Fundação Maitreya
 
A Lei e o Amor

de Maria

em 01 Ago 2013

  A vida rege-se por duas forças fundamentais – a Lei e o Amor. A Lei comporta a ordem e a justiça, o Amor comporta a compreensão e a harmonia, que submetidos ao espaço-tempo formam uma conexão profunda e inseparável. A Lei foi “promulgada” com o primeiro movimento do cosmos, a partir do qual se desencadeou a força que estabelece os limites, ora do caos, ora da ordem. O som “emitido” criou o pensamento espacial e foi gerado o fogo, de cuja combinação resulta a irradiação da consciência e a propagação da luz.

As leis humanas (justiça, dever e moral) estão, inevitavelmente, incluídas na lei cósmica, a qual deve ser compreendida como um direito por si mesma, direccionada para o cumprimento de um objectivo superior e finalidade inteligente. A lei é o elo que vivifica a Unidade: o cosmos e o homem.
A lei conduz e, imperiosamente, leva a humanidade a sair da consciência primária ou letárgica para se integrar, gradualmente, numa dimensão de consciência que impele ao estabelecimento da harmonia pela via do aperfeiçoamento. Porém, a lei não é uma limitação à liberdade, mas uma comensurabilidade.

A Lei abrange tudo o que se movimenta e desenvolve na natureza cósmica; ela ajusta e equilibra, como que regida pela gravidade, que agrega e sintetiza forças que emanam dum centro de irradiação espiritual, o qual influencia e absorve toda a vida manifestada.

A gravidade que estabelece a ordem física no cosmos (mantendo posições entre os astros), abstractamente, também se aplica à humanidade, que ajusta e agrega os seres em relações de entendimento, onde se desenvolve espontaneamente a energia que harmoniza, fundamentando a base para o amor. E é o amor que preenche o cálice da vida. O amor gera compreensão, harmonia e altruísmo, sendo esta a forma para cada um encher o seu próprio Graal até que transborde. A construção da vida sem o suporte do amor é como uma vela sem chama: não cria fogo, não dá luz.
Todos os sentimentos nefastos como a raiva e o ódio constituem os grandes impedimentos ao desenvolvimento do amor em cada ser humano, pelo que a energia subtil que suporta sentimentos e emoções, geralmente encontra-se bloqueada pelos pensamentos e acções inadequadas, que não deixam fluir o amor que, naturalmente, deve ser sentido e vivido pelo coração.
O bem gera amor, mas o ódio gere a maldade que impede a expansão da luz da mente e do coração.

A harmonia em cada ser, provém então, de bons sentimentos que permitem a crescente expansão do amor dentro de si e para si - dependendo a intensidade desse amor - da capacidade espiritual e do conhecimento de Deus. Quanto mais consciente de Deus, mais amor desenvolve em si mesmo, bem como comporta maior capacidade para amar os outros sem condicionalismo de posse.
O amor que cada um desenvolve em si mesmo conforme se vai integrando no divino, representa uma realização do amor incondicional e, que irradiando por direito próprio, influencia tudo em redor: seres, animais e acontecimentos.

Cada realização espiritual, momentos de comunhão com a Unidade, corresponde a maior integração no divino, que enriquece a cada passo a evolução do presente, construindo desta forma, também o futuro, situação oposta à vida vegetativa e sem sentido, dos que vivem apenas de forma materialista, sem olhar à verdadeira razão superior da existência. A mais elevada experiência é a experiência sobre si mesmo e que leva, necessariamente, à compreensão directa e pessoal da nossa própria existência no cosmos e em Deus.

Deste conhecimento resulta a sabedoria, que assegura a confiança nas decisões certas e maduras nos momentos oportunos. O raciocínio provém do intelecto que é a função preliminar da sabedoria e, quando o intelecto e sabedoria se conjugam, resulta uma espiral de síntese numa mente clara e brilhante. Sabedoria e razão inteligente são a simbiose perfeita para a harmonia do pensamento e da acção, com base na Lei e no Amor.
   


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