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Curso de Meditação 1ª Lição
de Maria Ferreira da Silva
em 26 Mar 2020
(...anterior) 
Se em grupo: respeito pelo silêncio.
Bom funcionamento do aparelho digestivo: hábitos alimentares de qualidade.
Na realidade, para meditar é necessário uma pré-disposição de vida, de ideais e de aspiração espiritual. Requer-se pureza, desde o corpo físico à mente, e com restrições que passam pelos hábitos mais perniciosos, ou mesmo renunciar-se a certos prazeres inúteis. A purificação também pode resultar do próprio processo da Meditação e gradualmente vão-se destruindo os bloqueios mentais e psíquicos; contudo isto leva mais tempo.
O caminho espiritual é feito de decisões internas e é imprescindível a determinação.
A auto-determinação é necessária na afirmação de um caminho de vida, mas só a qualidade das acções determinará a qualidade do caminho.
Há certas horas do dia mais propícias à Meditação; de manhã ao acordar, antes das refeições e ao deitar.
Depois de uma refeição é inútil sentar a meditar, é uma perda de tempo. Durante horas, o estômago concentra as principais energias para a digestão, e na mente, a força para meditar diminui consideravelmente. Também comer demais bloqueia o cérebro e, por consequência, cria obstáculos à Meditação. Porém, jejuns exagerados podem provocar carências de elementos no cérebro e a Meditação não resulta.
Banir o álcool é fundamental para se obter estados mais puros e claros em Meditação, já que o álcool interfere nos mecanismos cerebrais bloqueando-os, e atrai certas vibrações astrais que influenciam e baralham a mente de quem bebeu e pretende meditar, mesmo que tenha ingerido o álcool há muitas horas. Está fora de questão o álcool e a Meditação. São incompatíveis!
As considerações já citadas pertencem ao conhecimento e postura exterior. Quanto à atitude interior é sobretudo necessário estabelecer a sua própria disciplina e não a imposta por outrem. A disciplina tem de partir do seu próprio biorritmo, tentando acompanhar o mais possível o ciclo da Natureza. O Sol quando desponta, desperta a natureza para a vida, e nós também somos a Natureza. Quando o Sol se põe é para os seres repousarem. (Consultar o livro “O Silêncio”).
Ter um objectivo para meditar é bastante importante. Com qual desta lista mais se identifica?
Aspiração espiritual e como meta o Conhecimento de Deus?
Pretende-se a pureza corporal, psíquica e espiritual? Com que fim?
Dominar a própria mente e descobrir mais inteligência?
Para expandir a Consciência no conhecimento de si e da vida?
Necessidade de realizar conscientemente o seu próprio Eu, Espírito?
São questões fundamentais para se encontrar um guia, um sentido.
Infelizmente, hoje em dia, considera-se a Meditação como um meio de relaxamento, porém ela é uma forma bem profunda de ligação ao Divino, portanto um acto místico ou religioso.
1º passo da Prática
O primeiro passo para a auto - mestria da Meditação é aprender a Concentrar a mente.
A mente da maioria das pessoas é dispersa, fluindo em várias direcções sem objectivo.
A Concentração é a base para a Meditação.
Depois da leitura desta 1ª lição, feche os olhos e observe a calma mental que usufrui... mas logo os pensamentos vão fluir...
Sente-se então numa posição confortável, com a coluna direita e os olhos fechados. Numa atitude solene, concentre a mente em si mesma e tome consciência dos pensamentos que afloram à mente, observe-os... depois conforme eles vêm, retire-os.
Praticar este exercício duas a três vezes por dia, cinco minutos que seja, ajudará a Concentrar a mente encaminhando-a para a Meditação.
Este é o primeiro passo que lhe deixamos para praticar:
a Concentração.

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