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Tudo o que há para saber

de Miguel Ledro Henriques

em 26 Fev 2024

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Quando ligados entre si, quando são postos em prática em conjunto e permeando-se uns aos outros, experienciados, manifestados através da nossa própria vida, os princípios da
Existência mostram um movimento contínuo, um fluxo, um estado de ser, que é vivido como, que é, a própria harmonia, a própria criatividade, o próprio Ser, o próprio “acto” de Existir. É este estado de consciência que também percepcionamos como satisfação em todas as suas variantes de qualidades e intensidades, desde o ligeiro conforto até ao Supremo Êxtase. É o Movimento Arquetípico da Existência, o Movimento Modelo sobre o qual todas as outras coisas são construídas, se movem e são destruídas, é o Ser Supravivo ao qual a humanidade já chamou de Brahma, Pranava, Ohm, Te, Espírito Santo, Força Criativa, Eternidade, Consciência Pura, Luz Divina, Fogo Divino, que se vivencia como Fluxo de Radiância Luminosa. Ele está sempre em todo o lado, permeando tudo, originando tudo, e nós temos a maravilhosa capacidade latente de nos abrir conscientemente a Ele, de permitir que se manifeste através de nós na sua totalidade – a capacidade de Auto-Consciência, de Libertação, de União. Somos como uma pequena célula com a possibilidade de decidir a qualidade e a intensidade da harmonia na qual vivemos com as restantes células e o organismo do qual fazemos parte, e o Organismo é o Fluxo. O grau ao qual temos o amor, inteligência e intensidade de nos deixar assim permear é o grau no qual podemos manifestar, e portanto experienciar como sendo nós mesmos, mais amor, inteligência e intensidade, desde os germinais e jovens movimentos egóicos quando resistimos total ou parcialmente a esta Realidade, ao Amor Universal, Omnisciência e Omnipotência, quando a União é Total.

E quando a União é Total, desaparecem até a percepção e experiência do Fluxo, desvanece-se qualquer resquício de qualidade e intensidade, dissolve-se até a mais ínfima noção de “eu”, e a gota da consciência individual funde-se absolutamente com o Oceano, ao qual os sábios chamaram de Parabrahman, Tao, Deus Pai, Silêncio Vivo, Infinidade, Existência Pura, e cuja experiência é inominável, mas pode ser incompletamente simbolizada como Presença Oceânica de Espaço Infinito e Silencioso.

Mas isto são apenas palavras, e ainda que belas e emocionantes, ó como são pobremente insuficientes. Como podemos percorrer por nós mesmos um caminho que nos leve à certeza, à verdade auto-conseguida, à liberdade auto-suficiente? Como podemos certificar-nos directamente destes princípios de funcionamento do ser humano e da Existência? Como chegar ao conhecimento real, à vivência do que eu sou, à auto-realização? Como alcançar, pondo-o em conceitos simples, a Satisfação Plena Inabalável?

Curiosamente, a resposta é simples, ainda que difícil de aplicar. Os passos deste caminho são sempre os mesmos, foram comunicados pelos sábios ao longo de todas as eras e culturas, são seguidos de forma quase inconsciente pelo método científico moderno, e o fluxo que os passos formam já foi vivenciado de uma ou outra maneira por todos nós. Este é o processo espiritual.
Todos os seres humanos, quer o saibam ou não, estão no processo espiritual. É isso, aliás, que existencialmente significa ser humano. A única diferença está em se o fazem voluntariamente, entregando-se de bom grado esses passos, ou se tentam combater a vida, sofrendo fricção sem perceber porquê no entretanto – como diz um grande ser, “Todos vamos inevitavelmente para a mais bela das praias, a nossa escolha jaz em se vamos alegremente pelo próprio pé, ou preferimos ser arrastados, embatendo em tudo o que há pelo caminho.
  (... continua) 
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