Fundação Maitreya
 
Espiritualidades

de Pedro Teixeira da Mota

em 30 Mar 2012

  Ao considerarmos que as múltiplas formas de espiritualidade que se manifestam nos povos e pessoas têm as suas razões de ser, bem como as contextualidades ambientais e históricas próprias, acolhemos então riquíssimas tradições de espiritualidades, seja no âmbito das grandes religiões, seja nas das formas mais animistas e antigas, pois em todas elas há núcleos de práticas iniciáticas perenes, que modelam nos praticantes um caminho espiritual, balizado por ensinamentos, costumes, festividades, bem como por estados conscienciais de transformação, expansão, adoração e unificação...


Poderemos dizer que o essencial da espiritualidade é o ligarmo-nos mais ao Espírito, ou o clarificar e estimular o estar num caminho espiritual, isto é, numa tomada de consciência progressiva das dimensões e capacidades psico-físicas e sobretudo espirituais, vivendo-as harmoniosamente com a natureza e os outros, num sentido unificador, ascendente e libertador...

Fundamental é a nossa capacidade de irmos abrindo os olhos e o coração, despertando as nossas melhores capacidades, em harmonia com o que nos rodeia mas sobretudo norteadas pela nossa aspiração de religação ao Alto e a Deus, ou ainda pela aspiração ao Bem Comum ou ao Amor Universal...
Uma das grandes diferenças de outrora para hoje é o muito maior leque de opções harmonizadoras, religiosas e iniciáticas que poderemos encontrar, sondar, assumir.

O que outrora estava reduzido a uns poucos de iniciados aqui e acolá, e a menos ainda peregrinos universalistas, tornou-se hoje acessível a muitos, porém com os perigos daí advenientes, dos quais destacaremos a superficialização, o exotismo das aparências, a rapidez excessiva e logo a imaturidade, a precipitação, o enredamento em desvios e a excessiva comercialização. Hoje em dia tem-se a ideia de que se pode ser iniciado em umas horas ou num fim de semana, em cursos miraculosos que tornam as pessoas em três tempos não apenas adeptos mas logo mestres...

Nada mais falso..., a natureza não faz saltos..., há um caminhar diário com os pés, as mãos, o coração, o estudo, a compaixão e a meditação, que temos de saber cumprir luminosamente para nos irmos qualificando para receber interiormente os sinais e visitações, luzes e energias que nos reiniciam ou unificam constantemente e nos vão ligando mais a Deus e à verdade...
   


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