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Os Princípios do Vedanta (Vedānta)

de Swāmi Yuktatmānanda

em 12 Out 2009

  (...anterior) Jīva esquece a sua verdadeira natureza e sofre prazeres e dores neste mundo.
A terceira diferença entre Īśvara e Jīva persiste enquanto a última for identificada com o corpo e a mente. Quando nome e forma, ou corpo e mente cessarem de ter significado para nós, tornamo-nos um com a Divindade ou Īśvara. Existe um conhecido exemplo de um elefante de barro e um rato de barro. Do ponto de vista do nome e da forma, um elefante de barro e um rato de barro são completamente diferentes. Mas do ponto de vista do barro, eles são o mesmo. Porém, Sri Ramakrishna diria que seria desastroso para as pessoas que estão ligadas ao corpo e à mente dizerem “Aham brahmāsmi”, (Eu sou Brahman. Existiam uns personagens em Dakshineshwar que se auto intitulavam Vedantinos, mas a quem faltava força e integridade de carácter. Um dia Sri Ramakrishna apontou este defeito no carácter de uma pessoa que costumava mentir, exibindo, contudo, o seu conhecimento não assimilado do Vedānta. De acordo com o Vedānta, tudo no passado, presente e futuro é irreal. Tudo no estado acordado, a sonhar e a dormir é irreal. Referindo-se a essa afirmação, o chamado pseudo-Vedantino tentou defender a sua aberração dizendo: «Como pode atribuir realidade à minha falsidade, quando tudo é irreal?» Ouvindo esta esfarrapada desculpa, Sri Ramakrishna disse: «Eu cuspo no teu Vedānta!» Por consequência, enquanto persistir o apego ao corpo e à mente, a devoção ao Deus Pessoal é lógica. Tal ajudar-nos-á a crescer em devoção e manifesta a nossa natureza divina progressivamente. O que nos leva ao terceiro princípio, que é a unicidade da existência.

Unicidade da existência.
De acordo com a Vedānta, o que quer que exista é uno. Não postula duas realidades – uma Brahman outra māyā, ou Deus e Diabo. Não. Só existe uma. O que existe é Um (a Unidade), chamado Espírito ou matéria. Swāmi Vivekānanda (§) diria: «Sente-se com os olhos fechados e pense por uns momentos que é o Espírito. Quando estiver a pensar que é o Espírito, acha que pode pensar que é ao mesmo tempo o corpo? Não. Quando pensa que é o corpo, não consegue pensar-se como o Espírito. Por isso, o que existe é a Unidade.» Apresenta-se-nos como o mundo. Brahman apresenta-se-nos como o mundo da diversidade de nomes e formas, devido à ignorância da nossa verdadeira natureza. Conhecemos o famoso exemplo do Advaita, o exemplo da corda e da cobra. Quando vemos uma corda no lusco-fusco parece ser uma cobra e vivemos todo o medo e agitação associados com uma cobra. Mas ao projectar luz na corda, ela revela-se. A cobra nem aparece nem desaparece. Não havia cobra nenhuma, apenas uma corda! De forma semelhante, o Vedānta afirma, o que existe é só Brahman –ekam eva advitiyam.

Mas porque é que Brahman se nos apresenta neste mundo de nomes e formas? Por causa da escuridão da ignorância que existe na nossa verdadeira natureza. O Vedānta garante-nos que este mundo de multiplicidade desaparecerá quando a Auto-realização nos despertar.
Qual é a consequência de nos vermos como Espírito e de considerarmos o Espírito a única existência? Quando me firmo na ideia de que sou o Espírito ou Ātman, aprendo a olhar para os outros da mesma maneira. Esta atitude purificar-nos-á gradualmente. Então tentaremos julgar-nos a nós, não aos outros. Esta atitude alimentará o nosso espírito de serviço aos outros. Quando servimos os outros não nos vemos superiores a eles, e erradicamos a tendência que temos de expectativa dos outros. O nosso serviço amoroso e desinteressado tornar-se-á uma verdadeira adoração do Espírito que habita dentro de nós. Sentiremos que somos abençoados por Deus nos ter dado a oportunidade de O servir nos outros.
Por consequência, Swāmi Vivekānanda diria, primeiro banam a palavra ”ajuda” do vosso dicionário. Ninguém pode ajudar, somente servir.
  (... continua) 
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