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Shankara (Śaṅkara) e Ramanuja (Rāmanuja)

de Pranav Khullar

em 31 Mai 2006

  A busca do espírito indiano foi um impulso contínuo em direcção de significado e existência. O espírito indiano foi caracterizado por esta imensa agitação intelectual e espiritual de ideias - que Max Muller resumiu muito aptamente: «Certamente é espantoso que um sistema como o do Vedānta fosse elaborado pouco a pouco pelos pensadores incansáveis e intrépidos da Índia há milhares de anos...».

ŚankaraSignificado e Existência

Entre outros, Śaṅkara e Rāmanuja responderam a esta atracção da busca dos Upaniṣads (§) com os seus Bhāśyas (comentários) e tornaram-se nos fulcros críticos e teóricos para o futuro. Os seus Bhāśyas (comentários) foram os catalisadores, se assim se puder dizer, para todo o pensamento indiano e a sua resposta ao Prasthankatrayi, isto quer dizer, os Upaniṣads, os Vedas e a " Bhagavad Gītā (§).
Enquanto os Upaniṣads são considerados a fonte da filosofia indiana, o Brahmasūtra de Bādarāyaṇa Vyāsa, constituído de quinhentos e cinquenta e cinco aforismos, é a obra à qual as forças intelectuais e espirituais de Adi Śaṅkarāchārya e Rāmanujāchārya, bem como as de Mādhava e Vallabha, foram dirigidas. Dr. Rādhākrishnan disse: «É impossível ler a obra de Śaṅkara... sem ficar consciente do facto de que estamos em contacto com um espírito com grande capacidade de penetração… não importa se concordar ou discordar, a luz penetrante do seu espírito nunca nos deixa».

O primeiro aforismo do Brahmasūtras, «Athato Brahma Jijnasa», é um apelo para inquérito e debate livres. É verdadeiramente o ponto inicial de toda a filosofia vedântica e as interpretações finais de Śaṅkara e Rāmanuja. Eis o que Dr. Rādhākrishnan escreveu na sua obra prima sobre a filosofia indiana: “Śaṅkara e Rāmanuja foram iguais e complementaram-se um ao outro”. Enquanto o Vedānta de Śaṅkara se chama Advaita, o Vedānta de Rāmanuja chama-se Vishista Advaita. Dois grandes espíritos, eles representam as posições cardinais do pensamento indiano. Eles redigiRāmanujaram a rota (§) das suas viagens para o absoluto que foram difíceis a rivalizar ou até copiar.
Enquanto Śaṅkara formou uma posição de unidade absoluta com Brahman (Deus), Rāmanuja fez uma distinção teísta entre a alma individual e Brahman. Mas ambos atraíram os intelectuais e o povo comum da mesma maneira. O seu alcance e atracção popular estenderam-se ao povo mais simples por meio dos seus líricos devocionais para os deuses populares do panteão hindu. Dr. Rādhākrishnan resumiu, no seu capítulo sobre Śaṅkara na sua obra de filosofia indiana, que a sua grande realização no domínio de teorização foi o sistema de Advaita que ele desenvolveu em forma de comentário. Para ele, isto foi a melhor maneira de conciliar os níveis contemporâneos de conhecimento e crença com textos e tradições antigas.

Por outro lado, Rāmanuja deu enfâse no assunto da relação do mundo com o Deus para qual a sua teoria se chama Vishista Advaita ou não-dualismo qualificado, o perfeito caminho intermédio entre o intelectualismo de Śaṅkara e o ritualismo do Purvamimamsā. Segundo a tradição, quando Rāmanuja foi ver o corpo morno do seu mestre Alaxander a sua atenção foi dirigida aos dedos dobrados da sua mão direita. Ele interpretou isto como uma indicação de que o seu Guru (mestre) estava a mandá-lo realizar os seus desejos não satisfeitos, um dos quais foi escrever um comentário do Brahmasūtra.

Rāmanuja advoga Satkaryavada onde a causa e o efeito são os mesmos, ao contrário da Vivartavada de Śaṅkara conforme a qual o efeito é de facto uma ilusão, alguma coisa que não existe em realidade. Assim, os dois basearam os seus pensamentos nos mesmos textos e começaram das mesmas suposições, mas as suas filosofias se desenvolveram em diversas direcções. Enquanto Śaṅkara sustentou uma intransigente visão monística dos Vedas, Rāmanuja reiterou a visão teísta.

Cortesia da Revista Índia Perspectives
   


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