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Para além de Parangla
de Vikas Kaushal
em 24 Jul 2006
(...anterior) Teve que ser, porque daí uns dias teríamos que passar por esse caminho ao voltar para Kibber.
Havia um céu nublado quando partimos para Karzok, o nosso destino final. Logo, começou a chover. Enquanto continuámos com o nosso passeio ficámos banhados várias vezes apenas para nos secar logo em seguida. Caminhámos pela circunferência do lago durante uns 15 ou 17 quilómetros. Passa-se por um terreno quase plano duma beleza áspera com montanhas multicoloridas aos lados. É um caminho antigo, frequentado principalmente pelos nómadas que fazem o percurso entre Chumar e Karzok com os seus iaques e ovelhas. A zona é árida, com algumas relvas espalhadas por aqui e aí. A rica relva, que fornece comida para o gado, escassamente cobre as encostas das colinas que rodeiam essa terra. Tínhamos caminhado durante quase cinco horas, mas ainda não se podia ver o fim. Algumas muralhas de pedra, esculpidas com inscrições sagradas budistas deu-nos uma indicação que estávamos a aproximar-nos. Finalmente, com cada gota de energia exaurida, diligentemente subimos um pequeno monte e de repente – Karzok – em todo o seu esplendor.
Pode-se ter a melhor vista de karzok desta colina. Uns 70 metros em baixo as águas radiantes e azuis do Tso-Morari formam um arco. Escondido nos campos verdejantes de cevada vê-se um abrigo das montanhas vermelho com tendas em filas ordenadas para os hóspedes. Um pouco mais longe, nas suaves colinas vê-se a aldeia de Karzok. Mais para cima situa-se o Karzok Gompa, onde apenas um punhado de Dropkas moram durante todo o ano para cuidar do mosteiro. Depois de ter descansado durante algum tempo sabíamos que era hora de voltar para trás e relutantemente começámos o nosso caminho de volta para Kibber.
Cortesia da Revista Índia Perspectives
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