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Os Princípios do Vedanta (Vedānta)

de Swāmi Yuktatmānanda

em 12 Out 2009

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O Swāmi Vivekānanda (§) diria que precisamos de nos lembrar que somos o Eu, que somos o Ātman, enquanto vamos realizando as nossas actividades. É uma grande ajuda. Assim, de acordo com a Vedānta, vamos continuando a recolher experiências e impressões até realizarmos a unicidade com a nossa natureza divina. A nossa caminhada contínua para lá da morte do nosso corpo físico. Criamos novo karma. Ganhamos novas experiências. Crescemos em discriminação. Crescemos em sabedoria. Tentamos disciplinar os pensamentos e as acções. Tentamos ser mais morais, tentamos avançar na direcção da Divindade. Este é um grande ensinamento da Upaniṣada. Não precisamos de procurar Deus algures para lá das nuvens. Deus está nos nossos corações. E Sri Ramakrishna garante-nos que Deus ouve as nossas orações mais autênticas. O Conhecimento Infinito que vemos erroneamente no exterior existe precisamente dentro de nós, no nosso coração, e não precisamos de qualquer mediador ou padre para actuar entre Deus e nós, tal como a “Tia Lua”` é tia de todos nós.

Este é o ensinamento especial de Sri Ramakrishna. Falem com Deus, rezem a Deus vindo do vosso coração. Sri Krishna também afirma na Gītā, “Īśvara sarva bhutānām hriddeshe arjuna tishthat”, “Ó Arjuna, Deus habita nos corações de todos os seres”. Esse deverá ser o nosso objectivo. Rezar a Deus, pensar em Deus e quando tal acontece nas nossas vidas, começa a verdadeira religião.
Temos estado a tratar do Deus Pessoal, ou Brahman condicionado. O Vedānta tem um nome técnico para tal – Īśvara. Īśvara significa Deus Pessoal. Brahman associado com o Seu poder chamado māyā é Īśvara e Ātman (a mesma Realidade que Brahman) por detrás desta moldura humana associada a māyā é jīva, onde existimos presentemente. Por consequência, somos divindades condicionadas por māyā. Māyā pode ser traduzido por ignorância, o que distingue Īśvara de jīvas. Trata-se de um ponto importante a fixar. Īśvara, ou Deus Pessoal, tem māyā sob o Seu controlo. Um avatāra como Sri Ramakrishna tem māyā sob o seu controlo, enquanto os jīvas estão sob o controlo de māyā. Há um exemplo muito bonito que ilustra este ponto. Uma criança, passeando na rua com a mãe (§) vê alguém escoltado pela polícia. E pergunta à mãe: «Quem é o homem, mãe?» Ela responde: «Um ladrão a ser escoltado por polícias». A criança compreende. Mas passados alguns dias saindo com a mãe, vê de novo alguém escoltado por polícias. A criança pergunta à mãe: «Mãe, aquele é um ladrão?» A mãe manda calar o filho e sussurra-lhe ao ouvido: «Não sejas tonto, não é um ladrão. É o Governador do Estado. É por isso que vai escoltado pela polícia.» Assim, no primeiro caso o ladrão estava sob o controlo da polícia, enquanto no segundo caso, eram os polícias que estavam sujeitos ao serviço do Governador. Esta é precisamente a diferença entre jīva e Īśvara. Jīva está subordinado ao poder de māyā. Somos arremessados pelos nossos samskāras (tendências inerentes), pela nossa ignorância. Mas um avatāra como Sri Ramakrishna está sempre consciente da sua verdadeira natureza. Tais incarnações assumem um corpo humano por infinita compaixão pelo sofrimento da humanidade. Avatāra é aquele que desce da suprema Consciência ao plano relativo da consciência corporizada. Efectivamente Deus torna-se homem para que o homem aprenda a ser Deus. Para que se torne um com Deus.

Em segundo lugar, Īśvara é responsável pela criação, manutenção e dissolução do universo, enquanto jīva é apanhado nas malhas de māyā.
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