Homepage
Spiritus Site
Início A Fundação Contactos Mapa do Site
Introdução
Sagrados
Sugestões de Leitura
Especiais
Agenda
Notícias
Loja
Directório
Pesquisa
Marco Histórico §
Guia de Sânscrito
NEW: English Texts
Religião e Filosofia
Saúde
Literatura Espiritual
Meditação
Arte
Vários temas
Mosteiro Budista
pág. 7 de 14
A Expansão Cósmica da Luz

de Maria

em 20 Jan 2014

  (...anterior) Já Kepler supôs que alguma espécie de força ou emanação flui do Sol e move os planetas.
A tendência para qualquer objecto continuar em seu movimento rectilíneo, uniforme ou de repouso, chama-se inércia. A etimologia desta palavra latina quer dizer ócio ou indiferença. Reportando-nos às tradições filosóficas e religiosas da Índia e na relação do homem com o Cosmos, quando um Jaina, um yogī atinge o estado de kaivalya (isolamento), é quando já fica indiferente às acções, de tal modo que a indiferença é o modo peculiar de demonstrar a sua iluminação: passou a um estado de inércia. O asceta perfeito reside na absoluta imperturbabilidade em sua exaltada indiferença por si mesmo e pelo mundo.

Liberto da matéria cármica, ele permanece na suprema e sublime sobriedade.
A inércia de um corpo ou planeta, ou o movimento “inercial”, é a força que continuamente mantém o planeta no seu lugar, caso contrário seria inevitavelmente atraído pelo Sol até colidirem. Contudo, esta inércia, exige que alguma força a mantenha nesse estado e essa é a força da gravidade Universal.
Nesta dimensão da Terra lidamos com espaços relativos e não absolutos, daí a fórmula tempo. Cada planeta tem a sua nota musical, a sua cor, como a sua dimensão, que não só revelam o grau de consciência do Logos Planetário, como o das coisas e seres nele contidas. A Terra é sempre um ponto de referência para qualquer experiência que façamos, como fizemos com o lápis. O comportamento dos corpos noutro planeta dependerá naturalmente, de toda a estrutura da matéria, do seu grau de densidade e de tantos outros factores, implicando uma dimensão diferente da nossa, proporcional às massas gravitacionais presentes, já que todos os corpos no espaço interagem gravitacionalmente.

O espaço está saturado de partículas de energia: o prāṇa. As emanações terrestres densificam ou influenciam essa energia que, atraída pelo magnetismo e densidade, se aproxima e aglomera em volta da Terra, impregnando o espaço, tornando-o mais pesado. É também esta energia feita de partículas de prāṇa que, ao ser atraída, envolve a Terra, e a faz manter-se no seu lento movimento ou inércia, sem a qual tenderia naturalmente a mover-se a maior velocidade. Também segundo o conceito jainista as cores mais escuras mantêm a Mónada nas camadas mais baixas dos mundos existenciais, ao passo que, quando as cores se tornam mais claras, a Mónada tem o seu peso diminuído e ascende uma a uma às outras esferas mais altas, podendo alcançar sublimes moradas. Estas correspondem aos estados da Alma de cada indivíduo: quanto mais escuras menos evolução. É a matéria cármica que transmite à Mónada vital os seus seis tipos de cores. A Mónada quando alcança o supremo isolamento (kaivalya) e está absolutamente liberta e purificada de karma, eleva-se irresistivelmente aos planos correspondentes às cores cristalinas, atingindo o zénite, como uma bolha de ar destituída de gravidade. Esta metáfora das cores do Jainismo é absolutamente científica, análoga ao funcionamento do Cosmos.

Se menciono os Jainas, é porque representam um pilar fundamental na religiosidade da Índia. Trazida ou estabelecida, em tempos longínquos pelos primeiros Tīrthankaras, é lógico e natural que todos os sistemas filosóficos e religiosos posteriores sejam derivações deste. Mesmo o Veda, embora com inovações, acabou por adaptar-se à essência do Jainismo e, a partir daqui tudo se fundamenta neste pensamento, com acrescentos e adaptações dos grandes filósofos ou religiosos da Índia. Não sou sectária quanto ao Jainismo, mas ele é de facto a base do pensamento indiano, como a Bíblia, começando no Antigo Testamento, passou a ser a base essencial do pensamento Judaico, Cristão e influenciando até o Islâmico, tornando-se de certa forma o guia do pensamento religioso ocidental.
  (... continua) 


[Pág. Anterior]  1 | 2 | 3 | 4 | 5 | 6 | 7 | 8 | 9 | 10 | 11 | 12 | 13 | 14  [Pág. Seguinte]
topo
questões ao autor sugerir imprimir pesquisa
 
 
Flor de Lótus
Copyright © 2004-2024, Fundação Maitreya ® Todos os direitos reservados.
Consulte os Termos de Utilização do Spiritus Site ®