Fundação Maitreya
 
Apelando à sabedoria

de Maria

em 02 Jun 2020

  Na caminhada terrestre há muitos graus de consciência, que a humanidade vai alcançando, gradualmente, tendo sempre algo superior e perfeito como objectivo espiritual. Desta forma, a ideia da unidade deve ser compreendida pelo ser humano no sentido de que o objectivo da evolução é integrar-se cada vez mais numa inteligência-consciência superior. Contudo, a ignorância humana leva a que sejamos dependentes uns dos outros, apelando a sentimentalismos, adulterando a verdadeira razão da unidade. A unidade ou a integração no Divino passa por uma consciência individual numa escalada independente muito pessoal, pois só assim, seremos responsáveis pelo que fazemos e pensamos; o peregrino deve chegar sozinho à meta…


Naturalmente que o contexto familiar e social faz parte de cada ser humano, vem integrado à nascença e é nessa interação que todos vivemos, mas num passo mais adiante temos de libertarmo-nos dessa dependência (não da presença), para integrarmo-nos de outra forma na família universal ou Unidade cósmica. Assim, sem uma vontade pessoal e apelo espiritual, não se conseguirá passar para essa Unidade, que representa o amor incondicional, que a todos abarca, sem os apegos emocionais de uns aos outros.

Na maioria das pessoas, a felicidade depende do outro, ou seja, não é feliz por si próprio, mas duma parceria amorosa ou entre familiares, o que, até determinada etapa é necessário. Porém, a Unidade ou integração no Divino é um patamar já mais pessoal, onde se encontra sozinho, no sentido de que essa união depende totalmente do seu esforço interno. Passar para essa integração maior ou Divina, não é deixar a humanidade (relação familiar ou social), pelo contrário, é impulsioná-la, pois sem essa vivência realizada de valores humanos, não seria possível ascender.
A evolução espiritual impele conscientemente a largar os apegos desnecessários e integrar esses valores humanos (amor afectivo) que já se realizaram, para uma vivência maior que é a Unidade Divina. Na verdade, sem esta compreensão, será difícil a integração no amor incondicional, correndo o risco de continuar a alimentar-se emoções afectivas, convencionando que esse é o valor mais alto da realização humana e, assim se gastam muitos anos, muitas vidas nesta dependência.

É nesta escalada afectiva e emocional à qual os seres se apegam, que se abusa de determinado centro físico, como por exemplo o sexual, corrompendo energias por vezes com fins perversos, desviando-se assim, da linha de evolução que explica em parte, a necessidade de haver períodos destrutivos globais, para que acabem os abusos e se alinhem e redesenhem novas atitudes, novos hábitos mais adequados aos propósitos da evolução humana. Porém, não apenas este aspecto, mas muitos outros, tais como a corrupção, a manipulação mental, a violência e principalmente a falta de um objectivo espiritual que eleve os ideais humanos, indica-nos que o momento actual pelo qual passamos, seja de reajuste mundial. Na verdade, isto é tão evidente, tão obvio, que de tão simples, já ninguém quer acreditar, pois surge aos olhos de muitas pessoas como um cliché sem sentido, apenas para atemorizar, condenar e moralizar.

Mas não, este reajuste vem lembrar a todos a necessidade da responsabilidade, pois a negligência quanto a um objectivo espiritual ou ideal superior, deixa espaços vazios que acabam preenchidos pelo materialismo, quer seja, abuso sexual e de poder, quer seja, político, económico ou paternal, ou ainda pelo consumismo, hipocrisia e mentira. Devido a estes abusos é que muitos se aliam e alinham com forças negativas, pois há mesmos muitas forças obscuras, ou os chamados “magos negros” (nada tem a ver com raça, mas ignorância ou maldade), a contrariar a evolução e, cada ser humano ao pactuar com a sua própria negligência, acaba por reforçar estas forças negativas sempre pronta a acolher novos membros. Infelizmente, isto é uma realidade humana – a corrupção da sua própria vida levada pelos desejos e ambições medíocres sem ideais elevados.
Assim, a peregrinação pela Terra jamais será segura sem uma direcção elegida pelo bem, até ao último instante no caminho de retorno, com a necessária libertação à subjugação ilusória da matéria, corpos físicos e desejos inerentes, para integrar-se em planos superiores, finalmente livre de energias bloqueadoras. Portanto, há um propósito inteligente que persegue um plano fixo e estabelecido que se desenvolve no tempo e no espaço num ideal preconcebido. Porém, a maior parte da humanidade ainda segue as inclinações do seu eu inferior, cujo lema se baseia em egocentrismo, ou desejos satisfatórios imediatos.

É natural, que num ciclo de vida que leva milhões e milhões de anos, ocorrerão muitos acontecimentos importantes em que se verá o fracasso de muitos e o êxito de outros. A crise actual, que dará lugar a um novo paradigma, que já vinha sendo delineado há algum tempo, serve vários propósitos, sendo o mais evidente a necessidade de mudança de hábitos da humanidade para que se obtenha uma nova atitude de viver - pois o que tem mais valor é a atitude, já que os hábitos são fáceis de retomar - para que a evolução humana e espiritual prossiga com novo alento.

Assim, dentro deste contexto de mudança, surge a oportunidade de hierarquias planetárias tomarem decisões que corresponde à evolução terrestre. Há grupos de seres humanos que já fizeram a evolução de que precisavam na Terra e suas vidas vão prosseguir noutros planos ou dimensões planetárias e, outros, que por negligência, nada fizeram pela sua evolução espiritual e humana, não lhe sendo dada mais oportunidades na Terra. Este momento de decisão das forças superiores sobre a evolução da Terra, corresponde a um impulso colectivo, para que o karma se reajuste, pois os que ficarem darão início a uma nova força evolutiva com a oportunidade de continuarem a fazer, pessoalmente, o esforço numa realização espiritual, onde possam até surgir (nascer) seres humanos com novas características, que fortaleçam a sua fibra interna e os torne mais aptos aos novos desafios.

E, esta nova fase da contenção social, devido ao Covid-19, a que todos estamos sujeitos a um nível nacional e global, obriga a que sejamos mais atentos, mais conscientes, que o mesmo é dizer mais responsáveis, não só pessoal mas também social, visto depender de cada um evitar a contaminação do vírus pelos cuidados higiénicos, distanciamento e respeito pelos outros. Portanto, estamos num novo impulso colectivo que se traduz por renovada dispensação de energias ou forças, para usar devidamente, para que a humanidade integre novos valores ou realinhe os que estavam sendo deturpados.

Se isto for aplicado também ao nível espiritual então, entenderemos o quanto é necessário ponderarmos na negligência em que grande percentagem da humanidade se encontra e, retomar o quanto antes um rumo mais alinhado com as forças espirituais, onde ainda as energias devocionais e de fé são bons aliados para poder reverter e redimir a humanidade.
   


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