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A Morte - Início de Vida? II Parte

de Zelinda Mendonça

em 23 Out 2006

  (...anterior)

Mas mais uma vez a maior parte das pessoas não está habituada a este estado e não faz ideia do que é a luz transcendental e a iluminação divina, e foge novamente destes fenómenos e é atraída por “luzes fracas ou impuras” que também aparecem.

Assim a alma contrai-se para escapar a estas visões, “escurece” novamente e acorda no “sidpa bardo”, o reino reflector do “grosso”.

Aqui a alma acaba por ter uma visão dos seus futuros pais a fazerem amor e ao vê-los é emocionalmente puxada para eles por razões karmicas.
Ao interpor-se entre os dois acaba por renascer como filho de ambos.

Agora tem – DESEJOS
- ATRACÇÕES
- AVERSÕES, é um corpo grosso, é um SER HUMANO e está no estádio mais baixo da GRANDE CADEIA. O seu crescimento e desenvolvimento será uma escalada pelos estádios que acabou de negar, a SUA EVOLUÇÃO SERÁ A INVERSÃO DA QUEDA.

AS FORMAS DE ENCARAR A MORTE DO HOMEM MODERNO

O poder da racionalidade defendido e desenvolvido na época moderna (especialmente no Pós - Iluminismo) marcou muito a nossa mentalidade, valorizando, e por vezes só admitindo, aquilo que pode ser demonstrado experimentalmente. Este ponto de vista redutor, é em grande parte responsável pelo pessimismo perante a morte nos nossos dias.

Jean-Yves Leloup, no livro “A Arte de Morrer” refere as diferentes posturas do homem moderno perante a vida e a morte.

1º O HOMEM UNIDIMENSIONAL
– o homem não é mais que um corpo, uma matéria.
- o seu pensamento não passa de um produto mais ou menos feliz do seu cérebro, máquina complexa, mas dedutível aos elementos que a compõem.
- o homem é um composto que em breve será decomposto
- não existe alma
- não existe espírito
-a psique será uma ilusão compensadora perante a certeza da nossa mortalidade.
- a inteligência não é mais que o jogo incerto e aleatório das nossas sinapses.
A MORTE É CONSIDERADA UM ESCÂNDALO, É ABSURDA E INSENSATA. No nosso tempo levou a condutas em prol do suicídio assistido.

2º O HOMEM “BIDIMENSIONAL”
- é o corpo animado
- esta animação a que se chama - alma
- psique
- informação, é o que dá vida às nossas células e aos nossos átomos.
Se retirarmos a “animação” ou a “informação” não restará um corpo, mas um “cadáver”- um corpo inanimado
Há quem pondere que essa “informação” ou essa “alma” podem ter uma vida independente do corpo que elas animam.
Nesta visão a alma imortal é a parte nobre da pessoa; o corpo mortal é desprezado, visto como o túmulo da alma.

3º O HOMEM TRIDIMENSIONAL
O homem é composto de – alma
- corpo
- espírito
- o espírito essa “fina ponta da alma” essa capacidade silenciosa e contemplativa que é experimentada por um certo número de contemporâneos que praticam a meditação e que é familiar nas grandes tradições.
A tendência será a de privilegiar esta dimensão contemplativa do homem em detrimento da sua dimensão afectiva (psíquica) ou corporal (somática)
Tornar-se-á a experiência luminosa do espírito vazio de qualquer conceito e de qualquer representação pela divindade.
- mas o espelho que reflecte o sol não é o sol, de algum modo,
graças ao seu brilho, ele pode tornar-se igualmente fonte
derivada de luz
- o espírito no homem, é esse espaço, essa liberdade que acolhe a
luz do espírito.

4º O HOMEM QUATERNAL
Não só se aceitam os elementos das antropologias acima referidas como se liga os três elementos – corpo
- alma
- espírito
Trata-se do “pneuma” do “sopro” que habita, inspira, ilumina o composto humano.
Nesta perspectiva torna-se “espiritual” (ou “pneumático”, como dizia S. Paulo), não é negar o corpo é dar-lhe acesso à transparência e à transfiguração.
Esta visão respeita o homem na sua inteireza, corpo, alma, espírito.
Respeita-o no seu “mistério” na presença do “sopro silencioso” que confere ao homem a sua coerência.
  (... continua) 
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