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Mosteiro Budista
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De Darjeelling ao Sikkim

de Maria

em 08 Fev 2007

  (...anterior) Mosteiro de Rumteck
Visita-se o Sikkim por várias possíveis razões, mas as principais serão conhecer os povos e as tradições da cultura himalaica, nomeadamente as suas festas, danças, costumes bem como a religiosidade budista, com os seus 67 mosteiros ou “gompas”, ver e escalar as montanhas fascinantes, e escapar do calor e das multidões das planícies asiáticas, refrescando-se nestas paisagens verdejantes, montanhosas e cheias de quedas de água, onde a fauna e a flora são também riquíssimas, destacando-se os rododendros, as orquídeas, as borboletas e os pássaros.
O hotel onde nos instalámos, o Hotel Tibete, conserva ainda certas tradições, tendo um porteiro ou guarda tibetano, já de certa idade mas entroncado, que calmamente vai remoendo durante todo o dia as suas orações desfeitas num belo rosário tibetano. É o famoso “Om Mani Padme Hum”, alusivo à jóia da compaixão que se encontra na flor de lótus da Alma e que é assim mantida a rodar, qualquer que seja a ocupação do devoto...

O Hotel Tibete tem ainda a particularidade de ser gerido por tibetanos, numa associação presidida pelo Dalai Lama (§), o chefe espiritual do Tibete, agora no exílio em Dharamsāla, no Noroeste da Índia e que aqui tem sempre o seu aposento reservado. No Sikkim o que encontrei de verdadeiramente fascinante foram as crianças, com as quais tive uma relação muito espiritual e afectiva, embora sentisse também grande simpatia com as mulheres, amáveis, de rostos vivos e alegres, vestidas de formas belas e coloridas, numa mistura de traje, ora tibetano adaptado aos costumes dos outros povos, ora sikkimense adaptado aos costumes tibetanos. Nota-se uma maior complementaridade entre estes dois povos que, com os nepaleses ou indianos. Poucas mulheres vestem à ocidental.

Num dos encontros com as crianças, descíamos uma rua em direcção a um colégio na hora da saída. Era uma avalanche de crianças em sentido contrário e algumas vinham acompanhadas pelas mães (§), já que as suas idades eram dos seis aos dez. Entusiasmada que eu ia pela felicidade sentida no meu interior por percorrer as ruas himalaicas cheias de gentes exóticas e rostos sorridentes amavelmente dirigidos aos ocidentais, não me apercebi de um grupo de crianças que à minha volta se juntou para cumprimentar e fazer perguntas. Só quando os meus passos foram interrompidos pelo grupo, é que compreendi como elas mereciam a minha atenção e dispus-me a responder-lhes sentindo que havia de parte a parte uma alegria enorme, sincera e espontânea pelo encontro. Quem me acompanhava disse: «as crianças ficaram como hipnotizadas!» E as trocas foram jubilosas, muito ricas internamente. Quem sabe o que elas também sentiram e levaram dentro delas...
Já noutra cidade, Pameyangtse, descia uma rua em que havia de um lado um morro onde se encontrava no alto uma criança que me chamou para me cumprimentar e fazer as perguntas sacramentais dos orientais curiosos sobre os ocidentais. Depois de satisfazer todas as perguntas da criança de olhos vivos e voz alegre, pergunta-me ela ainda, o que raramente fazem: «Como te chamas?» - «Maria». «Oh, beautiful name!» Se exercia alguma atracção nas crianças também elas me atraíram, não só pela beleza dos seus rostos luminosos e de olhos amendoados, mas também pela simpatia e espontaneidade com que se me dirigiam.
Uma nova raça a despontar? Novas culturas e quem sabe um dia, civilização? São crianças a serem educadas de modo muito especial, pois sob a mistura de culturas orientais, sábias e espirituais e certa cultura ocidental e científica, enriquecem! Hoje o inglês é a segunda língua oficial e permanece ainda na maior parte destes colégios a “farda” à inglesa.

Mas antes de chegar ao Sikkim tivera um sonho, avisando-me da atenção que deveria dar às crianças, que não foi compreendido na altura, pois só quando a realidade me foi apresentada é que realizei a mensagem do sonho: «Viajava de comboio pelo Tibete e as crianças de olhos rasgados eram a componente principal do sonho.
  (... continua) 
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