Fundação Maitreya
 
Hortaliças e longevidade

de Spiritus Site

em 02 Out 2011

  As pessoas que comem mais frutas e verduras, especialmente da família das crucíferas, como os brócolos, o repolho ou a couve-flor tendem a viver mais tempo. Esta é uma das conclusões positivas do estudo realizado pelo especialista Xianglan Zhang da Faculdade de Medicina da Universidade Vanderbilt (Estados Unidos) que recomenda o aumento do consumo de verduras para promover a saúde cardiovascular e a longevidade.

Numa investigação publicada na American Journal of Clinical Nutrition, que resultou de um amplo questionário sobre os hábitos e a saúde, responderam mais de 135.000 participantes adultos de Shanghai (China). Ao fim de cinco anos, 4% (porcento) dos inquiridos tinham falecido, a análise dos dados demonstrou que a mortalidade, tanto em homens como mulheres, tinha sido 15% menor entre os que comiam mais frutas e verduras. A diferença foi maior ao analisar o consumo de crucíferas.

Os investigadores usaram o mesmo padrão ao estudar a mortalidade por enfermidades cardíacas, que foram responsáveis por um quarto de todas as mortes. Também concluíram que outros factores, como o peso, o exercício físico, a idade, o consumo de vitaminas e o tabagismo podem explicar as diferenças referidas entre quem consome mais verduras ou menos.

Fibras e fitoquímicos
As hortaliças beneficiam a saúde de várias maneiras. Por um lado, contêm fibras que facilita o processo digestivo, o equilíbrio da flora intestinal e regulam os níveis de açúcar no sangue. Por outro, também proporcionam vitaminas e minerais, mas sobretudo, contém substâncias químicas que colaboram com o sistema imunitário. As crucíferas, em concreto, possuem compostos açucarados, como o sulforafano, a que se atribuem propriedades anticancerígenas e antioxidantes. Estudos anteriores tinham relacionado o seu consumo com uma menor incidência de cancro de próstata, pulmão, estômago, cólon e recto. No entanto, o estudo do investigador Zhang, não encontrou grande evidência de que comer frutas e verduras estava associado a um risco menor de desenvolvimento de cancro. Contudo, incentivou a população a consumir mais vegetais frescos para desfrutar de uma vida mais longa e saudável.

Couve – galega. É uma variedade de couve mais rica em princípios nutritivos. Destaca-se especialmente o seu conteúdo em beta-caroteno (provitamina A), vitamina C e nos minerais potássio, cálcio e manganésio e, ainda muito rico em clorofila e em fibra vegetal.
Couve – chinesa. O seu valor nutritivo é muito reduzido em termos de hidratos de carbono, gorduras e proteínas, portanto em termos de calorias (apenas 16 kcal/100g) Em contrapartida contém muito beta-caroteno (provitamina A) e bastante vitamina C.
Couve-de-bruxelas. Muito ricas em vitaminas (especialmente A e C) e minerais: potássio, cálcio, ferro e enxofre. Salientam-se entre as restantes couves por serem a variedade com maior percentagem de hidratos de carbono e proteínas.
Couve-rábano. As folhas da couve-rábano são ricas em vitaminas e minerais, à semelhança das outras couves. É notável o seu conteúdo em magnésio e em beta-caroteno.
Brócolos. Entre todas as couves pertencentes à família das crucíferas, evidenciam-se por ser uma das mais ricas em proteínas, em cálcio, e em provitamina A (beta-caroteno) e vitamina C. Ricos também em potássio e pobres em sódio. Contém elementos fitoquímicos sulfurados de acção anticancerígena.
Couve-flor. Contém pequenas quantidades de hidratos de carbono e de proteínas e praticamente nenhumas gorduras. Contém provitamina A, vitaminas B, C e E e especialmente a C. Quanto a minerais é muito rica em potássio e pobre em sódio e tem quantidades significativas de cálcio, magnésio, fósforo e ferro.
Couve-branca e couve-lombarda são as que contêm menos nutrientes que as outras variedade de couves.

Pesticidas nos alimentos
Cada vez é mais frequente encontrar alimentos com presença de pesticidas. Os alimentos que podem conter mais contaminação são as maçãs, o aipo, as fresas, os pêssegos, os espinafres, as nectarinas, as uvas, os pimentos e as batatas.
Os mais livres de tóxicos são as cebolas, os espargos, as beringelas, os melões e os kiwis.

A necessidade de ingerir água regularmente.
Segundo um artigo da especialista Sandy Baumann uma percentagem de desidratação no corpo humano de 2% diminui o desempenho cerebral. Quando se sente sede é porque o corpo e o cérebro já estão desidratados. A necessidade de ingestão de água está de acordo com o peso corporal, que numa regra de orientação, requer 30ml por kg.

Quando o organismo tem carência de água, remove a água dos aparelhos respiratórios e digestivo e dos líquidos contidos nas articulações para manter o volume de sangue. Ao reduzir a quantidade de água nessas zonas afecta também o cérebro. Quando há desidratação, fica afectado o aparelho digestivo, provocando obstipação, que aumenta a absorção intestinal de amoníaco. A abundância de amoníaco pode provocar encefalopatia (função cerebral anormal) cujos sintomas se revelam em confusão de pensamento e sonolência. Também a desidratação do aparelho respiratório aumenta o risco de infecções dos seios perinasais, reduzindo o fluxo de oxigénio para o cérebro, bem como, a falta de água do líquido sinovial causa dores articulares, que dificultam a concentração mental. A desidratação também pode causar fadiga, boca seca, urina amarelo-escura e congestão nasal.

Conclui a cientista, que quem consome regularmente frutos e legumes absorve água destas fontes, mas os que os evitam têm de beber uma maior quantidade.
   


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