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Os Poetas - Santos da Índia

de Utpal K. Banerjee

em 11 Jan 2012

  (...anterior) Tulsidas A literatura devocional Kannada veio de Narahariteerth no século XIII, de Sripadaraya e Vyasaraya nos séculos XV, XVI e Vijayadas nos séculos XVII, XVIII.
O movimento atingiu o seu cume no século XVI, quando Purandaradāsa e Kanakadāsa, sob Vyasaraya, compuseram um grande corpo de canções devocionais. A literatura de Kirtana de santos vishnuitas imaginaram o eu, como um devoto do Deus. Na literatura Telugu, kṛṣṇamachārya do século XIV, compôs poesia devocional chamada Champus e prosa chamada Vachana continuados mais tarde por Pothana, Annamachārya, Rāmadāsa e Thyagarāja. Este último viveu no século XVII, como um epíteto de renúncia e compôs quase 800 canções, dando ênfase sobre Nadopāsana (a música com devoção). A sua música tem um conteúdo irresistível com um impacto espiritual inequívoco sobre os auditores até hoje. Se Purandaradāsa foi o antepassado principal da música carnática, Thyagarāja foi um membro da Trindade, sendo os outros dois Muthuswāmi Dikshitar e Shyama Shastry.
A reunião da estrutura Bhakti com um rico património popular de Bengala deu surto a uma ordem de cantores, poetas e compositores que se chamaram Bauls. As canções de baul eram uma expressão da rejuvenescência espiritual. Segundo a sua crença, o nosso corpo é o templo do Deus (comparável à filosofia Sahajiya). Eles trataram consciência como a escritura, não admitiram nenhuma forma externa de adoração e não sustentaram nenhuma forma de organização. Mostrando uma afinidade destacável com os santos Sufis, os bauls também eram os que gostavam de uma vida simples e eram embriagados com a Verdade em qualquer forma. Lalan Shah (§) Fakir, um baul bem conhecido, declarou com claridade incomparável: “Para que nunca mais tenha uma vida humana como a actual, porque não seguir os ditames da sua mente e se esforçar pela perfeição?”.
O sufismo, a partir do século VII, tinha a crença mística que se podia alcançar o mundo espiritual só por amor (ishq) para Deus e o intelecto não tinha nenhum acesso a ele. O caminho (tasawwuf) do sufismo constituiu em contrição (tauba), abstinência (vara), austeridade (zuhud), pobreza (faqr), gratidão (shukr), confiança (tawwakul), paciência (sabr) e satisfação (rida). O desenvolvimento da poesia urdu deve muito aos santos sufis. Amir Khusro, o discípulo bem conhecido de Saikh Nizamuddin Aulia, era o primeiro poeta principal que usou hindustani, e as suas dohas continuam a ser cantadas popularmente por Qawwals. A poesia sufi em hindi acrescentou um novo efeito lírico ao misticismo. De certo, o hindi estabeleceu uma ligação entre os poetas sufis e os bhaktas, os dois grupos procurando os alcances maiores da Realidade. Os dois eram radicais em que se revoltaram contra o formalismo e ortodoxia religiosos. Os dois esforçaram-se por criar um mundo de felicidade espiritual. Os poetas sufis de Punjab e Sindh usaram os contos populares cativantes, tais como o de Heer Ranjha, para dar uma expressão ao conceito de amor como uma noção mística. Bulle Shah, eminente poeta mística de Punjab, representou a alma saudosa de Heer como o amador e Deus como amante e todas as suas dificuldades como impedimentos para a sua união.
Havia mais outros poetas-santos, nomeadamente, Vemāna, o procurador da verdade, de Andhra; Pothana, o rebelde contra o poder real; Rahim de Punjab; os poetas de Ashtachhap (Oito Sinais) de Rājastham e de Uttar Pradesh; Rāmprasad Sen e Kamalakanta (adeptos ardentes de Śakti) de Bengala e outros. De certo, todos os santos em realidade, músicos, poetas ou dançarinos são uma unidade composta de todos estes três. Estendendo-se para o povo comum na sua linguagem quotidiana, os santos Bhakti e sufis praticamente deram origem a uma revolução social. Visto que o amor sem fim para Deus era o único critério, todos se tornaram iguais.
  (... continua) 
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