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O Kali Yuga - a lei dos ciclos

de Lubélia Travassos

em 21 Jan 2024

  A Terra está actualmente na Era de Ferro, Idade das Trevas ou Kali Yuga, que é, na generalidade, o período de maior densidade dentro de todos os Ciclos das Eras Cósmicas, em que todas as Eras têm a sua finalidade e propósito. Sendo a Era que estamos a atravessar a do Kali Yuga, o período mais denso de todos os ciclos, e o que causa maior sofrimento à humanidade, indica-nos que estamos a atingir uma situação de limite, e que nos aproximamos felizmente do ponto de saída (ainda que no nosso tempo-Terra esteja longe de acabar), onde se torna necessário voltar à fonte da vida. Segundo o Bhagavata Purana, esta é uma Era de degradação humana, cultural, social, ambiental e espiritual, por isso é referida como Idade das Trevas, por a maioria da humanidade se encontrar longe da espiritualidade e de Deus. A essência do Kali Yuga é a causa do afastamento entre o homem e a natureza e de toda a devastação do mundo moderno, levando à perda de contacto com a ordem cósmica, onde a mente da humanidade se fixa nos elementos mais densos e materiais da realidade. É uma Era onde dominam as guerras, os vícios, a ignorância, e que se encontra destituída de todas as virtudes. Os líderes que governam as nações são violentos, corruptos, exploradores dos seus povos, tornando-se deste modo num mundo pervertido, onde impera o caos, a fome, as doenças, a destruição, o egoísmo desmedido, o materialismo, a maldade e a falta de respeito do Homem pelo seu semelhante.

A Idade do Kali Yuga começou quando o Avatara Krishna abandonou o seu corpo físico, há exactamente 5.000 anos. A duração do ciclo maior do Kali Yuga é de 432.000 anos, sendo o Kali, o 4.º e o mais denso dos quatro Yugas ou Eras Cósmicas do Calendário Hindu, correspondendo, por analogia, à Idade de Ferro dos Gregos, período no qual os valores morais declinam e o materialismo sobrepuja a espiritualidade. O termo “KÂLI” (negro) refere-se à Deusa Parvati, consorte/atributo de SHIVA, responsável pela morte de tudo o que é vil, grosseiro e decrépito. Felizmente este é um dos períodos mais curtos da Idade de Ferro. Sendo que já passaram 5.000 anos, desde o início desta Era, data em que Krishna deixou a Terra, tudo o que foi previsto ocorrer ao longo do seu tempo tem estado a acontecer de forma condensada.

De acordo com um texto no II Volume da Doutrina Secreta, Helena P. Blavatsky diz-nos que a Atlântida, o Quarto Continente ou Quarta Raça Raiz, sofreu grandes perturbações que interferiram com o eixo da Terra, e que deram origem a uma alteração repentina do seu grau de inclinação, que foi tão rápida quanto a sua mudança; se bem que, na verdade, a Terra foi elevada mais do que uma vez fora das Águas – tanto encima, como em baixo, e vice-versa. Diz a tradição que naqueles dias havia “Deuses” na Terra; Deuses e não homens, tal como sabemos agora. Podemos ainda verificar no III Volume da DS, a computação dos períodos, em que o Hinduísmo exotérico se refere a ambos os grandes acontecimentos cósmicos, assim como aos pequenos terrestres, e cataclismos, e o mesmo pode ser mostrado com os respectivos nomes. Por exemplo, o nome Yudhishthira – o Primeiro Rei do Sacae ou Shakas que abriu a Era do Kali Yuga, que tem uma duração de 432.000 anos, “um Rei verdadeiro que viveu 3.102 anos A.C. - aplica o nome e todo o grande Dilúvio, na altura do primeiro afundamento da Atlântida. Ele é o “Yudhishthira”, nascido na montanha dos cem picos, na extremidade do mundo, para além do alcance onde ninguém consegue ir”, e “logo a seguir ao dilúvio”. Certo é que não temos conhecimento de qualquer “Dilúvio” em 3.102 anos A.C., nem mesmo o do Noé, pois, de acordo com a cronologia Judaico-Cristã, ele teve lugar 2.340 anos A.C. Isto relata uma divisão esotérica do tempo e um mistério explicado algures, e que pode, por conseguinte, ser deixado de lado para o presente.

Dentro das Eras Cósmicas dos quatro Yugas (ciclos), existe uma série de ciclos menores, estando os principais ligados ao fenómeno da precessão dos equinócios (movimento retrógrado dos pontos equinociais), em que o sol no equinócio nasce no ponto vernal onde a elíptica cruza o equador celeste, e fica dentro de determinado signo, marcando as chamadas “eras zodiacais”, cuja duração é de 2.160 anos, perfazendo um ano cósmico de 25.920 anos.

A Lei dos Ciclos é uma das mais complexas e confusas Leis do Universo, e também uma das mais importantes da doutrina Teosófica. Ela existe porque o próprio Cosmos tem a sua existência regida por períodos de Manifestação e de Repouso, conhecidos por Manvântara e Pralaya. Dentro dos ciclos há infinitos ciclos, sendo o ano um ciclo, dividido em meses, que se dividem em dias, os mesmos em horas, que se dividem em minutos, e depois em segundos, e assim sucessivamente.
Tudo isso corresponde a ciclos de tempo, assim como a reencarnação é a grande lei da vida e do progresso, que está entrelaçada com a lei dos ciclos e a lei do Karma, pelo que as três leis trabalham juntas, e na prática é quase impossível dissociar a reencarnação da lei dos ciclos. Em períodos regularmente repetidos, indivíduos e nações retornam à Terra em correntes definidas, dando lugar ao ressurgimento no globo, das artes, da civilização e dos mesmos indivíduos, que estiveram nele noutras épocas.
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