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Os Ensinamentos de Jesus

de Lubélia Travassos

em 23 Mar 2010

  (...anterior) Eles pressentiam, de forma vaga, o que estava para vir, e sabiam que nenhum deles estava preparado para enfrentar as duras provas, pois enquanto o Mestre estivera fora o dia inteiro, sentiram demasiado a sua falta.

Essa quarta-feira à noite havia marcado o ponto mais baixo do status espiritual de todos até à hora real da morte de Jesus. Embora o dia seguinte estivesse cada vez mais próximo da trágica sexta-feira, afinal Jesus tinha permanecido entre eles, o que lhes permitiu passar aquelas horas ansiosas um pouco mais condignamente. Pouco antes da meia-noite, sabendo o Mestre que seria a última noite que passaria a dormir junto à sua família escolhida na Terra, disse-lhes para irem dormir um sono reparador, e que a paz estivesse com todos até se levantarem na manhã seguinte, no dia em que seria feita a vontade do Pai, e recomendou-lhes que experimentassem alegria por saberem ser filhos do Pai.
Chegada a quinta-feira, o último dia no acampamento, Jesus havia planeado passar aquele derradeiro dia livre, como um Filho divino encarnado na Terra, junto com os seus Apóstolos e uns poucos discípulos leais e devotos. A seguir à hora do desjejum, daquela bela manhã, o Mestre conduziu-os a um local retirado, a pouca distância acima do acampamento, e lá começou a ensinar-lhes muitas novas verdades. Se bem que Jesus tenha feito outros discursos aos Apóstolos durante as primeiras horas da tarde, aquela conversa tida antes do meio-dia de quinta-feira serviria de despedida para os vários grupos do acampamento, dos Apóstolos e discípulos escolhidos, tanto Judeus como gentios. Os doze Apóstolos estavam presentes, menos Judas. Pedro e alguns dos companheiros notaram a sua ausência, e chegaram a pensar que Jesus o tivesse enviado à cidade para cuidar de alguma questão relacionada com o acerto dos detalhes para a celebração da Páscoa. Contudo, Judas só retornou ao acampamento a meio da tarde, um pouco antes de Jesus conduzir os doze a Jerusalém para partilharem a Última Ceia.

O Mestre começou então a proferir o seu discurso matinal durante quase duas horas, a cerca de cinquenta dos seus seguidores de confiança, e respondeu também a uma série de perguntas relacionadas com o Reino dos Céus e os reinos deste mundo. Discursou igualmente sobre a relação entre a filiação a Deus e a cidadania nos governos terrenos. No seu discurso, Jesus declarou que sendo os reinos deste mundo materialistas, seria frequente e necessário considerar o emprego da força física a fim de executarem as suas leis e manter a ordem. Lembrou-lhes, porém, que no Reino dos Céus, os verdadeiros crentes nunca recorreriam ao emprego da força física, visto que sendo aquele Reino uma fraternidade espiritual, de filhos nascidos do espírito de Deus, só poderia ser promulgado pelo poder do espírito. Sendo que a distinção do procedimento se referia ao relacionamento do Reino dos crentes com o reino do governo secular, isso não anularia o direito daqueles grupos sociais terem de manter a ordem nas suas fileiras e de administrarem a disciplina junto dos membros rebeldes e indignos.

Continuando o seu discurso Jesus explicou que não havia nada de incompatível entre a filiação no Reino espiritual e a cidadania no governo secular ou civil. O crente tinha o dever de conferir a César as coisas que eram de César e a Deus as coisas que eram de Deus, e não podia haver qualquer desacordo entre estas duas questões, visto uma ser material e a outra espiritual. Salvo se acontecesse, que algum César tivesse a presunção de usurpar as prerrogativas de Deus, e exigisse que lhe fossem conferidas a homenagem espiritual e a suprema adoração. Neste caso deveriam adorar apenas a Deus, e ao mesmo tempo tinham a obrigação de tentar esclarecer aqueles dirigentes terrenos, mal orientados, a fim de poder conduzi-los, dessa forma, também ao reconhecimento do Pai no Céu. O Mestre recomendou que nunca devia ser prestado culto espiritual a dirigentes terrenos, nem empregar as forças físicas dos governos, cujos dirigentes pudessem, em qualquer altura, se tornar também crentes, no sentido de trabalharem para fazer progredir a missão do Reino Espiritual.
  (... continua) 
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