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Messias

de Maria Ferreira da Silva

em 10 Dez 2023

  (...anterior) Eles não procuram qualquer realização pessoal pois estão imbuídos de conhecimento espiritual e incumbidos de o divulgar, para acordar a humanidade quando ela está em sono profundo, despontando então a clássica batalha da luz contra as trevas.

A vida está inserida num processo eternamente em movimento, onde as energias não só são transformadas, como novas correntes se combinam. Obviamente o Cosmos não é estático, ele está permeado de forças incessantes, que ora se aniquilam ora se renovam, movendo-se em direcções espaciais desconhecidas. Também a vida na Terra se renova e ajusta constantemente, ora rejeitando o decadente, ora aceitando o intercâmbio de forças para que se revele maior criatividade que conduza à renovação do homem.

Na vibração eterna, o Espírito brilha como tesouro e a Verdade é estabelecida subtilmente de tempos a tempos, com Alguém especial que vem afirmar novas possibilidades à Humanidade. Um Messias é o Ser que transmite poderosamente a vivência de Deus e, com grande convicção fala do Poder Supremo, pois é Ele mesmo uma força sintetizada desse Poder. Um Messias ou Avatāra está por isso fora de qualquer religião, não tem que trilhar via alguma para a perfeição e os seus ensinamentos é que ficam naturalmente como doutrina ou religião.

O Avatāra, o Messias, invoca as forças puras e superiores para que o homem supere a sua própria resistência de acomodação ao estabelecido e rompa todas as formas inertes que obstruem a cadeia da evolução. Quando uma renovação se aproxima, surge o Avatāra que impele à aspiração divina, à perfeição, à beleza, ao amor e então é afirmado mais um degrau rumo ao Infinito. O princípio mais elevado no Sacramento do Altar da Vida é a beleza de um coração amoroso e compassivo, qual força ígnea transmutando o poder destruidor em raio de Amor como um archote no Caminho dos homens.

Messias e Avatāras na sua essência mais profunda têm o mesmo valor, tornando-se aparentemente diferentes pelas designações dadas pelo homem, mas ambos transferem a Vontade Divina para a Terra, e vêm com o mesmo objectivo, o de elevar a Consciência colectiva da Humanidade.

Não é por acaso que falo de Avatāras e da Pintura Portuguesa, pois os ecos da nossa História repercutem ainda a esperança num Salvador que estabeleça um Reino Espiritual e que irradie para o mundo a Vontade Divina. E, embora seja na Índia, que se encontra a grande tradição de Avatares, Eles são contudo, uma realidade universal pois o Messias é também uma esperança redentora dos povos do Ocidente.

É ainda incerta a identificação dos autores do Retábulo da Igreja da Madre de Deus, provavelmente executado por vários artistas nomeadamente Jorge Afonso, este referente à Anunciação, sendo plausível considerá-lo o Mestre de 1515.

Jorge Afonso pintor Régio designado por D. Manuel em 1508 cargo confirmado por D. João III, em 1529, foi o fundador (?) da Oficina de Lisboa por onde passaram pintores notáveis nas décadas seguintes. A Pintura Quinhentista vinculada especialmente ao período de D. João III tinha uma complexa estrutura de trabalho cooperativo e era notoriamente um centro cosmopolita, denunciado nos elementos ornamentais e arquitecturais de cunho renascentista, donde sobressaem certas influências da Escola Italiana e Flamenga.

Infelizmente sem uma base documental que se possa afirmar a individualização de Jorge Afonso temos, contudo, uma plêiade de autores que nos legaram uma magna obra. Teria sido este Mestre da Pintura Portuguesa educado no estrangeiro, nomeadamente Itália, ou convivido em Portugal com Mestres estrangeiros?

Os elementos arquitectónicos e decorativos colocam-no na órbita de um Leonardo da Vinci (§) ou de outros pintores nomeadamente de Antuérpia já sensíveis aos ecos de Florença. As Oficinas de Lisboa da primeira metade do séc.
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