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Israel e Palestina
de Lubélia Travassos
em 18 Out 2023
(...anterior) Ora vejamos algumas: «Abaixo o “Plano de Paz”! Pela constituição de um Estado Palestiniano, laico, democrático e não racista!»; «Só haverá paz com a derrota dos agressores sionistas»; «A vitória dos palestinos será uma vitória de todos os povos do mundo, no caminho da sua libertação nacional e social»; «Fora com as tropas de Israel dos territórios Palestinianos! Viva a nova Intifada!», «Não pode haver paz enquanto existir o Estado de Israel».
Certo é que os confrontos entre Árabes e Israelitas provêm desde o tempo dos seus ancestrais, que disputaram os territórios milhares e milhares de anos, contudo, só depois da criação do Estado de Israel é que os conflitos tomaram uma proporção mais alarmante. Além disso, os agora denominados Palestinos, que reivindicam, igualmente, serem o povo da Palestina e que anseiam por uma pátria, são descendentes de Árabes nómadas, errantes, que se encontram espalhados por todo o mundo Árabe, mais concretamente, pela na Síria e Jordânia.
O verdadeiro povo Palestino, aquele que anseia e tem direito à terra, deveria pensar muito seriamente na situação em que se encontra. Têm-se deixado manipular e oprimir pelos seus próprios líderes, que não são mais do que terroristas fanáticos, que se infiltraram no seu seio, e dirigem o seu povo de uma forma bastante caótica, conduzindo-os, cada vez mais, à ignorância, à miséria e à tragédia. Afinal, o que estes terroristas pretendem é incutir e alimentar o ódio por Israel, a fim de desviarem a atenção dos problemas criados por eles próprios. Por meio da violência nunca será possível criar nem um Estado Palestino, nem resolver a situação dos Palestinos.
Cenário religioso – Jerusalém, o berço das Religiões
A região de Jerusalém ou Sião, com mais de 3.000 anos de antiguidade, sofreu, em tempos remotos, o domínio de vários povos, entre eles os Romanos e os Israelitas. Considerada a cidade Santa, berço de três religiões e destino de peregrinações e orações, tem sido o ponto fulcral do conflito tanto do Estado Israelita como do Palestino. O coração de Jerusalém situa-se no sector oriental, onde se encontram os lugares sagrados do Cristianismo (Santo Sepulcro), do Judaísmo (Muro das Lamentações) e o lugar santo do Islão (Esplanada das Mesquitas). Pergunta-se: Como se poderá, então, resolver o problema do conflito entre duas religiões quando existe uma terceira? De facto, este tem sido um dos pontos mais difíceis de resolver nas negociações entre judeus e muçulmanos. Ambos os povos reivindicam o direito ancestral de dirigir a cidade sagrada que foi construída pelos reis Judeus, onde Cristo viveu, e onde se refugiou Maomé (§) depois de ter sido expulso de Meca pelo seu próprio povo. Tendo a cidade um carácter sagrado tanto para Judeus, como para Muçulmanos e Cristãos, esteve durante 19 anos (1948 e 1967) dividida entre Israel e o reino da Jordânia. Embora tivesse sido proclamada capital do Estado de Israel, em 1948, a sua divisão resultou da primeira guerra, entre os israelitas e os árabes, que separava os dois sectores ocidental (Judeu) e o oriental (Árabe). Após a guerra dos Seis Dias a parte oriental da cidade foi anexada. Nesta parte vivem duzentos mil palestinos, com um visto de residência permanente, mas sem cidadania Israelita. Jerusalém, com seiscentos mil habitantes, tem hoje o triplo da superfície ocupada em 1967, devido à construção de vários bairros judeus na periferia da cidade árabe.
Entre as três religiões praticadas em Jerusalém, salienta-se um factor de extremismo na prática de qualquer uma delas, mais acentuado no que toca à religião islâmica. O Judeu normal não é racista, embora seja apelidado disso pelos palestinos, e respeita a religião de qualquer povo, deixando-o praticá-la em paz tanto na cidade Santa, como por todo o Israel, sem qualquer problema ou entrave.
(... continua)
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