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Dhamma Talk - Palestra

de Ajahn Sumedho

em 29 Abr 2006

  (...anterior) E neste Retiro aquilo para o qual aponto, não é para a convenção como algo que vocês têm que dominar, mas sim antes para o modo como usar a convenção do Budismo Theravada. Portanto, não é para criar mais presunção, não é para adicionar mais presunção à que já possamos ter. É usar isso precisamente para ver e penetrar através da presunção, através da ignorância, preconceito ou apego que possamos ter, para ir mais além, para ver o sofrimento que nós experimentamos, que eu experimento quando estou agarrado a ideias, opiniões, posições, sentimento de auto-importância, qualquer conceito, pensamentos ou atitudes que eu possa ter ou até ainda nem estar consciente, até começar a observar e reflectir no que realmente estou a pensar e a sentir. Eu costumava ser convencido de que não era convencido...alguém fala de presunção e diz que alguém é muito convencido e eu não suporto gente presunçosa...e quando eu comecei a reparar na forma como eu costumava julgar as outras pessoas como convencidas, reparei como estava a ser bem convencido (ri), chegando a dizer «eu não sou assim».

Portanto, o “Eu Sou”, como já indiquei anteriormente, se o ponho ao nível pessoal «Eu sou Ajahn Sumedho», deixa então de ser universal e torna-se pessoal... «Eu sou Americano-Britânico»... se o puser em termos universais pode-se dizer «Eu sou... Amor». O que será isso? Agora aqui entramos no uso da palavra inglesa “Love” (Amor) e é claro que como bem sabem, esta palavra é usada quase para tudo e mais alguma coisa hoje em dia (ri)... mas é uma palavra bem poderosa na linguagem inglesa, e fez o seu caminho para quase todas as Línguas no planeta por esta altura. Portanto, não pode simplesmente ser posta de lado. Mas quando falamos sobre “Amor” ou amor romântico, ou amor pessoal, amor incondicional, amor Cristão... o que é que nós queremos dizer com esta palavra? Então os budistas usam “Metta” e fica logo tudo resolvido não é verdade (risos). Escrevem-se letras em que não se diz “Love” (Amor) mas diz-se “Metta”. Pois, na verdade “Love” (Amor) pode soar incrivelmente pessoal, como por exemplo em “being in love” (estar enamorado/apaixonado) com uma certa afectividade e intimidade pessoal. Ou pode significar “Metta” (Loving/Kindness – Amabilidade/Carinho), ou então usamos o termo “Amor incondicional”...ou será isso só mais outro tipo de ideia ou grande ideal? «Não seria tão bom haver amor incondicional? Ai o meu amor é incondicional»... isto soa bonito e é inspirador... mas “amor” muitas das vezes na forma como é usado, simplesmente significa gostar. Portanto gostar e desgostar, o que muitas das vezes se quer dizer “eu amo este sítio ou esta pessoa”, mas quando essa pessoa não faz o que nós queremos já não gostamos dela (sorri). Depois ficamos muito confusos porque queremos amar alguém incondicionalmente, mas logo, muitas das vezes não gostamos do que essa pessoa está a fazer, então fica-se confuso (ri abertamente)... porque quando se pensa que essa pessoa está a fazer qualquer coisa que de não gostamos, não nos sentimos a gostar, não é? Porque a memória ou a percepção é “ele falhou-me” ou “ele traiu-me” ou “desiludiu-me”... ou seja, isto é o sentimento de “eu”, de “gostar” ou de “desgostar”. Portanto, quando eu uso o termo “amor incondicional”, qual será a realidade do amor incondicional neste preciso momento? E então aqui a mente pára, não é verdade?.. “o que é amor incondicional neste preciso momento?”... é real ou será só uma ideia superior?.. estarei eu a sentir amor incondicional agora mesmo ou não?.. o que será agora? Se é incondicional é intemporal, não depende de condições, não depende de empatia, de ser simpático ou amável... de concórdia, ou aprovação ou de qualquer outra coisa. Num nível pessoal eu gosto mais de certas coisas do que outras e não gosto de outras tantas... aprovo certas facções, desaprovo outras tantas. São preferências, opiniões e diferentes pontos de vista de acordo com a forma como eu estou condicionado a pensar, da forma que eu espero e exijo da vida para comigo próprio.
  (... continua) 
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