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O Vegetarianismo e os seus benefícios

de Lubélia Travassos

em 03 Jan 2023

  (...anterior) Era também uma questão de que se não estivermos repletos de reverência à vida, o nosso coração tornar-se-á enrijecido, tornando-se o amor falso, e a compaixão não passará de apenas uma palavra.

A preocupação de Gautama Buddha (§) e de Mahavira era de que o ser humano não deveria comer apenas para viver. Ele deveria comer para crescer numa consciência mais pura. Um comedor de carne permanece inconsciente, acorrentado à terra, não podendo voar pelo céu da consciência. As duas coisas não podem coexistir, visto que, quando estamos a tornar-nos cada vez mais conscientes, se deixarmos de estar mesmo conscientes daquilo que estamos a fazer, apenas para satisfazer o paladar, torna-se impossível não matar. Podemos alimentar-nos de comidas vegetarianas deliciosas, pelo que o hábito de comer carne pode tornar-se completamente desnecessário e apodrecido do passado.

Porém, o mesmo não se pode dizer com o Cristianismo, o Islamismo e o Judaísmo, que não são vegetarianos pela simples razão de que essas religiões nunca se depararam com a revolução que a verdadeira meditação profunda traz, pois infelizmente nunca se deram conta da mesma. Não obstante, tem havido grandes mudanças, sendo que em Israel, Tel-Aviv é, hoje, considerada a capital do vegetarianismo.

Para Osho o vegetarianismo não é a sua filosofia, mas sim um acessório, e não queria insistir nele, mas insistia na meditação. Sugeria que deveríamos estar mais alerta, mais silenciosos, alegres, extasiados para encontrarmos o nosso centro mais profundo, sendo que com isso muitas coisas se seguiriam por si mesmas, sem repressão, sem luta, sem esforço, nem tortura. Ele referia que a meditação era a única religião essencial, e tudo o que se seguiria era virtude, visto vir espontaneamente. Ao meditarmos, uma nova perceptividade e sensibilidade começam a crescer, e, desta forma não contribuiremos para a morte dos animais.

Há milhões de pessoas que nunca pensaram no vegetarianismo. Desde a infância que contribuem para o assassinato de animais. A humanidade perdeu o seu coração, para o que precisamos de trazê-la de volta à sua sensibilidade, que poderá torná-la vegetariana. Nascemos e crescemos em famílias que não se preocupavam com o que comíamos. Aceitávamos, desde o início, tudo o que nos era dado e acostumamo-nos com isso. Essa é uma das razões porque o maior número de iluminados aconteceu na Índia, pois este é o único País em que as pessoas são vegetarianas. No entanto, também existe na Índia pessoas que não são vegetarianas, todavia, nenhuma dessas foi iluminada.

O vegetarianismo funciona como uma purificação. Quando comemos animais, ficamos pesados e somos puxados mais para a terra. Ao contrário, quando se é vegetariano, sentimo-nos leves, e está-se mais sob a lei da graça, do poder, e começamos a ser elevados para o céu. O vegetarianismo significa: “não destrua a vida, pois vida é Deus”. Devemos evitar destruí-la, senão estaremos a destruir a própria ecologia. E há algo muito científico por detrás disso. Não é por acaso que todas as religiões e filosofias espirituais, que nasceram na Índia, são basicamente vegetarianas, e que todas as que nasceram fora da Índia não são vegetarianas. Os cumes mais elevados da consciência religiosa nasceram na Índia.

Pitágoras (§) foi o primeiro a introduzir o vegetarianismo no Ocidente. É de uma grande profundidade o ser humano aprender a viver em irmandade com todas as criaturas. Essa é a base e é somente sobre essa base que podemos basear a nossa prece, a nossa meditação, pois se comemos carne ela torna-se mais difícil.

A contribuição de Pitágoras à filosofia ocidental é imensa e incalculável. Ele introduziu pela primeira vez o vegetarianismo no Ocidente. Sendo a ideia do vegetarianismo de imenso valor, ela está baseada na grande reverência à vida. A mente moderna pode agora entender isso de uma maneira muito melhor, pois sabemos que todas as formas de vida estão interligadas. O ser humano não é uma ilha, ele existe numa rede infinita de milhões de formas de vida e existência.
  (... continua) 
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