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Antecedentes Históricos do Nascimento de Jesus

de Lubélia Travassos

em 11 Dez 2010

  (...anterior) Nesse sonho apareceu-lhe um mensageiro celestial brilhante que, entre outras coisas, lhe disse que aparecia sob o comando Daquele que reinava nas alturas, com ordem para instruí-lo a respeito do filho que Maria iria gerar, e que tornar-se-ia uma grande luz para o mundo. Nele estaria a vida, e a sua vida tornar-se-ia a Luz da humanidade. Comunicou-lhe que Ele viria primeiro para o seu próprio povo, e no entanto eles não o receberiam bem, mas, a quantos o recebessem, ser-lhes-ia revelado que eram filhos de Deus. Depois dessa experiência José deixou de duvidar de Maria sobre a visita de Gabriel e sobre a promessa de que a criança tornar-se-ia um mensageiro divino para o mundo. Porém, nessas aparições nada foi dito sobre a casa de David. Nada deixou transparecer que Jesus tornar-se-ia o “libertador dos judeus”, nem mesmo que seria o Messias há muito esperado. Jesus não era um Messias tal como os judeus haviam antecipado, mas sim o libertador do mundo, e a sua missão não era dirigida apenas a um povo, mas sim a todas as raças e a todos os povos.

Em relação às características dos pais terrenos de Jesus, José era um homem de maneiras suaves e muito consciente, fiel às convenções e práticas religiosas do seu povo, falava pouco mas pensava muito. As condições de sofrimento do povo judeu causavam-lhe muita tristeza, ainda que na juventude entre os seus oito irmãos e irmãs, tinha sido muito alegre. Porém, nos primeiros anos de casado, durante a infância de Jesus esteve sujeito a períodos de desencorajamento espiritual leve, sendo que essas manifestações do seu temperamento foram bastante atenuadas um pouco antes da sua morte prematura. Quanto a Maria, o seu temperamento era completamente oposto ao do marido. Ela era em geral alegre, e raramente se sentia abatida, mantendo sempre o ânimo elevado, nunca se sentindo afligida com nada, até à súbita morte de José. Até mesmo quando teve de enfrentar todas as experiências extraordinárias do seu filho, conseguiu manter-se sempre calma e corajosa.

Jesus tinha herdado do pai a doçura especial, e a compreensão compassiva pela natureza humana. No entanto, o dom de ser um grande Mestre, e a sua imensa capacidade de indignar-se pela rectidão, fora herdado da mãe (§). Nas reacções emocionais, durante a sua vida de adulto, relativamente ao meio ambiente, Jesus era com o pai, meditativo e adorador, que deixava transparecer alguma tristeza, mas, era mais frequente deixar-se conduzir de maneira optimista, e com a disposição determinada da mãe. Em suma, a tendência era de que o temperamento de Maria dominasse a carreira do filho divino, não só durante o seu crescimento, mas também nos passos decisivos da sua missão de adulto. Ambas as famílias de José e Maria eram bem instruídas para a sua época, visto terem sido educados acima da média, considerando a sua situação social. José e Maria casaram-se no mês de Março do ano 8 a.C., de acordo com os costumes judeus, na casa de Maria, nas proximidades de Nazaré, quando José tinha 21 anos, depois de um noivado normal que durou quase dois anos. Pouco depois mudaram-se para a casa de José, a norte de Nazaré, perto de uma elevação, que dominava a paisagem aprazível do campo, construída por ele, com a ajuda de dois dos irmãos.

Tendo César Augusto decretado que todos os habitantes do Império romano fossem contados, deveria ser feito um censo de modo a ser utilizado para uma cobrança mais eficiente dos impostos. Os judeus sempre usaram muita precaução contra qualquer tentativa de “enumerar o povo”, e isso, para além das dificuldades domésticas com Herodes, rei da Judeia, havia conspirado para o adiamento de um ano, na concretização desse censo, no reino dos judeus. Esse censo ficou registado em todo o Império romano no ano 8 a.C., excepto no reino de Herodes, na Palestina, que foi feito um ano mais tarde, no ano 7 a.C. Por conseguinte, cumpridor das suas obrigações, José decidiu empreender a viagem a Belém, e estava autorizado a efectuar o registo para toda a família, por isso não era necessário Maria acompanhá-lo. No entanto, Maria, sendo uma pessoa dinâmica e ousada insistiu em ir também, pois temia ficar sozinha, e a criança nascesse na ausência de José.
  (... continua) 
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