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Portugal – Que missão!

de Eurico Ribeiro

em 13 Abr 2009

  (...anterior) Somos um povo que substituiu o conflito pela negociação e pelas relações humanas à escala mundial, algo que ainda longe dos ideais de uma verdadeira fraternidade entre os povos se aproxima como nenhum outro destes princípios.

Plano estratégico a desenvolver
Contudo penso mais uma vez que a real defesa da nossa identidade, terá que passar, nesta conjuntura em que se perfila uma amálgama de povos miscigenados, pelo pragmatismo, seguindo o caminho possível, que é para mim se torna o de sobrevivência à travessia do deserto dos valores espirituais.
Antes de mais importa reflectir um pouco sobre as mudanças sociais do final do séc. XIX início do séc. XX. Vejo na analogia da evolução que levou à imaterialidade das empresas, antigas entidades com personalidade familiar individual muito sólida, como já referi atrás, uma transição equivalente operada na sociedade Portuguesa de então. Mais, a transformação social que derrubou a monarquia – a família dona da nação, e a substituiu pela república é muito semelhante às transformações que dentro das organizações empresariais, substituíram as administrações familiares – o patrão, pelas administrações representativas da vontade dos accionistas. As nações como organizações sociais, e em especial a Portuguesa eram fortemente governadas pelo paradigma familiar tradicional. Esta era o núcleo mais importante de organização, independentemente do grau de complexidade, fosse ele apenas uma família, uma empresa, uma localidade, região, nação e mais importante ainda de uma nação global – compreende-se que a nossa estrutura cultural organizativa estava em dissonância com as vontades da nova ordem mundial!
Nos finais do séc. XIX começou-se a desenhar a mudança de paradigma que iria alterar por completo todo este núcleo organizativo, passando o poder a estar disseminado (aparentemente em potência) por todos os indivíduos sem desigualdade de privilégios, ao contrário do que o sistema das classes sociais tinha definido até aqui. Era o início do primado do indivíduo, levando à emancipação de uma nova classe alicerçada na alta finança. Não fosse a eterna capacidade de alguns se diferenciarem dos demais, agora pela capacidade de conquista financeira, acumulando riqueza e poder, desarticulados dos valores morais e éticos ancestrais na nobreza europeia, não teríamos qualquer diferença entre os regimes de cariz capitalista e marxista onde a acumulação de riqueza neste último, não poderia acontecer por doutrina (a não ser à classe dirigente, a verdadeira gestora dos bens do povo). Estavam estabelecidos os novos planos para a nova ordem mundial e é nesta conjuntura, contendo as duas ideologias em cada um dos pratos da mesma balança social socialista que se dá a passagem do século XIX para o XX, sistematizando-se ao longo deste até ao séc. XXI e na qual Portugal terá que encontrar a melhor estratégia, junto dos seus pares da Lusofonia, para retomar a sua missão, caso contrário a sua sobrevivência estará comprometida a médio prazo.
Porém, a sua missão actual, está longe de ser a do líder do espaço da Lusofonia, porque nela não poderá ser mais o motor que foi, mas sim o gerador da mística e da sabedoria histórica do sentido de missão que a sua vetusta idade lhe permite! Se reflectirmos um pouco, verificamos que já não somos pátria mas mátria, pois de nação activa com projecto autónomo passámos a nação passiva, na estrita obediência de missões estrangeiras! Veja-se que desde a restauração de 1640 por D. João IV, passámos a ter como padroeiro visível não o S. Miguel Arcanjo que foi instituído pelo fundador D. Afonso Henriques (§), mas a Virgem Santa Maria, coroada pelo rei restaurador! No Mosteiro dos Jerónimos no célebre pórtico Sul, o personagem que se encontra em cima do pilar a meio da porta dupla (Infante D. Henrique?...), tem a espada a apontar para baixo, em sinal de desarme ou rendição. Se olharmos bem, verifica-se que inicialmente ela apontava para cima em sinal de guarda e de acção… O Escudo acima da entrada norte da Igreja do Mosteiro dos Jerónimos, encontra-se partido a meio.
  (... continua) 


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