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Poesias

de Antero de Quental

em 16 Nov 2006

  (...anterior) Lagoa das Sete Cidades

Não é no vasto Mundo – por imenso
Que ele pareça à nossa mocidade –
Que a alma sacia o seu desejo intenso.

Na esfera do Invisível, do Intangível,
Sobre desertos, vácuo, soledade,
Voa e paira a Espírito impassível! 1

MORS-AMOR

Esse negro corcel, cujas passadas
Escuto em sonhos, quando a sombra desce,
E, passando a galope me aparece
Da noite nas fantásticas estradas.

Donde vem ele? Que regiões sagradas
E terríveis cruzou, que assim parece
Tenebroso e sublime e lhe estremece
Não sei que horror nas crinas agitadas?

Um cavaleiro de expressão potente,
Formidável, mas plácido, no porte,
Vestido de armadura refulgente,

Cavalga a fera estranha, sem temor. –
E o corcel negro diz: eu sou a Morte!
Responde o cavaleiro: eu sou o Amor!

NIRVANA

Para além do Universo luminoso,
Cheio de formas, de rumor, de lida,
De forças, de desejos e de vida,
Abre-se como um vácuo tenebroso.

A onda desse mar tumultuoso
Vem ali expirar, esmaecida …
Numa imobilidade indefinida
Termina ali o ser, inerte, ocioso …

E quando o pensamento, assim absorto,
Emerge a custo desse mundo morto
E torna a olhar as coisas naturais,

À bela luz da vida, ampla, infinita,
Só vê com tédio, em tudo quanto fita,
A ilusão e o vazio universais.

Obras Completas de Antero de Quental (§)
Ver, Biografia de Antero de Quental na Área Religião e Filosofia.
   
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