Fundação Maitreya
 
Homenagem a Portugal

de Maria Ferreira da Silva

em 09 Jun 2006

  Evocando Luís de Camões por mais uma passagem do dia 10 de Junho, prestamos homenagem a Portugal com a Introdução do livro “O Avatāra” de Maria, obra dedicada a todos aqueles que pela sua realização espiritual, se vão tornando mais conscientes da responsabilidade universal que cabe a cada um, neste cantinho do mundo.


MaitreyaINTRODUÇÃO

Este livro é dedicado aos Discípulos
do Senhor Maitreya em Portugal e em
todo o mundo.

Este livro é uma narrativa sobre a descoberta dos excelsos e incomensuráveis mundos interiores no qual, gradualmente, readquiri a consciência divina, numa recriação de mim própria, aprofundando uma via de comunicação com os planos invisíveis, e aceitei ser transmissora das missivas de Avataras. Num todo de felicidade irrompeu a escrita inspirada para registo deste testemunho que o tempo não apagará. Muitas coisas fizeram parte deste percurso, num plano divinamente traçado pela Hierarquia Planetária em simultâneo com o Plano Divino de Portugal, para o nascimento de um Avatāra e futuramente do Senhor Maitreya no Tibete.

A descida de um Avatāra à Terra implica muito labor em dois níveis de actuação: o do mundo material e o do mundo espiritual. Requer a preparação das melhores condições possíveis materiais e físicas para a missão, que será feita por aqueles que do “outro lado” se prontificaram a colaborar, mas que por vezes, quando passam a viver no corpo físico na Terra se esquecem das suas ligações e obrigações cármicas e espirituais. Engloba também a preparação nos planos invisíveis da aproximação do Avatāra à esfera terrestre, preparando Ele próprio, com as entidades congéneres, os seres que virão a reincarnar futuramente, bem como a preparação através das Almas dos que, já reincarnados, serão o sustentáculo da Sua missão na Terra: pais, professores, amigos e inimigos e toda uma restante congregação de seres.

Nesta missão em que fui guiada pelos Mestres, tinha entre outras tarefas, a incumbência de chamar a atenção dos seres que colaborarão um dia com o Avatāra designado para nascer em Portugal. Alguns, renitentes, foram os espinhos da missão, para a qual, e por este motivo, tive de manter-me firme, convicta da minha pureza de intenções e de objectivos. Foi por isso necessário muito recolhimento, meditação e renúncia ao mundo, para entrar em estados espirituais que permitissem a comunicação com os Mestres e com Deus, sem interferências, a fim de melhor confiar em mim, com tranquila e calma aceitação. O caminho é tanto mais difícil, quanto mais se tem a noção duma missão.

Nos níveis ocultos há também outra congregação de seres actuando em simultâneo, visível e invisivelmente para dificultar a irradiação da Luz e a descida de um Avatāra que será a manifestação dessa Luz. É o eterno confronto da Luz com as Trevas. Eles manobram e tentam por todos os meios, desviar os seres do seu plano divino e arrastar as energias positivas para um sentido oposto àquele para que foram precipitadas e canalizadas.
Deus fez-me esta pergunta: “Se a humanidade não se desviasse do seu propósito, ou os seres do seu plano divino, como se justificaria a vinda de Messias ou Avatares?
Há pois duas causas: uma, é o impulso evolutivo que um Avatāra vem dar através de alguma iniciação colectiva e, como Poder manifestado, afectar a humanidade; outra, é a necessidade de reconduzir essa mesma humanidade ou povos, para uma atitude mais religiosa e pura de vida, pois aturdidos de tal forma na frivolidade material, descuidam as suas aspirações espirituais.

Quanto aos seres que têm por missão ajudar um Avatāra directamente, ou os que têm de preparar a Sua vinda, existe neles, como será evidente depreender, avançada evolução e fortes personalidades, dificultando até por essa razão o trabalho a realizar enquanto não atingirem a consciência mais nítida da missão, tanto no nível físico, como no nível espiritual. Já aconteceu, que seres, sendo mesmo Avataras, onde a Luz teria de manifestar-se conscientemente, encherem-se de orgulho, independência e liberdade, numa rebelião contra a missão que tinham, (pois sempre são espinhosas) e auto-convencerem-se de que têm livre arbítrio, usando-o abusiva ou incorrectamente.

Um ser quando já tem consciência da manifestação Divina, deixa a ilusão do livre arbítrio e só tem de preparar-se para cumprir o desígnio Divino, e já não tem vontade própria, condição ainda inerente àqueles que não têm consciência da sua divindade. Os que sabem quem são, só têm de aceitar a Vontade de Deus.
Os homens com o seu orgulho, independência e vaidade, abrem brechas que facilitam a entrada de influências vindas dos inimigos da Luz. Outros ligam-se a seres que por terem uma vibração menor e pouca evolução, facilmente os desviam do Plano ou Desígnio Divino, por vezes apresentando-se com intenções aparentemente nobres. Assim, para se trabalhar com os Mestres e Deus, e cumprir-se na totalidade a mCastelo de Tomarissão que compete, seja como suporte para a descida dum Avatāra, seja mesmo um Avatāra, é requerido um percurso espiritual intenso de meditação e afastamento da mediocridade do mundo, o que conduz ao despojamento dos escolhos da personalidade sendo o modo pelo qual se ouve a própria Alma e Deus. Temos de nos assemelhar na força a uma árvore que, no meio do deserto se prendeu firmemente à terra e que, mesmo abanada pela violência dos ventos, por nada será derrubada.

