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Portugal – Que missão!

de Eurico Ribeiro

em 13 Abr 2009

  (...anterior) Diz-se que ele partiu no exacto momento em que Alcácer Quibir tombava D. Sebastião… por outro lado o partir de um escudo ou da lâmina da espada – peça militar defensiva, com carácter não só de protecção física como mágica (dado que possuía símbolos pessoais ou nacionais) – simbolizava tal como a queda por terra da bandeira nacional, a derrota e a submissão.
Com estes passos simbólicos se dá conta da orfandade paterna e do condicionamento do nosso povo, que ainda sofre com o seu estado de menoridade, tal como a viúva e os seus filhos sofrem, quando perdem o chefe da casa e o seu ganha-pão! Com a mudança deste paradigma, se verifica a morte do Mestre Cistercense da Ordem do Templo, de Cristo e de Avis: perdemos o Pai pátrio, o Guia e o Líder da missão que por isso fica interrompida! Ou terá sido sublimada…
Voltando ao plano estratégico a desenvolver, no que diz respeito à imagem e aos valores culturais que lhe estão associados, Portugal terá que se adaptar, defendendo-se nesta travessia do deserto dos valores espirituais. Esta será a primeira fase, que pode durar ainda algum tempo, antes de poder retomar junto do seu património luso mundial, da missão interrompida. O retomar dessa missão será oferecido à Lusofonia se esta com Portugal cumprir os desígnios que Vieira tão bem aponta e o seu reinício será seguido de uma forte necessidade mundial... a queda esperada do sistema capitalista vigente após a queda do socialismo e do modo de ser e de estar estimulado por ambos.
A estratégia a desenvolver aqui, terá que cobrir os dois planos da consciência, refiro-me como já disse ao “plano do Sagrado” que importa restaurar. Este influencia decisivamente o plano concreto e tangível do dia-a-dia. Um tem reflexo no outro, já que o plano do sagrado induz motivações e projecta ideias muito profundas que se concretizam no plano visível material. Em jeito de analogia, pode-se intuir que no plano da consciência, o Sagrado comporta-se como que um sol interior, onde um pensamento é como que um objecto, uma identidade no plano material e “um estado de alma” é como que um local, um sítio, uma paisagem no plano material.
Tendo em conta estas considerações, e o que já foi referido atrás, penso que a solução no primeiro plano passa pelo retorno da sociedade ao nível do Sagrado, através das motivações individuais e interiores de cada um, mas consubstanciadas nas tradições das festas populares que deverão ser restauradas em cada região do nosso país.
Importa dar uma pequena explicação histórica sobre a organização ritual e hierarquizada das ordens que construíram o nosso país e o converteram num projecto plataforma para o mundo através dos Descobrimentos. Assim e tal como no tempo da fundação de Portugal, se pode tirar a ilação de que existiriam pelo menos três tipos de ordens organizacionais e hierarquizadas na condução dos destinos da nação, esse mesmo modelo poderia ser restaurado da base. Os Templários, (§) a Ordem de Cristo e a Ordem de Avis, para referir as mais importantes porque geraram dinastias, eram por assim dizer organizações intermédias ou executivas, situadas entre a Ordem Interna (desconhecida) que estabelecia a estratégia e a mais externa, que me permitam que considere, à falta de melhor designação, por "ordem nacional", que incluía todo o povo como uma egrégora unido por uma missão: quanto mais não fosse a união contra o poder de Castela... Esta ordem externa tinha para além de uma multiplicidade de tradições mais ou menos ritualizadas ou cerimoniais, uma tradição que foi estabelecida, provavelmente pelas hierarquias superiores e que foi chancelada mais tarde pelo Rei D. Dinis. Este rito externo ou tradição popular, construído sobre um cerimonial catártico era baseado numa história evocativa de valores e de princípios filosóficos.
  (... continua) 


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