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Mosteiro Budista
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Viagem ao Tibete

de Maria

em 19 Mai 2019

  (...anterior) Templo em Katmandu Por exemplo, fomos convidados para assistir noutro local a uma ordenação de monges, mas nenhuma monja será levada para assistir. Vestem de cor de rosa. Levantam-se às cinco da manhã, mas não meditam, (os monges também não meditam de manhã). Elas faziam muito barulho a arrumarem os quartos, falam muito alto, coisa a que não estava habituada, sobretudo lembrando-me do silencioso Mosteiro de Amarāvati, em Inglaterra”.

11-7-89
Partida para Pokhāra.
“Resolvemos deixar a cidade rumo às montanhas e a um lago. A espera da camioneta é feita na rua, na qual se encontram jovens dormindo no chão. Tanta miséria no Nepal impressiona-me. Tomei o pequeno - almoço numa tasca imunda onde nunca pensaria entrar alguma vez na vida.
A vida no Oriente começa muito cedo. Às seis da manhã já está muita gente na rua. Este povo é interessante pois há muita mistura de povos. Das mulheres, umas vestem à indiana, outras à nepalesa e há ainda as tibetanas. A mulher sabe conservar a tradição do seu traje. Vêem-se lindos sarís mesmo que seja em sítios de grande pobreza. Aqui no Nepal as mulheres não se cuidam tanto como na Índia, embora pintem muito os olhos, mas penso que é mais por motivo religioso. É um facto curioso ver, principalmente nos templos, as crianças desde tenra idade com os olhos pintados. Há com certeza um significado espiritual, ou religioso, do qual não tenho conhecimento. Fomos ver um templo onde há uma deusa virgem, personificada por uma criança que aparenta uns dez anos de idade e que durante um ano vive nesse templo. Para a vermos, damos algum dinheiro e a virgem, Kumarī, assoma à janela. Era uma jovem bonita e, naturalmente, muito pintada; um símbolo religioso vivo...
Há uma festa anual na qual se realiza um cortejo onde a Kumarī se passeia transportada numa espécie de coche ou andor, abençoando a população. Assisti curiosamente a essa procissão e tive a oportunidade de ver não só Katmandu em festa, como apreciar a dedicação deste povo à vida religiosa, patente em inúmeras outras festividades, ainda muito concorridas.
Porém, nos templos, por vezes, vivem as pessoas conjuntamente com os animais domésticos, o que os torna um pouco desagradáveis devido aos cheiros e à sujidade”.
17h.
“A viagem foi um pouco maçadora porque a estrada é quase um caminho de cabras esburacado. A paisagem verdejante e as quedas de água diminuíram os incómodos provocados pelos solavancos de uma camioneta pouco confortável e apinhada.
Estamos agora num Mosteiro Budista Theravada, em Pokhāra. Não fomos recebidos com cordialidade e foi preciso insistirmos para ficarmos ao menos uma noite. O local é belo e a vibração é das melhores que tenho sentido aqui no Oriente. Tem jardim com rosas e o quarto que nos foi dado, à parte as formigas gigantes, que mordem muito, é limpo. Em frente ficam montanhas e mais detrás estão os Himālayas (§), segundo dizem, visíveis às cinco da manhã. O Templo é limpo e sente-se bem - estar. O quarto que nos destinaram é pegado ao Templo e a uma sala onde se fazem curas espirituais, não pelos monges, mas por leigos”.

12-7-89
“Ao princípio da noite de ontem pensava que iria passar uma noite sem dormir, pois o quarto estava infestado de formigas, mas dormi toda a noite e senti muita serenidade e paz no coração. Apesar da chuva o primeiro sono foi profundo e parece-me ter ido muito longe. As formigas com a luz apagada não nos tocavam. O local é de facto muito espiritual e tenho pena de sair daqui. É difícil encontrar um sítio que reúna as condições de bem - estar físicas e espirituais.
Agora às sete da manhã, as curas já começaram, e aflui continuamente gente. O que vejo fazerem é porem as mãos na cabeça das pessoas e ficarem em silêncio...
Ao princípio da noite começou a chover e nunca na minha vida vi tanta chuva durante tantas horas. É a época da monção e a chuva continua ainda de manhã.
O facto de estarmos num sítio onde ninguém fala inglês propicia maior interiorização e o que tem acontecido connosco nos últimos dias é de facto estarmos mais recolhidos com nós próprios.
  (... continua) 
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