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O Tauísmo - 2ª Parte

de Lubélia Travassos

em 17 Mai 2007

  (...anterior) Termos esses que se aplicam a uma única e mesma realidade, à unidade cósmica. Compreender o Tau é, portanto, praticar a arte de pôr em comunicação ou em comunhão o homem, a natureza, o céu e a terra e as potências sobrenaturais desconhecidas.
Lao-Tzu atribuiu ao Tau uma importância não apenas psicológica, mas também cósmica. O Tau cria tudo o que é criado, mas como cria até mesmo o criativo nunca entra no mundo fenomenal.
Visto que o Princípio a que também se chama Tau está em tudo e em toda a parte, até nas coisas mais imperfeitas, não fará sentido tentarmos qualificar aquele Princípio ao transportarmo-nos em espírito para fora do Universo das dimensões e das localizações, para fora do mundo da actividade, para o reino da inacção, da indiferença, do repouso, do vago, da simplicidade, do lazer, da harmonia. Tau é o infinito indeterminado e não vale a pena querer situá-lo ou estudar os seus movimentos. Aquele Princípio, que fez com que os seres fossem seres, não está, ele próprio, sujeito às mesmas leis que os seres, assim como aquele princípio, que fez com que os seres fossem limitados, é ele mesmo ilimitado e infinito.
Para definir a sublimidade do Tau não há nada melhor e mais explícito do que o exemplo da poesia Tauista. Vejamos então alguns exemplos:

I «O Tau que pode ser pronunciado
Não é o Tau eterno.
O nome que pode ser proferido
Não é o nome eterno.
Ao Princípio do Céu e da Terra chamo “Não ser”.
À mãe (§) dos seres individuais chamo “Ser”.
Dirigir-me para o “Não ser” leva
À contemplação das limitações espaciais.
Pela origem, ambos são uma coisa só,
Diferindo apenas no nome.
Em sua Unidade, esse Um é mistério.
O mistério dos mistérios
É o portal por onde entram as maravilhas».

II «O Tau flúi sem cessar.
No entanto, na sua actuação, jamais transborda.
É um abismo; parece o ancestral de todas as coisas.
Abranda a sua dureza.
Desata os seus nós.
Modera o seu brilho.
Une-se com a sua poeira.
É profundo, mas como é real!
Não sei de quem possa ele ser filho.
Parece ser anterior a Deus».

III «O maior bem é como a água.
A virtude da água está em beneficiar todos os seres sem conflito.
Ela ocupa os lugares que o homem despreza.
Portanto, é quase como o Tau.
Para a moradia, o bem manifesta-se no lugar.
Para o pensamento, o bem manifesta-se na profundidade.
O bem da dádiva manifesta-se no amor.
O bem da palavra manifesta-se na verdade.
No governo, o bem manifesta-se na ordem.
No trabalho, o bem manifesta-se na competência.
No movimento, o bem manifesta-se na oportunidade de acção.
Quem não se destacar
Ficará, por isso, livre de críticas».

IV «As cinco cores cegam os olhos do homem.
Os cinco sons ensurdecem os ouvidos do homem.
Os cinco sabores estragam o paladar do homem.
Correr e caçar alienam o coração do homem.
Bens raros trazem confusão à vida do homem.
Por isso, o Sábio trabalha para atender às necessidades do
corpo e não às da visão.
Ele adopta uma coisa e rejeita a outra».

V «Quando se perde o grande Tau,
Aparecem a moralidade e o dever.
Quando a inteligência e o saber prosperam,
Aparecem as grandes mentiras.
Quando os parentes próximos discordam,
Aparecem o dever filial e o amor.
Quando os Estados estão em desordem,
Aparecem os funcionários leais».

VI «O conteúdo da grande Vida
Provém completamente do Tau.
O Tau gera todas as coisas,
De modo tão caótico, tão obscuro.
Caóticas e obscuras são as suas imagens.
Obscura e caoticamente nele estão as coisas.
Tenebrosa, insondável, nele está a semente.
Essa semente é totalmente verdadeira.
Nela existe autenticidade.
Desde a Antiguidade até hoje
Não se pode prescindir de nomes
Para se considerar todas as coisas.
De onde conheço a natureza de todas as coisas?
Exactamente a partir da semente».

VII «Quem conhece os outros é inteligente.
Quem conhece a si mesmo é sábio.
Quem vence os outros é forte.
Quem vence a si mesmo é poderoso.
Quem se faz valer tem força de vontade.
Quem é auto-suficiente é rico.
Quem não perde o seu lugar é estável.
  (... continua) 
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