas lhe rendiam culto, assim como os Egípcios e os Maias, etc. Não se trata da adoração ao Sol físico, mas ao que se oculta por detrás do símbolo físico. Na verdade, os povos adoravam o Logos Solar, o Segundo Logos, a Unidade Múltipla Perfeita, a energia que se move e palpita em todo o criado, e se expressa vivamente através de qualquer homem que esteja devidamente preparado. Este homem preparado passa pela Iniciação da encarnação do Cristo Cósmico dentro da sua própria natureza, porque o Senhor Cristo não virá de fora para dentro, mas sim do fundo do nosso coração. Paulo de Tarso quando fala em Jesus, é raro aludir ao Cristo histórico, ele fala em geral do Jesus Cristo Íntimo, que deve surgir do fundo da nossa Alma, do nosso Espírito.

Todo o simbolismo relacionado com o nascimento de Jesus é sem dúvida cabalístico e alquímico. Está descrito que os três Reis Magos vieram adorá-lo, guiados por uma Estrela. Porém, só compreenderemos esta passagem se for ponderada em alquimia, porque é um processo alquímico. Qual será afinal o significado da Estrela e dos Reis Magos? A Estrela é entendida como sendo o Selo de Salomão, a Estrela de Seis Pontas, o símbolo do Logos Solar, em que o triângulo superior representa o Enxofre, ou seja, o Fogo. E o triângulo inferior representa em Alquimia o Mercúrio, a Água, que segundo os Alquimistas é a Água que não molha as Mãos, o Húmido Metálico Radical.

Jesus nasce, por conseguinte, no estábulo do nosso próprio corpo, dentro do qual habitam todos os animais do desejo, das paixões inferiores. Ele tem de crescer, se desenvolver, ascendendo através dos diversos graus, até se converter num Homem entre os homens, tomar ao seu cargo todos os nossos processos mentais, volitivos, emocionais, etc., isto é, passar por um homem comum. Ainda que seja o Cristo, um Ser Perfeito, um Homem que não peca, o facto é que terá de viver e comportar-se como um homem normal, um pecador entre os pecadores. Porém, o Cristo vai crescendo e se desenvolvendo, conforme vai eliminando em si os elementos indesejáveis que trazemos na nossa psique. E é assim que se realiza a Grande Obra, pela eliminação de todo o Mercúrio Seco, todo o Enxofre venenoso, para que os Corpos Existenciais Superiores do Ser possam converter-se em veículos de Ouro Puro.

Ora, os três Reis Magos que vieram adorar o Menino Jesus representam as cores da Grande Obra. Sendo a primeira cor o “Negro”, o Corvo Negro da Morte, a Obra de Saturno simbolizada pelo Rei Mago de cor negra, quando estamos a aperfeiçoar o nosso corpo e temos de passar por uma morte, a morte dos nossos desejos, paixões, etc., no Mundo Astral. A segunda cor é a branca, a pomba Branca, ou seja, o momento em que já desintegramos todos os Eus do Mundo Astral. Temos então o direito de usar a túnica de linho branco, do Phtah Egípcio, a túnica de Ísis, cuja cor é simbolizada pela Pomba Branca, sendo este o Rei Branco. O terceiro Rei Mago, de raça Amarela, simboliza o aperfeiçoamento já bastante avançado do Corpo Astral, quando aparece a Águia Amarela, a conquista da túnica Amarela. Por fim, a coroação da Obra é a cor púrpura, quando um corpo, quer seja o Astral, o Mental ou o Causal, já se tornou de Ouro Puro e recebe a púrpura dos Reis, porque triunfou.
   (... continua)  
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