Toda a manifestação assenta num conceito cósmico que se desenvolve de forma concreta nos planos da matéria. Aquilo que vincula o abstracto (o conceito) com o concreto (matéria) é o factor inteligência, pelo qual se expande a Consciência. A inteligência – consciência é o princípio que quando aplicado pelo homem (poder mental) pode transcender as suas próprias limitações kármicas.
A fé, que se conceitua como algo abstracto e que está ligada tradicionalmente à devoção religiosa, afinal tem uma explicação lógica ou científica sobre a influência benéfica que exerce no crente e cujo resultado poderia ser observado e provado por investigadores, numa simples ressonância magnética ao cérebro. A fé como sentimento espiritual desencadeia movimentos cerebrais, que têm o poder de fazer bem ao corpo e à Alma e até curar em caso de doença. Temos que a fé implica uma experiência pessoal; vem de uma “convicção”, de uma certeza e que só faz sentido para a própria pessoa. A fé de outrem não nos realiza.
O poder discriminativo é uma capacidade da inteligência que capta a diferença entre coisas e ideias. Discriminar sobre as diferenças faz parte do pensamento humano e esta permissão de escolha depende unicamente da inteligência. A inteligência manifesta-se no cérebro pela actividade eléctrica dos neurónios, cuja origem (do átomo) cria um processo de evolução no pensar - pelo qual a mente se desenvolve - e reage aos estímulos eléctricos das mais diversas formas; através dos olhos, da pele que sofre influências magnéticas do exterior, tais como poluição atmosférica, ruído, música e até do sol que interfere directamente na nossa pele, como também da interacção com os outros onde se estabelecem antipatias ou simpatias e que, constantemente, activam o cérebro.
O cérebro vem estruturado à nascença de acordo com a evolução de consciência de cada indivíduo, portanto é o karma que designa as ligações neuronais para evoluir, denunciando a índole de carácter que vai desenvolver nessa vida e que deverá sempre ser no sentido do aperfeiçoamento.
O cérebro pode ser melhorado nas suas capacidades pelo esforço de vontade, ora ultrapassando adversidades, ora pela aprendizagem, pois tem sido dentro destes parâmetros que o ser humano tem evoluído ao longo dos tempos. O cérebro na sua plasticidade abarca a transmutação das ligações neurais de acordo com os defeitos e qualidades que deve desenvolver, anulando naturalmente os defeitos pelas virtudes.
A diferença entre emoções e sentimentos reside e reconhece-se em distintos estados de ser. Os sentimentos pertencem aos estados que brotam de afectos, seja pelas coisas materiais, seja pelas pessoas e animais ou mesmo espirituais, os quais sentimos serem bons ou maus, de acordo com a nossa evolução de consciência. Podem designar-se como sentimentos, a compaixão (ser solidários com os outros), a amizade e na sua expressão mais lata e elevada, o amor, mas também a repulsa, o ódio, a rebeldia e o desprezo. Os sentimentos são percepções e sensações internas que identificamos pelo sentir do coração, embora todos os processos internos de percepção tenham necessariamente ligações com o cérebro, através do qual, a mente na sua função cognitiva reconhece e define qual o sentimento em causa.