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O Rosto e a Obra

de Maria Ferreira da Silva

em 31 Jan 2021

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Logo, eu não trouxe nada de extraordinário, mas se calhar trouxe algumas coisas importantes, ferramentas que as pessoas pudessem usar, como as filosofias da Índia e a meditação. Mas não tenho nada, algo que diga, é isto que vai fazer mudar os portugueses. Ninguém, ninguém pode fazer isso.

AP – No entanto há momentos históricos e há personagens históricas que são determinantes na vida de uma nação. Nós tivemos vários?

MFS – Mas eu estou a falar a nível espiritual.

AP – Também eu estou a falar a nível espiritual que muitas vezes se manifesta materialmente, dado que a nossa vida é aqui encarnada, é esta a que estamos a dar voz.
E nestes tempos actuais em Portugal, faz falta alguém que nos inspire, alguém que nos catalise, alguém que nos desperte ou que nos ajude, se quiser, enquanto nação a trilhar novo rumo, ou isso foram águas passadas e agora já não há ninguém em especial para vir e será um colectivo que terá de se manifestar?

MFS – Acho que são as duas coisas. Primeiro temos de trabalhar, ser mais conscientes e trabalhar sobre nós e com os outros. Isso é fundamental. E depois, se houver alguém que de facto venha trazer algum sinal…

AP – Como sabe, nós temos muito esse mito, com o D. Sebastião.

MFS – Alguém mais avançado, penso que sim, mas quando houver a preparação interna de cada um para o poder conhecer.
Repare, o Cristo veio há dois mil anos e ninguém o reconheceu. A realidade é esta. Era um Avatara, mas os próprios discípulos não o reconheceram. O povo judeu não o reconheceu, ele foi sacrificado da forma que foi.
Por isso, se de facto vier alguém ajudar, seja aos portugueses, seja ao resto do mundo, se as pessoas não forem conscientes e não reconhecerem esse ser, também ele pouco poderá fazer.
Mas eu não estou muito envolvida com esse tipo de ser que é um Salvador. Para mim, é mais uma pessoa que pode dar um exemplo a seguir.
Agora, o que lhe digo é que nos últimos vinte tal anos, Portugal teve uma abertura imensa. Há muita coisa que já se fez, muita coisa foi feita. E há tanta gente, hoje em dia desperta espiritualmente.
Hoje até os miúdos de vinte e trinta anos, têm muita coisa que nós, eu por exemplo não tinha. Eles hoje encontram muitos apoios, muita leitura. Muitos pais já estão envolvidos numa certa caminhada.
Portanto, Portugal despertou.
Não sou apologista que vai acontecer uma coisa de repente, e que subitamente as consciências se alterem.
Não, não pode ser, porque a evolução é lenta. Mesmo o nosso cérebro tem de ser preparado para determinados eventos, para certas experiências, até espirituais, porque senão o nosso cérebro não aguenta.
Psiquicamente, não iríamos suportar. Cognitivamente também não. Portanto, nós temos de fazer esse trabalho interno de espiritualidade e de interiorização. Utilizando fundamentalmente a grande ferramenta que é a meditação. Então, gradualmente, vamos evoluindo também o cérebro

AP – Para si, uma das ferramentas fundamentais para o trabalho espiritual é a meditação?

MFS – Sim, sem dúvida. É mesmo.

AP – Seja qual for a forma que assuma?

MFS – Hoje em dia a meditação está muito divulgada e está muito em moda.
Mas meditação mesmo é a meditação do Yoga (§), doutrina inserida no Hinduísmo, ou do sistema do Budismo. Yoga é todo um sistema de práticas, onde a meditação é fundamental
Esta meditação do autoconhecimento e de auto-realização, provém do Hinduísmo. Não é aquela meditação que por vezes as pessoas fazem para relaxar. Isso não leva a nada.
A meditação é uma ferramenta, um meio. Para já, a meditação é uma forma religiosa de o ser humano se entender nas próprias religiões.
Repare, cada ser humano, é no fundo bastante religioso em si.
Mesmo que não pertença a uma religião, tem algo que ele sabe que existe para além dele, nem que seja ateu. Sabe, no seu íntimo, que qualquer coisa superior existe.
A meditação é de facto uma prática religiosa, uma prática que nos leva numa caminhada para o conhecimento do Divino. Se não é feita com esse objectivo, praticada apenas para relaxar, não tem sentido. A pessoa não vai ter benefício algum.
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