O Desperto, epíteto de Budha é muito abrangente no seu significado. O desperto para a vida espiritual é aquele que encara a vida com inteligência, frontalmente erguendo o bastião da superação e resiliência não adormecendo perante os obstáculos. Superação, entenda-se como uma forma inteligente de enfrentar situações adversas que obrigam a olhar para compreensão real dos factos, tentando então soluções, ou uma aceitação consciente de tais circunstâncias e, não como uma forma de delegar para depois as resoluções, como vencidos pela vida.
Tav poderá vir a encontrá-lo, esteja preparado. Quando, aninhado no seu manto turquesa, se sentir elevar e irradiar até um vibrante azul noturno, é chegado o momento. Está na hora de percorrer o caminho, a direção que o seu ser já tinha pressentido como correta. Lembre-se, no entanto, que essa decisão terá que ser sua, pois tem livre-arbítrio. Não receie ser abandonado qualquer que seja a sua escolha pois, ao fechar os olhos, sentirá sempre o esvoaçar do véu de Tav. Tav, originária dos mistérios da noite e da lua, materializou-se na última letra do alfabeto hebraico, com um valor numérico de 400.
Será difícil a muitos (os visados neste artigo) aceitarem alguém a desmistificar e a desmontar estruturas ilusórias e deslumbrantes criadas por falsas crenças sobre o que é o caminho espiritual, ou a via da auto-realização; este estado último, que nos sistemas filosóficos/religiosos se dá o nome de Iluminação, de Nirvāna, de Samādhi ou de Graça Divina Assim, ao longo dos anos a acompanhar a escalada que o reiki fez ao nível global, já que foi divulgado em todo o mundo, assisto infelizmente (contado pelos próprios praticantes de reiki) às desilusões de tal prática e o pior à insatisfação interna e espiritual que desencadeou um falso sentido de via espiritual. E ainda mais; o reiki deu poder e ele está sendo usado pessoalmente como forma de manipulação entre muitos.
Há períodos das nossas vidas em que nos encontramos perante uma encruzilhada – não faz sentido continuar pelo mesmo caminho mas tememos o outro lado, o horizonte vazio. Tropeçamos constantemente em pedregulhos, do solo saiem troncos de árvores que nos armadilham e fazem cair, perdemo-nos num emaranhado de caminhos, cada vez mais confusos, sem vermos saída em nenhum deles. Estamos a perder o chão.
Como evocação ao Infinito estes aforismos dão-nos de uma forma condensada frases directas e profundas que se destinam à reflexão, mas também à contemplação.