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Portugal – Que missão!

de Eurico Ribeiro

em 13 Abr 2009

  (...anterior) A primeira causa foi atribuírem a liberdade do cativeiro a Moisés; (…) A segunda, e ainda mais ignorante (sobre ímpia e blasfema), foi atribuírem a mesma liberdade ao ídolo que de seu ouro tinham fundido no deserto. (…) Basta, povo descortês, ingrato e blasfemo! Que Moisés e o vosso ídolo foram os que vos livraram do cativeiro do Egipto (§)?! (…)
Mas antes que passemos às outras utilidades, que ficarão para os capítulos seguintes, justo será que fechemos este com a terceira causa do castigo que ponderávamos, a qual refere o Texto Sagrado no cap. XIV dos Números, e pode ser de grande exemplo para outra casta de gente, que são os que a Escritura chama filhos da desconfiança.”
Padre António Vieira em História do Futuro, Cap. II vol. I

Segundo o P. António Vieira existem três aspectos que podem impedir que a profecia se cumpra: a destruição da concepção do Princípio Divino que é o desrespeito às Leis Naturais, a anulação do ideal da aristocracia natural transferindo-a a ídolos com pés de barro e a perda de fé do indivíduo em sim mesmo.
No primeiro pode haver o risco das novas gerações perderem a noção da dependência das Leis Naturais (Lex Natura), pela ignorância ou pela arrogância. O falso conhecimento pode levar ao caminho divergente da verdadeira Luz com adoração iconoclasta a falsos profetas e deuses menores da ciência, da política, da finança e dos “media”.
Na segunda, a criação e adoração de "bezerros de ouro": os bens materiais que conduzem ao hedonismo numa sociedade virada somente ao prazer e à futilidade. A procura do ter, mais e melhor do que o outro, a ostentação de sinais externos de riqueza, o sentimento de que a sociedade do Homem tem ferramentas prontas a resolver todos os problemas e o autismo com que os privilegiados encaram a sua vida e viram a cara à miséria dos excluídos, sem direitos aos frutos da prosperidade.
Na terceira, o eterno recalcamento depressivo a que o português é sujeito desde a infância, levando-o ao complexo de inferioridade pelo nascimento, a desacreditar em si próprio, a pensar que é menos capaz que todos os outros, que é atrasado e que nunca chegará à linha dos povos da frente. O sentimento desde o berço de que nasceu num país pobre e pequeno, e que é filho de um povo atrasado e medíocre. Bombardeado pelos “media”, passando pelo estabelecimento de ensino, à empresa onde trabalha e às conversas de circunstancia, não lhe é permitido que o seu espírito germine e que erga a cabeça. Para isso tem que imigrar, para viver o seu ostracismo num sítio onde não seja identificado e anatematizado por ser tão só Português!
Para que Portugal dos portugueses possa liderar, por direito próprio, num futuro próximo, o avanço da Humanidade como o fez desde o século XII ao XVI, terá que saber transmutar os agentes internos que se mantêm presos a ideologias e interesses que o aprisionam nestes três aspectos.
No primeiro, penso que terá que se mudar o paradigma, criando em todo o português um ideal superior, uma mística, uma missão, um Leitmotiv, uma paideia segundo Camões, Padre António Vieira, Fernando Pessoa (§), Agostinho da Silva, António Quadros (§) bem como muitos outros! Terão que se seguir estratégias que levem a sociedade a partir dos seus elementos a uma conduta de vida que obedeça às Leis Naturais ou Divinas. Sobre as Leis Naturais ou Divinas repousa o conceito do Sagrado, de algo superior inatingível, utópico mas que serve de farol ao Homem e que lhe permite crescer e transcender as suas limitações. A obediência às Leis Naturais exige que se restaure o Sagrado em cada um de nós, projectado na sociedade esse ideal superior. Este conceito de Sagrado não tem que vestir necessariamente nenhum dogma ou seguir nenhuma igreja particular, digo e repito necessariamente, porque sendo um assunto do foro individual e íntimo de cada um, ele deverá ser vivido segundo a liberdade e a consciência de cada um.
  (... continua) 


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