Homepage
Spiritus Site
Início A Fundação Contactos Mapa do Site
Introdução
Sistemas Religiosos e Filosóficos
Agenda
Notícias
Loja
Directório
Pesquisa
Marco Histórico §
Guia de Sânscrito
NEW: English Texts
Religião e Filosofia
Saúde
Literatura Espiritual
Meditação
Arte
Vários temas
Mosteiro Budista
pág. 12 de 15
Jesus Cristo segundo Rudolf Steiner - 2ª Parte

de Zelinda Mendonça

em 05 Mar 2011

  (...anterior)

Muitas pessoas já o conheciam como Jesus de Nazaré, elas conheciam o seu modo suave, carinhoso, sábio; e em cada lar, em cada albergue, ele se havia tornado muito querido das pessoas.
Essa estima se conservava. Nessas casas muito se falava do homem bom, de Jesus de Nazaré, que por ali passara. Algumas dessas famílias se reuniam após o trabalho, depois do pôr-do-sol, e gostavam de falar sobre o homem afectuoso que estivera com eles quando era Jesus de Nazaré. Contava-se do seu amor e bondade, dos seus sentimentos belos e calorosos que os haviam permeado quando esse homem vivera sob o seu tecto.

Em diversas dessas casas, depois de falarem horas a fio, acontecia que a imagem desse Jesus penetrava na sala, como uma visão comum a todos. Sim, ele os visitava em espírito, ou também eles criavam a sua imagem espiritual.
Agora podem imaginar o que essas famílias sentiam quando ele lhes aparecia naquela visão comum a todos, e o que significou para essas famílias o facto de ele voltar agora, após o baptismo no Jordão, quando eles o reconheciam pelo seu aspecto exterior; só que o olhar se tornara mais brilhante.
O que se lhes manifestava agora era a natureza transformada de Jesus Cristo; manifestava-se especialmente o Jesus transformado pela incorporação de Cristo.
Antes eles sentiam o seu amor, a sua bondade e doçura, agora emanava dele uma força mágica.
Se antes se sentiam consolados, agora sentiam-se curados.
As pessoas iam ter com os vizinhos trazendo-os para as suas próprias casas quando eles também estavam atormentados.
Assim Jesus Cristo conseguiu realizar, entre as pessoas que estavam sob o domínio de Arimã, o que na Bíblia está descrito como a expulsão dos demónios.
Muitos daqueles demónios que ele vira no altar dos sacrifícios se afastavam das pessoas quando ele se aproximava. Os demónios viam nele o seu adversário.

8 - Surgimento do Pai-nosso

O contacto com as pessoas fez-lhe lembrar o Bath-Kol, que lhe revelara a antiga oração dos mistérios. Na sua mente se destacava a linha central dessa oração: “vivenciada no pão de cada dia.”
Aqueles que ele estava visitando tinham de transformar as pedras em pão. Dentre essas pessoas com as quais ele convivera, muitos só viviam do pão. E as palavras daquela oração pagã antiga, “vivenciada no pão de cada dia”, gravaram-se profundamente na sua alma.
Jesus Cristo sentia que na evolução da humanidade, por causa da necessidade do pão, os homens esqueceram o nome dos pais que estão nos céus, os nomes dos espíritos das hierarquias superiores. Convenceu-se então de que fora a vida no pão de cada dia que havia separado os homens dos céus e os conduzira ao egoísmo e a Arimã.

Quando repleto de tais pensamentos ele caminhava pela região, os que mais profundamente perceberam como Jesus estava transformado, tornaram-se seus discípulos e o seguiram. De diversos albergues ele levou consigo este ou aquele seguidor, que o acompanhava por ter a forte sensação das suas mudanças. Assim não tardou que se juntasse todo um grupo de tais discípulos.
Cristo tinha pois ao seu redor, homens que possuíam uma nova atitude básica nas suas almas. Graças a ele, tais homens se haviam tornado diferentes daqueles que não eram capazes de ouvir as verdades antigas.
Então a sua experiência terrena o iluminou: “o que devo comunicar aos homens, não é o modo como os deuses abriram o caminho do Espírito para a Terra, mas sim como os homens podem encontrar o caminho da Terra para o Espírito.”
Neste momento soou-lhe a voz do Bath-Kol, e ele soube que as fórmulas e orações de outrora precisavam ser “renovadas”; soube que agora o homem deveria procurar, de baixo para cima, o caminho para os mundos espirituais.
Então inverteu a última linha da oração pois assim era apropriado aos homens da nova era; estes não deveriam referir-se às muitas entidades espirituais das hierarquias, mas sim ao ser espiritual UNO.

“Pai-nosso que estais no céu” em vez de “e esqueceu os vossos nomes”, inverteu-a para “santificado seja o seu nome”.
  (... continua) 


[Pág. Anterior]  1 | 2 | 3 | 4 | 5 | 6 | 7 | 8 | 9 | 10 | 11 | 12 | 13 | 14 | 15  [Pág. Seguinte]
topo
questões ao autor sugerir imprimir pesquisa
 
 
Flor de Lótus
Copyright © 2004-2024, Fundação Maitreya ® Todos os direitos reservados.
Consulte os Termos de Utilização do Spiritus Site ®