Fundação Maitreya
 
Temporalidade

de Maria Ferreira da Silva

em 13 Jan 2024

  A temporalidade pode designar-se pelo período da vivência do ser humano na Terra, pois não permanecendo eternamente no corpo físico tem um hiato de tempo desde o nascer ao morrer. Com verdade é mais fácil morrer, aparentemente, do que nascer, se for entendido como fugaz a nossa passagem pela matéria, já que num segundo se pode perecer, em contraste com o nascer, o qual leva nove meses para, finalmente, ver a luz do dia. Tem um prazo destinado que é a duração normal que a vida nos concede num corpo físico que se desgasta pelo tempo, se não houver, entretanto algum acidente. Na realidade, a vida tem um prazo curto de tempo.

Durante uma vida o ser humano aprende a conhecer e a controlar consciente e gradualmente a sua matéria, corpo físico. Na morte do corpo ou do Ente, personalidade, a consciência é a última parcela de vida a retirar-se; é o Espírito a deixar de controlar a matéria que animou a vida física desse Ser.
O tempo, em maior ou menor escala segue um curso específico, que começa, continua e termina num período determinado vinculado à percepção, e reconhecido pelo presente de que ele já é passado. O tempo fica então definido como uma sucessão de estados de consciência, onde se compreende, o passado, o presente e o advir. A maior percepção do tempo depende de cada estado de consciência humana, a qual pode ser algo restringida, no caso de pessoa pouco evoluída espiritualmente, ou em caso de maior evolução incluir uma profunda compreensão do tempo e do espaço onde se move e do Universo.

A Terra é uma gigantesca esfera de vida e movimento, com forças electromagnéticas que disparam vibrações, cuja irradiação contribui para mover forças, que desta maneira alimenta e nutre a própria natureza ou a matéria. Temos de admitir também que algumas das causas das alterações climáticas, se devem ao magnetismo e evolução natural da própria Terra, que gera incessantemente correntes eléctricas, tendentes a estabelecer o equilíbrio global. Nada é estático na natureza, onde o movimento incessante provoca necessariamente mudanças quer, nas rochas (montanhas), quer nas florestas (fauna e flora), quer nos mares arrastando todo o tipo de cambiantes ou transformações.

A abóboda celeste, ou seja, o que vemos como o mundo cósmico onde estamos inseridos é apenas uma parte da infinitude da manifestação material, pois contem milhares de outros mundos que não vemos por se encontrarem tão distantes, ocultos em espaços insondáveis. Por outro lado, imaginemos que do nosso mundo fazem parte outros sistemas solares contidos em galáxias semelhantes à Via Láctea, o que por si só constitui uma imensidade cósmica, porém, fora disto não existe mais nada, mas um espaço vazio, sem matéria. São outros espaços cósmicos de grande magnitude, sobre os quais o cérebro humano nem consegue conceber, pois apenas concebemos o mundo, este que vemos, convencidos que abarcamos e conhecemos tudo como a Existência.

Contudo, há mundos infinitos, mas podem não estar manifestados em matéria, como estrelas e planetas e, portanto, existirem apenas nos planos etéricos ou ocultos. O nosso mundo englobado noutros mundos, que até mesmo com os mais potentes telescópios não conseguimos abarcar, dão-nos a ideia de que este firmamento é o Todo que existe. Deste modo, o nosso conceito de tempo está confinado cosmicamente, num aparente infinito.
   


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