É interessante compreender que a Luz que está em toda a parte, designadamente aqui na Terra, se deve a uma estrela! O “Fiat Lux” ou a célebre frase: “Faça-se Luz”, corresponde naturalmente ao início do nosso Sistema Solar, pois a Terra sem a luz do Sol, não teria produzido vida (esta onde nos encontramos e conhecemos) nem claridade, já que ela não tem luz própria. Esta ordem, “Faça-se Luz” tem sido ao longo dos tempos interpretada num sentido transcendente, como um mistério divino, contudo, insondável: mas não é bem assim.
Existe, actualmente, uma utopia tecnológica ou científica a qual propõe; não envelhecer, não adoecer, ter mais faculdades mentais e ser mais inteligente, ou ainda, obter o que se deseja pela força do pensamento, mas tudo isto de forma artificial através de fármacos e cirurgias que são, portanto, invasivas. O perigo e há já cientistas a alertar a humanidade, reside nesta tecnologia e engenharia genética que afectará lenta e gradualmente, até ao ponto em que a massa humana pense toda da mesma maneira e achar que é este o progresso humano e espiritual.
Fazer um caminho espiritual consciente é um ganho nos valores humanos pelo consequente aperfeiçoamento interno ou auto-realização. Quando são identificados valores mais profundos espirituais pode-se, então conjugar, matéria e Espírito para uma harmonia vivencial. Actualmente, a procura espiritual apresenta-se mais científica porque se requer respostas mais concretas sobre a vida e portanto, obrigam à investigação tanto a nível pessoal como cultural-religioso. A evolução ou progresso, quer humano quer espiritual requer, na realidade, o aperfeiçoamento interno feito de valores essenciais, que são as virtudes e que são estas que contribuem para uma evolução integral.
“Uma via para a ampliação da consciência do Homem no Cosmos”, foi o tema do seminário de Antroposofia, proposto pelo grupo Waldorflus, e realizado entre 13 a 15 de Fevereiro último, em Lisboa. Adriana Mariutti proporcionou aos participantes uma experiência artística com carvão, que foi vivenciada individualmente e em grupo. Depois foram utilizadas aguarelas de cores ténebra e magenta, que se transformaram em trabalhos plenos de luz e de delicadeza. O “binómio” luz e sombra, como arquétipo do ser, foi mais tarde evocado por Carmelo Samoná. No uso da palavra, disse que é justamente na confluência destes dois pólos, que a luz do mundo se une à obscuridade (ou consciência que o Homem tem de si mesmo), sendo nesse ponto, que deve ser procurada a nossa essência.
Já muito foi dito sobre este polémico acordo, mas não o suficiente. Não houve ainda vozes altamente sonantes que pela força da razão consigam fazer parar um processo que nunca devia ter começado. Insurjo-me contra este bárbaro atentado à nossa Língua feito por uma decisão que nem sequer resultou de um consenso de opinião dos portugueses, quer tenha sido tomada por razões económicas ou por outros interesses que escapam ao entendimento. Não se concede o direito a quem quer que seja, de nos obrigar a deturpar a Língua, que fixada e bem por Camões, agora se torna irreconhecível em certas frases.