As forças do mal, todavia, são também necessárias à evolução a fim de que o homem faça um esforço contínuo sobre si mesmo, exercitando a inteligência para sobrepujá-las e prosseguir robustecido. Pelo seu lado elas também evoluem neste combate com as forças do bem e isto restabelece o equilíbrio universal e faz avançar a evolução. O mal existe para que o bem triunfe, e o mal, através do triunfo do bem, evolui. Um Avatāra vem sempre expor verdades espirituais, contudo vive incessantemente um drama, pois a humanidade afasta-se do seu propósito espiritual, ficando as mentes dos homens alheadas dessas linhas, acompanhando dificilmente um pensamento superior. Este drama transforma-se numa representação desempenhada no palco do mundo, sendo o Avatāra a figura principal entre as hostes de seres que o acompanham, (amigos e inimigos), que marca e regista historicamente a vida dum Avatāra.

Assim o objectivo deste livro é narrar um drama menor, numa antecipação e preparação para um drama maior, que marcará obviamente a vida espiritual e cultural de Portugal e que irradiará para o mundo a súmula da sabedoria realizada por Ele nesse momento da vida portuguesa e que, ao transpor as fronteiras, se tornará naturalmente sabedoria universal.
Este livro, feito a partir dos meus diários, abrange no tempo os anos de 1988 a 1993 e, no espaço para além de Portugal, a Inglaterra, Egipto, Índia, Nepal, Israel, Itália, Tibete, Tailândia, Madeira e Açores aonde viajei em missão espiritual.

Como já anunciei há alguns anos num pequeno livro intitulado “ Maitreya vem...” está a preparar-se um acontecimento de extrema importância que é a vinda do Senhor Maitreya (para os Cristãos é o Cristo), algures no tempo. Nesse livro conto, como tendo vivido casada e feliz vários anos, recebi inspirações espirituais que me indicavam ser necessário renunciar à família, ao mundo e ingressar num Mosteiro. Acabou por ser num Mosteiro Budista em Inglaterra, Amarāvati, onde aprofundei o desapego e a compreensão da ilusão do mundo e onde intensifiquei também a ligação com os Mestres, que por fim me deram uma missão para a qual tive de deixar também de ser monja e abandonar o Mosteiro, o que constitui agora a narrativa deste livro.

Quem são os Mestres, perguntarão?
Foram seres humanos que, pela sua alta evolução entraram já no Reino Espiritual, ou são grandes seres de outras evoluções ou origens que não a terrestre. Fazem parte de uma Hierarquia que liga a Divindade com a humanidade e procuram realizar o Plano Divino, inspirando os seres humanos. Por todos os povos têm passado ou surgido, e há narrativas por vezes extraordinárias dessas protecções e inspirações.
Os Mestres da Hierarquia Planetária, da qual a Ordem de Mariz é o ramo português, e com os quais trabalho são: o Mestre Jesus, que pela facilidade de ligação, ou afinidade refiro apenas como Mestre; Maitreya (1) ou Cristo, Aquele que se manifestou em Jesus na Palestina e que vem de novo; Mestre Morya; e Sanat Kumara, a quem chamam o “Rei do Mundo”.

Tenho tentado alertar as pessoas para as realidades espirituais falando dos Mestres, do Plano Divino e da ligação da nossa História com o trabalho da Ordem de Mariz, a Ordem Espiritual invisível de Portugal. Afirmo pois a necessidade de consciencialização de que no momento actual esta mesma Ordem Espiritual está activa em Portugal, quer nos meios espirituais, quer nos meios culturais, ainda que insuspeitada. Porém, há ainda muito a fazer-se nesses campos e, se na nossa História a cultura esteve sempre muito ligada à religião, agora é a hora de dar mais atenção à espiritualidade. Por isto se entende uma ligação directa com os próprios Mestres e a Ordem de Mariz. Que a cultura dê as mãos à pura espiritualidade, que obviamente também ainda se encontra nos ensinamentos e ambientes religiosos e então teremos uma grande oportunidade de expandir a nossa cultura, de realizar outros “descobrimentos” e de servir de novo o Plano Divino.

