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Plena Atenção - 1º Parte

de Ajahn Sumedho

em 03 Jan 2011

  (...anterior) Isto dá-vos alguns pontos definidos para reflexão de maneira a que, se a mente vagueia imenso durante a prática, possam tomar especial atenção, escrutinando o princípio, o meio e o fim. Se não o fizerem a mente voltará a vaguear.
Todo o nosso esforço vai para aí; tudo o resto é suprimido durante esse tempo, ou descartado. Reflictam na diferença entre inalação e exalação – examinem-na. De qual é que gostam mais? Por vezes a respiração parece que vai desaparecer, tornando-se muito rarefeita. O corpo parece respirar por si próprio e têm este estranho sentimento de que não vão respirar. É um pouco assustador.
Mas isto é um exercício; centrem-se na respiração, sem a controlarem de todo. Por vezes quando se concentram nas narinas, sentem que todo o corpo está a respirar. O corpo continua a respirar por si próprio.
Por vezes levamos as coisas demasiado a sério, com uma total falta de alegria e felicidade, sem sentido de humor, apenas reprimindo tudo. Alegrem a mente, estejam descontraídos e à vontade, tenham todo o tempo do mundo sem a pressão de terem de alcançar algo importante: nada de especial, nada para atingir. Trata-se de algo simples, mesmo quando fazem apenas uma inalação com plena atenção durante a manhã, isso é melhor do que o que a maior parte das pessoas está a fazer e de certeza que é melhor do que estar sempre disperso.
Se forem muito negativos devem tentar ser alguém agradável e com uma maior auto-aceitação. Relaxem e não façam da meditação uma tarefa pesada. Vejam-na como uma oportunidade para estar em paz e à vontade com o momento presente. Descontraiam o corpo e estejam em paz.

Não estão a batalhar com as forças do mal. Se sentirem aversão para com ānāpānasati, reparem nisso. Não sintam que é algo que têm de fazer, mas vejam-na como um prazer, como algo que realmente gostam de fazer. Não têm de fazer mais nada, podem simplesmente estar perfeitamente descontraídos. Têm tudo o que precisam; têm a vossa respiração, têm apenas de se sentar aqui, não há nada difícil para fazer, não precisam de capacidades especiais, não precisam nem mesmo de ser particularmente inteligentes. Quando pensam “Eu não consigo fazê-lo” reconheçam isso como uma mera resistência, medo ou frustração, e descontraiam.
Se se sentirem muito tensos e rígidos por causa de ānāpānasati, então não o façam. Não façam disso uma coisa difícil, não a tornem numa tarefa penosa. Se não o conseguirem fazer, então sentem-se, simplesmente. Quando eu costumava entrar em estados terríveis eu apenas contemplava “paz”. Começava a pensar: “Eu tenho de… Eu tenho de… Eu tenho de fazer isto”. Então pensava: “Fica simplesmente em paz, relaxa”.
Dúvidas e inquietação, descontentamento e aversão – rapidamente reflectia na palavra paz, dizendo uma e outra vez, hipnotizando-me, “relaxa, relaxa”. As dúvidas pessoais começavam a vir: “Não estou a chegar a lugar nenhum com isto, é inútil, eu quero obter algo”. Mas logo ficava em paz com isso. Conseguimo-nos acalmar e quando descontraímos, conseguimos fazer ānāpānasati. Se querem fazer alguma coisa, então façam ānāpānasati.

No princípio a prática pode ser muito aborrecida, sentimo-nos desesperadamente desajeitados tal como quando estamos a aprender a tocar guitarra. Quando se começa a tocar, os nossos dedos são desajeitados. É desesperante! Mas após algum tempo de prática ganha-se habilidade e torna-se bastante fácil. Estamos a aprender a testemunhar o que se passa na nossa mente de forma a podermos saber quando começamos a ficar agitados e tensos, com aversão a tudo. Reconhecendo isso, não nos tentamos convencer de que é de outra maneira. Estamos completamente conscientes das coisas tal como elas são: e o que fazemos quando estamos tensos e nervosos? Descontraímos.
Nos meus primeiros anos com Ajahn Chah por vezes eu era muito sério no que diz respeito à meditação chegando mesmo a ser demasiado solene e taciturno comigo próprio. Eu chegava a perder todo o sentido de humor e a ficar “sério de morte”, completamente rígido como um velho tronco.
  (... continua) 
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