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A Missão de Jesus

de Maria

em 09 Abr 2009

  (...anterior)
Depois de Pilatos lavar as mãos em presença da multidão, dizendo: «Estou inocente do sangue deste justo: isso é convosco», todo o povo respondeu: «Que o Seu sangue caia sobre nós e sobre os nossos filhos!», Evang. S. Mateus.
Se por um lado o Cristianismo arranjou um bode expiatório, a traição de Judas, para justificar a morte de Cristo e, mais concretamente, morrer na cruz (§) como qualquer malfeitor, por outro foi devido à sua morte e Ressurreição que existe o Cristianismo.
Assim a Religião Cristã baseia-se em certas contradições, opostas ao ensinamento do próprio Cristo que se guiava pela verdade e rectidão e, embora se tenha deixado levar para a morte perante a qual não encontrou alternativa, era inocente. Tinha, porém, um dilema, que consistia entre cumprir a vontade de Deus assumindo-se como Messias e Rei e, naturalmente, desencadear uma revolta, ou então, rejeitar essa decisão que todos esperavam de salvar a Palestina dos Romanos.
É difícil construir a História milénios depois, tanto mais que os homens narram os acontecimentos conforme lhes convém, tendendo à deturpação dos factos, porque muitas vezes não compreendem as razões desses acontecimentos, que pela força das circunstâncias, são precipitadas por acções e emoções incontroláveis. Que o Cristianismo, como religião, serviu para um grande impulso evolutivo da humanidade não temos dúvida e, talvez fosse esta a forma mais condizente com a mentalidade da época, mesmo através de interpretações materializadoras como por exemplo, sobre a Ressurreição.
Nenhum outro homem na História esteve tão unido e identificado com Deus como Jesus e, por isso, não seria necessário morrer pregado na cruz e desprezado pelos homens para se imortalizar, pois bastava a sua personalidade e os seus belos e profundos ensinamentos. Temos o exemplo do Buddha (§), sobre o qual se instituiu uma religião baseada na sua extraordinária sabedoria, e pela qual se guiam milhões de seres no Oriente e, hoje, também no Ocidente. O Buddha apelou à compreensão do sofrimento para que os homens dele se libertassem, e vivessem em harmonia pela paz interior. Cristo ensinou que os homens se aperfeiçoassem e obtivessem a felicidade através da comunhão com Deus e, apelava também, à vida em rectidão para se viver em paz. Mas o Cristianismo, já como religião e devido à morte brutal do Cristo, viu e propagou o sofrimento como meio de progresso espiritual. Ora isto foi apregoado pelos Cristãos, e não pelo Cristo.
Penso contudo, que estes dois seres, em suas personalidades pouco têm em comum, pois se os seus ensinamentos não diferem muito, já as suas vidas e suas missões são completamente diferentes. Talvez porque o Cristo morreu cedo, não teve tempo de cimentar a sua obra e, portanto, não podemos conhecer melhor a sua personalidade e os verdadeiros desígnios que o trouxeram à Terra. Tudo são deduções, pois Jesus não falou directamente nos seus objectivos e, embora tenha actuado com autoridade espiritual, não teve tempo de cumprir a sua missão no mundo físico, nem o mais importante: mostrar o amadurecimento da sua natureza. Buddha, por exemplo, teve uma vida física, mental e espiritual de acordo com o ambiente onde nasceu e, por ter vivido longamente na Índia, pôde sistematizar uma filosofia ou religião que conduziu, naturalmente, muitos dos seus semelhantes, que viviam no mesmo sistema social, cultural e espiritual. Como Jesus era Judeu e seu estado anímico mental e espiritual era afim com a estrutura judaica, encontrou-se no meio de um povo que sofria o peso do pecado, convencido de que se havia desviado da vontade divina por não cumprir a Lei. E, por isso, tinha sofrido a deportação e a destruição dos reinos, o de Israel e de Judá, depois de se ter constituído como uma nação santa e poderosa. Os Judeus tornaram-se rígidos e profundamente pessimistas quanto ao presente e, estavam dependentes da esperança no futuro de uma intervenção divina, que pusesse fim ao sofrimento de viverem subjugados por outros povos.
  (... continua) 
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