Para compreender-se a importância do momento actual, no qual se prepara por um lado, a vinda do Cristo ou Maitreya, por outro a do AvaMosteiro do Jerónimostāra nacional, convém saber que em Portugal têm reincarnado nas últimas décadas, muitos seres notáveis da nossa História, e que por dharma (2) ou karma (3), têm de continuar esta missão que vem sendo preparada há séculos. Posso mencionar alguns desses seres, conforme os tenho reconhecido ao longo destes anos. Aquele que foi D.Joäo I, tem feito um trabalho espiritual de ajuda a centenas ou milhares de pessoas. É um dos poucos seres que trabalha em grupo, com consciência de quem é, e da responsabilidade de ser membro da Ordem Espiritual Portuguesa. Também D.Duarte, filho de D.João I, inserido num grupo esotérico tem a consciência de quem foi e está a colaborar activamente, a seu nível com a Ordem de Mariz. Já o Infante Santo, assim como D.Afonso V, o Infante D.Pedro das Sete Partidas, D.João II, D.Afonso 1º Duque de Bragança, Infanta Santa Joana, etc, estão a trabalhar a sós ainda que se conheçam.

São seres de grande envergadura espiritual e trabalham com afinco na elevação espiritual dos portugueses, preparando-os para aceitarem e aspirarem à vinda de Cristo-Maitreya, de modo a que o campo astral e mental português e mundial possa melhorar e permitir a descida desse grande Ser e o êxito da Sua missão.
Há muitos portugueses com responsabilidades diversas que foram no passado Cavaleiros Templários, bem como da Ordem de Cristo e de Aviz. Há já algum tempo que a Ordem de Mariz dizia, estarem em Portugal os seus membros trabalhando a diferentes níveis. Hoje que os conheço verifico a veracidade de tal informação. E porque se juntam de novo tantos seres neste momento? Porque assim como em alguns momentos cruciais da História, eles se encontraram ligados entre si, pelos mesmos ideais e lutas e pela ligação espiritual à Ordem de Mariz, assim também hoje é uma hora importante de cooperação, pois as condições kármicas ou evolutivas de Portugal requerem a descida de energias mais elevadas trazidas por esses seres, para um evento tão importante como é, a descida de Avataras.

Portugal, por todo o seu passado histórico ou cultural, reuniu incansavelmente as condições favoráveis para tal evento. Não é um privilégio, mas sim o fruto de grande trabalho, diverso e muitas vezes até inconsciente. As diferenças dos níveis de consciência de trabalho resumem-se no seguinte: os que trabalham em grupos recebem as directrizes da Ordem de Mariz, através de intermediários; e os mais avançados por intuições, e podendo ou não ter consciência da proveniência das instruções, os isolados ou independentes, e não são muitos, recebem conscientemente as instruções da Ordem a até directamente do Senhor Maitreya, ou de outros Mestres seus colaboradores.

Ao ser um destes, tento agora com este livro feito de diários, ajudar os que se sentem preparados para estarem sós a compreenderem quanto é necessária a renúncia a nós próprios a aos outros para o Serviço dos Mestres, bem como os nossos karmas ou estados evolutivos podem ser acelerados quando a máxima aspiração brota e flui da nossa Alma. Os Mestres são exigentes e precisamos de nos temperar com a ousadia da auto-abnegação, não esperando recompensa. Precisamos de encher o nosso coração com a compreensão do Princípio e do Eterno e então a felicidade do Amor dos Mestres e de Deus, virá gradual e despercebidamente, como o crescimento das sementes e das flores.

Só então depois de despida a veste da personalidade, sem apegos e sem desejos egoístas, é que nos iremos juntar, e tanto pode ser nos planos visíveis, como invisíveis, trabalhando a um nível superior de consciência, directamente com Maitreya, inseridos num grupo especial de discípulos, os Iniciados. Temos então a consciência e a responsabilidade para O receber, ou para prepararmos intensamente o campo de forças necessário à Sua vinda, quer agora, ou mais tarde. O que interessa como Serviço é esta preparação energética, quer sejamos nós a recebê-LO, quer sejam outros futuramente.

Nota (1) - Maitreya, nome que vem do adjectivo sânscrito, “Maitri”, Compassivo e que é atribuído ao próximo iluminado divino ou Buddha. Corresponde ao Cristo, esperado na Sua segunda vinda pelos ocidentais, ou a outros seres das profecias de outras religiões.
(2) - Karma, palavra sânscrita, significativa da Lei de causa e efeito, “o que semeias, colhes”. É o resultado das nossas acções levadas a cabo em existências anteriores e nesta vida. Assim a nossa posição actual depende do karma. Os Upanisads, um dos conjuntos mais sagrados de textos da Índia, dizem: “Consoante a acção levada a efeito pelo homem, assim será a sua existência futura”.
(3) - Dharma- esta palavra sânscrita, significa lei, dever, missão própria de cada ser. Dharma e karma não são dissociados, um faz parte do outro, o que vai sendo construído de positivo em vidas sucessivas, acumula bom karma e é esse bem adquirido que se transforma em norma ou conduta prescrita.
(4) - Avatar- em sânscrito: Avatāra. Manifestação divina na Terra, incarnação total ou parcial num ser. Na religião Hindu, Krisna e Rāma são os mais conhecidos. No Ocidente, Jesus foi um “Avatāra”.
   


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