Fundação Maitreya
 
Quadros da Fé

de Vijay Kranti

em 05 Set 2012

  Bodh Gāyā, a cidade onde Gautama Buddha alcançou a iluminação há 2.550 anos, recebeu, no início deste ano, a maior congregação jamais existente de budistas no mundo. Dalai Lama, líder budista (do Budismo Tibetano), deu a iniciação do Kālachakra a centenas de milhares de devotos de 60 países. Este foi a 32º Kālachakra, desde 1954, e a quinta em Bodh Gāyā. Outras cidades onde eventos semelhantes foram realizados incluem Washington DC, no ano passado, e Los Angeles, Ulan Bator, Barcelona, Sydney, Toronto e Graz.

Bodh Gāyā abriga a maior congregação budista do mundo.
Kālachakra, que significa “roda do tempo” em sânscrito é o maior ensinamento budista. Ele abre as portas de Shambāla, um “despertar” na linguagem budista, para um grande número de devotos em massa. Para orientar os devotos, uma pintura dum mandala que retrata a passagem para Shambāla é desenhada por uma equipa de monges com areia fina colorida. Na conclusão da cerimónia de 12 dias, o mandala é cerimoniosamente destruído e a areia imersa num rio.
Quando perguntei ao Dalai Lama a razão para destruir a obra de arte, ele respondeu: “A beleza não pode ser uma permissão para a permanência. Mesmo a coisa mais bela na terra tem de ter uma vida útil específica”.
Outra festa para os olhos estava em exposição sob a árvore Bodhi. Era composta de esculturas de manteiga feitas pelos monges da famosa escola Jonang do Budismo Mahāyāna. Delicadamente feitas com manteiga em cores e tonalidades infinitas, as esculturas retratam eventos populares da vida do Buddha e figuras de famosos mestres budistas da tradição Nalanda.
O Kālachakra em Bodh Gāyā foi um reflexo da crescente importância da Índia no mundo budista. As iniciações do Kālachakra realizadas pelo Dalai Lama, em Dirang, em Arunachal Pradesh, Leh e Zanskar, em Ladak, Lahaul, Spiti, Tabo, Kalpa e Jispa, em Himachal Pradesh, Salugara em Bengala Ocidental, Gangtok, no Sikkim, Amaravati em Andhra Pradesh, Sarnath em Utar Pradesh e Bylakuppe em Karnataka foram fundamentais para a difusão da fé entre as comunidades budistas da Índia.
A iniciação foi realizada em vários idiomas, incluindo hindi, sânscrito, pāli, japonês, coreano, chinês e inglês. Os trabalhos foram traduzidos simultaneamente e transmitidos em 17 idiomas que incluíam tibetano, chinês, português, alemão, francês, russo e japonês. Essas transmissões foram realizadas por voluntários que são experientes praticantes do Dharma em seus respectivos países.
Para muitos dos devotos budistas, especialmente aqueles que vieram de aldeias distantes dos Himālayas ou do exterior, Kālachakra ofereceu uma oportunidade de homenagear Buddha, o Templo Mahābodhi e os gurus supremos de suas respectivas seitas, tudo num só lugar.
Cortesia da Revista India Perspectives
   


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