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O Tauísmo - 2ª Parte
de Lubélia Travassos
em 17 Mai 2007
(...anterior)
Quem mesmo na morte não perece, esse vive».
VIII «O grande Tau é omnipresente:
Pode estar à direita e à esquerda.
Todas as coisas lhe devem a existência,
E ele não se recusa a elas.
Realizada a obra,
Ele não a chama de sua propriedade.
Ele veste e alimenta todas as coisas
E não pretende ser o senhor delas.
Por estar continuamente sem desejos,
Podem chamá-lo pequeno.
Como todas as coisas dependem dele,
Sem conhecê-lo como seu soberano,
Podem chamá-lo grande.
Assim também, tal como o Sábio:
Nunca se engrandece;
Por isso realiza a sua Grande Obra».
IX «O Tau é um eterno não fazer,
E mesmo assim nada fica sem ser feito.
Se os príncipes e os reis souberem como preservá-lo,
Todas as coisas far-se-ão por si mesmas.
Se elas se fizerem, por si mesmas, provocando a cobiça,
Eu as desterro pela simplicidade, que não tem nome.
A simplicidade, que não tem nome, gera a ausência de desejos.
A ausência de desejos cria a serenidade
E o mundo se endireita, por si mesmo».
Eis como através de alguns dos seus poemas, Lao-Tzu exprime as profundezas do Tau no livro “Tao-Te-King”.
Deste modo, pudemos acompanhar o desenvolvimento do Tauísmo, que sob a influência do Budismo e na luta que travou contra a invasão deste, conseguiu evoluir para uma forma diversa do seu contexto original. Todavia, a apresentação dessas mudanças já não corresponde à visão geral do Tauísmo ligado a Lao-Tzu, mas sim à história geral das religiões da China.
BIBLIOGRAFIA
The Secret Doctrine, de Helena Petrovna Blavatsy
Tao-Te King, de Lao-Tzu
Tao - The Watercourse Way, por Alan Watts
Le Taoisme, por Anton Kielce
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