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Frei Luís de Granada

de Pedro Teixeira da Mota

em 28 Dez 2006

  (...anterior) E em 1556 em Lisboa no seu livro Guia dos Pecadores lá vinha um sermão de D. Constantino, sem indicação da autoria…

12 - Já na edição plantiniana do 3º e último tomo das Concionum de Tempore, impressa em Antuérpia a poucos meses da morte de Frei Luís de Granada, só vem o poema de Erasmo, ainda sem seu nome. E anote-se que as ressonâncias da obra e ensinamentos de Erasmo em Frei Luís de Granada têm sido apontadas por Marcel Bataillon, Damaso Alonso, José V. de Pina Martins, Maria Idalina Resina Rodrigues e Cadafaz de Matos.

13 - Este passo presta-se a uma possível interpretação do filo-judaísmo de Frei Luís de Granada. Segundo investigações (Alvaro Huerga, na revista Hispania, IX, 1949. Fray Luis de Granada em Escalaceli. Nuevos datos para el conocimiento espiritual de su vida) parece mesmo que Frei Luís de Granada tinha ascendência de cristão-novo, o que o impossibilitara até de realizar a intenção de se tornar missionário. Nada então mais natural do que o seu amor pelos judeus enquanto potenciais conversos e que, por isso, tentasse estabelecer pontes para que eles saíssem do entendimento da letra do Antigo Testamento para a plenitude da Graça de Jesus Cristo e do Espírito Santo. Neste sentido corre o texto citado, pois sabemos como os judeus ainda hoje usam orações presas aos braços e as têm nos portais de suas casas.

14 - Nova interpretação simbólica do Antigo Testamento, a limpeza dos animais: os ruminantes são os meditantes; a pureza e da alma e não das cerimónias e preceitos exteriores. O que vai também num sentido erasmiano, e dos espirituais da época: passar do invólucro exterior para o significado espiritual.

15 – “Não pecam os homens tanto por falta de entendimento quanta de vontade; quero dizer, pecam tanto por ignorância do bem quanto pela desgana que tem dele”, o que nasce da corrupção e sendo o modo de a corrigir a devoção, que “é uma habilidade e dom celestial, que inclina a nossa vontade a querer com grande ânimo e desejo tudo aquilo que pertence ao serviço de Deus”, acrescentando ainda a seguir que ela “é um refresco do céu, e um sopro e alento do Espírito Santo, o qual rompe por todas estas dificuldades, sacode esse peso, cura este desgosto (desgana) da nossa vontade, e põe sabor no insípido, e assim nos faz prontos e ligeiros para todo o bem”. No caminho há pois que vencer o nosso apetite e os seus maus desejos, e eis uma das funções da purgação, mortificação ou controle dos sentidos (na parte ou estação ascética), para que a repetição diária de actos de devoção ou oração o inflame o afecto e permita as iluminações e, finalmente, na estação ou via unitiva a ligação com Deus, que é Amor sabedoria.

Livro comemorativo do 5º centenário do nascimento de Frei Luís de Granada.
extraído da “O Cabril do Granada”: Local de Mística e Poesia
Editado: Casa de Pedrógão Grande – Lisboa 2004
   


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