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Mosteiro Budista
pág. 2 de 36
As Quatro Nobres Verdades

de Ajahn Sumedho

em 26 Jun 2008

  (...anterior) Porém, precisamente porque existe o não nascido, o não formado, o não criado e o não originado, a emancipação do nascido, formado, criado e originado é realizada».
Sutta Pitaka, Nibbāna Sutta, Ud VIII.3

Luang Por Sumedho oferece-nos a seguinte reflexão sobre esta profunda declaração: «Podemos ver que não somos vítimas prisioneiras da condição do nascimento, sem qualquer esperança de escaparmos ao sofrimento da mudança, dos nossos hábitos e desejos. Existe, assim, uma saída: realizar a existência do não nascido, não formado, não criado, não originado. Reconhecer, isso é sati sampajaññā, sati paññā ou plena atenção. É perceber a diferença entre estar, e não estar apegado à forma, ao que é criado. Nibbāna é a realidade do não-apego aos fenómenos condicionantes; não se trata de destruir o samsāra, de aniquilar todos as condições por estas serem tão limitadoras e só conduzirem ao sofrimento, mas sim reconhecer e discernir essa realidade».
Concluindo, estas Quatro Nobres Verdades são como que um exercício de discernimento; ajudam a não se ter posições rígidas a favor ou contra o que quer que seja, mas sim a reconhecer o Não Nascido e Não Criado como verdadeiro, e não como uma fantasia ou um ideal. Desta forma, esta realidade é reconhecida e cultivada na nossa vida quotidiana.

Caro leitor, o desejo é que, ao explorar as seguintes páginas, os corações de todos aqueles que tiveram a oportunidade de encontrar a sabedoria dos ensinamentos aqui contidos, se sintam impulsionados a despertar, e rapidamente realizem o fim de todo o sofrimento.

Kāñcano Bhikkhu
Mosteiro Amarāvatī
Outubro 2007

Introdução

«A razão porque, quer Eu, quer vocês, viajámos e deambulámos durante muito tempo neste longo ciclo, deve-se a não termos descoberto nem penetrado quatro verdades. Quais são?
São: A Nobre Verdade do Sofrimento, A Nobre Verdade da Origem do Sofrimento, A Nobre Verdade do Cessar do Sofrimento e A Nobre Verdade do Caminho que conduz à Cessação do Sofrimento».

Dīgha Nikāya, Sutta 16

O Dhammacakkappavattāna Sutta, o ensinamento do Buddha (§) acerca das Quatro Nobre Verdades, tem sido a principal referência que tenho usado na minha prática ao longo dos anos. É o ensinamento que usávamos no nosso mosteiro na Tailândia. A escola Budista Theravada, considera este sutta como a quinta-essência dos ensinamentos do Buddha. Este sutta contém tudo o que é necessário para compreender o Dhamma e para alcançar a iluminação.
Apesar de o Dhammacakkappavattāna Sutta ser considerado como o primeiro sermão dado pelo Buddha após a sua iluminação, por vezes gosto de pensar que ele deu o seu primeiro sermão quando encontrou aquele asceta a caminho de Varanāsi. Depois da sua iluminação em Boddh Gāyā, o Buddha pensou: «Trata-se de um ensinamento tão subtil. Não conseguirei de modo algum expressar por palavras aquilo que descobri e por isso não o ensinarei. Permanecerei sentado debaixo da árvore Bodhi para o resto da minha vida».
Para mim esta é uma ideia bastante tentadora, desaparecer simplesmente e viver sozinho e não ter de lidar com os problemas da sociedade. No entanto, enquanto o Buddha pensava, Brahma Sahampati (a divindade criadora no Hinduísmo) apareceu e convenceu o Buddha de que ele deveria partir e ensinar. Brahma Sahampati disse-lhe que existiam seres que iriam compreender, seres que só tinham um pouco de poeira nos olhos. Assim o ensinamento do Buddha foi dirigido àqueles com um pouco de poeira nos olhos – Tenho a certeza de que ele não pensou que o ensinamento se tornaria num movimento tão popular.
Depois da visita de Brahma Sahampati, o Buddha segue o seu caminho de Boddh Gāyā para Varanāsi, quando encontra um asceta que fica impressionado com a sua aparência tão radiante. O asceta pergunta-lhe «O que é que tu descobriste?
  (... continua) 


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