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Aqui também, a criatividade na Arte do Pensamento presta homenagem ao Ser, e para além de autores já consagrados, damos espaço aos jovens valores que connosco queiram colaborar em vários temas.

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Os Arquitectos do Agora

de Vasco Trancoso

em 29 Mai 2006

  Ao conseguirmos estar no Agora, conseguimos também libertarmo-nos dos pensamentos inquinados pelo Futuro e pelo Passado e podemos então aceder à Dimensão Divina, reconhecendo finalmente o Mar eterno de que fazemos parte.
Um exemplo da força do Agora é a contemplação de um pôr-do-sol maravilhoso com uma atmosfera transparente, em plena Natureza, com o céu composto por cores mágicas e irreprodutíveis. Nessa altura, perante tanta Beleza, paramos momentaneamente de pensar em situações passadas ou futuras para nos rendermos extasiados ao Agora daquele pôr-do-sol.


Chegada - Pintura de Vasco TrancosoÉ sabido que os nossos sentidos têm limites informando-nos de modo incompleto. Não temos a percepção dos infravermelhos, dos ultravioletas, dos ultrasons, de uma vasta gama de outros comprimentos de onda ou de multiplas formas de energia.
Outros seres vivos têm uma leitura diferente da Realidade onde nos inserimos – consoante as capacidades sensoriais postas à disposição de cada um (lembremo-nos o que se passa, por exemplo com o cão, o morcego, as abelhas, etc.).
Ou seja a Realidade é a mesma para todos, mas interpretada de modo diferente pelos diversos seres vivos. E essa realidade, sob o ponto de vista científico, mais não é do que um oceano infinito de energia.

No entanto no outro extremo dos sentidos humanos existe uma porta que permite a ligação a esse Mar, a essa Eternidade a essa Dimensão Divina.
Mas ao longo dos séculos o Homem tem desenvolvido a incapacidade de sentir a sua ligação ao Divino, a esse Mar Infinito, ignorando essa porta.
E no entanto esse acesso sempre existiu dentro de cada um de nós. Muitos de nós já o utiliza. Importa generalizar esta descoberta. A Iluminação decorrente da percepção do Divino, recupera-se quando a atenção estiver concentrada no Agora.
Como os nossos sentidos nos enganam, temos que desconfiar daquilo que nos transmitem, sobretudo da ilusão de estarmos separados (tanto de nós como do mundo em volta), em vez da percepção da Realidade como uma continuidade da qual fazemos parte.
E isto é importante porque a partir do momento em que se tem a percepção errada da Pessoa como um fragmento isolado, surge o medo, o conflito e o sofrimento. É mais confortável e seguro estarmos afinal integrados num todo mais vasto, onde a serenidade e o bem estar são a regra – não havendo razão, pois, para o medo.
Somos afinal como “moléculas” de água que não conseguem reconhecer que fazem parte de um oceano infinito e se julgam individualizadas e cada uma mais importante que as outras – mas afinais iguais.

Será agora perceptível o resultado das agressões entre os homens.
Quando uma “molécula” resolve fazer mal a outra, ou quando um grupo de “moléculas” desencadeia uma guerra contra outro grupo, está, obviamente a perturbar e prejudicar o Todo, o Mar de que fazemos parte. Daqui a asserção, presente na maior parte das religiões e no próprio ritual de iniciação a Aprendiz Maçon, de que fazer mal a outrém é fazer mal a si próprio. Ou seja, os conflitos entre “moléculas” têm como consequência um “encrespamento” do Mar que é afinal também o conjunto de todas. Ou seja o sofrimento de algumas “moléculas homens” transmite-se às outras prejudicando-as também – porque não estão afinal separadas umas das outras.
Em consequência um Mar sereno deverá ser o objectivo de todas as “moléculas homens”. E isso consegue-se (e daí a sua necessidade) com o aperfeiçoamento individual.
Assim se evitam as ondulações e encrespamentos que trazem sofrimento a todos e afinal ao Ser unico ao qual estamos ligados.

De Facto Ser único. Não há - como é lógico - tantos deuses quantas as religiões. Não há um determinado Deus de cada religião melhor ou maior que os outros, pelo simples facto que há só um que é descrito de modos diferentes. A Dimensão Divina à qual estamos ligados através de uma janela interior que cada um transporta. A janela do Agora.
Pela segunda vez falo da janela do Agora. É altura de melhor explicitar o que quero dizer.
A dor que os pensamentos possam trazer vem da análise de situações passadas ou de eventuais acontecimentos futuros – onde projectamos os cenários em causa, sofrendo por antecipação.
Ao conseguirmos estar no Agora, conseguimos também libertarmo-nos dos pensamentos inquinados pelo Futuro e pelo Passado e podemos então aceder à Dimensão Divina, reconhecendo finalmente o Mar eterno de que fazemos parte.

Um exemplo da força do Agora é a contemplação de um pôr-do-sol maravilhoso com uma atmosfera transparente, em plena Natureza, com o céu composto por cores mágicas e irreprodutíveis.
  (... continua) 
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